segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Meu Amigo França Sousa

 


O MEU AMIGO FRANÇA SOUSA
(Reynollds Augusto)

Sábado é dia de reunião espírita do Centro Espírita Jesus de Nazareth e sempre com palestras públicas, mas também de reencontro com os amigos de ideal. É o momento perfeito para refletir sobre a vida e reforçar os valores do espírito, despertos pela racionalidade que essa Doutrina de Amor nos permite. Quem ministrou a palestra da noite foi o meu amigo e irmão NETO, o “Neto de Neidinha”, que atualmente está residindo em João Pessoa e tornou-se “O cara” no trato com o verbo. Confesso a vocês que estou me penitenciando por não ter levado o MP3 para gravar um momento tão importante de início de ano e ter democratizado, no ar, no nosso programa da Rádio Boa Nova FM, “MÚSICA E MENSAGEM, razão e sentimento, na vida em movimento”, a fala do Neto. Quem foi gostou se emocionou e aprendeu muito. A vida é um grande aprendizado. Quem não foi, perdeu a oportunidade de mais um dia de grandes ensinamentos.

Mas na saída do Centro, o movimento da vida me reservou outra grande surpresa. Alguém me divisa ao longe e pára o seu carro ao meu lado e descubro que se trata do meu amigo de infância FRANÇA SOUSA. Que há muito tinha perdido o contato. E não teve jeito, regredi ao passado por cerca de alguns segundos. Foi uma pena que conversamos pouco e não pudemos “trocar uma idéia”. Estava com a sua linda senhora, que parece mais uma adolescente. Mas senti que ele está bem e isso também nos faz bem. A minha curiosidade descobriu que ele mora lá “pelas bandas” de Fortaleza. Pelo menos a placa do carro indicava isso.

Mas França me fez relembrar passado, adolescência, sonhos, Boite Morumbi, descompromisso. Não sei se ele ainda trabalha na área de locução, mas tem uma voz que inveja qualquer “Cid Moreira” da Vida. A voz de França sempre foi grave e pulsante ao informar e divertir o seu público ouvinte. Mas o bom mesmo era quando o hoje CHICO DA KAZON, naquela época, CHICO DA MORUMBI, animava com suas belas músicas as noites de domingo da velha “Rainha do Vale”. Chico sempre teve bom gosto musical. Ali era o ponto de encontro dos namorados, das paqueras, da magia, do sonho. Muitos casais de Itaporanga, que hoje constituíram as suas famílias, foram impulsionados pelos velhos encontros na eterna boite de Itaporanga. Lembro-me que sempre no início da festa da alegria, Chico “rodava” músicas agitadas com grupos musicais que nunca se perderão, como Titãs, Legião, Capital Inicial, Ultraje a Rigor... E era nesse momento que o França estava lá na cabine conclamando os presentes para participarem do show de calouros. Era uma festa! O prêmio saía para aquele que melhor dançasse sob a sua narração:

- Vamos convidar o Reynollds para dançar agora. Coragem, homem!

Eu nunca tive coragem, apesar de França, pelo microfone me atiçar. Sempre fui tímido e a psicologia diz que todo tímido é orgulhoso, pois tem receios de se expor. Para não fazer feio.

Mas o momento de agitação acabava e passávamos para a nova etapa: a de músicas românticas. Era ali “que o bicho pegava”. Acredito que a música, a alegria, a agitação era só fachada de Deus para atrair os seus filhos para o casamento, na construção de famílias, células da sociedade. A minha geração, quase toda, constituiu suas famílias depois dos grandes encontros na bela boite de “guerra”. Muitas vezes a vida nos encaminha para a pessoa certa. Isso é programação. Em verdade ela é uma grande programação divina e todos nós somos levados de roldão para encontrar os nossos verdadeiros objetivos. A nossa esposa, os nossos filhos, não são tudo isso por acaso. O destino faz com que as pessoas compromissadas espiritualmente se encontrem e não há como fugir ou se esconder, pois a encontraremos no momento e lugares certos. Chamam isso de amor à primeira vista. É claro que há os encontros não espirituais, fortuitos, irresponsáveis. Essas famílias duram pouco. O interesse e a imaturidade é que unem essas pessoas.

Relembro com saudades dos rostos dos meus amigos da adolescência dançando, pulando brincando, sonhando, no escuro, com aquelas luzes intermitentes. A maioria deles colegas do Colégio Adalgisa Teódulo da Fonseca. Relembro a voz de França animando a garotada, acumpliciado com Chico, o homem da música. Foi lá que comecei a paquerar com a minha esposa e os encontros redundou em um casamento feliz. O danado é que o seu Pai, DOMES, determinou que as suas filhas, Welliene e a minha esposa , Williana votassem para casa às 22 horas, exatamente na hora em que as músicas românticas começavam. O velho queria melar o encontro, mais não teve jeito. Era programação espiritual. Foi lá que muitas famílias deram o seu ponta-pé inicial. Inclusive a do meu amigo Neto e sua querida Neidinha que também respiraram do ar romântico da boite Morumbi. Hoje construíram uma família linda, especial.

Mas foi bom ouvir Neto falar nesse sábado de alegria e foi enorme a satisfação de rever o meu amigo FRANÇA SOUSA. Espero não mais perder o contato para que possamos estreitar os laços de amizade infantil, agora no tempo da maturidade. A internet diminui distancias e reaviva as emoções.

Reveja os seus amigos de infância. Isso trás muitas alegrias.

PENSE NISSO! MA PENSE AGORA.

0 comentários:

Postar um comentário