quinta-feira, 22 de julho de 2010

O QUER QUÊ EU VOU FAZER COM ESSA TAL LIBERDADE"

EJEP I - “O quer quê eu vou fazer com essa tal liberdade...”
( Reynollds Augusto)

Ontem, quarta feira teve EJEEA que é um encontro de jovens espíritas para estudo e arte que acontece todas as semanas no Centro Espírita Jesus de Nazareth pelas 20 h. É um momento de entrelaçamento em que discutimos temas em torno das questões da vida por qual passamos, e estudamos as melhores propostas de comportamento acertado com base da proposta do Cristo, aprendemos a agir e não a reagir diante dos problemas da vida que são forcas vivas para a evolução.

O tema de ontem girou em torno da liberdade de agir e de fazer, que são ações que implicam conseqüências positivas ou negativas em nossas vidas. O assunto me fez levar a refletir em torno no “Direito de Deus” que é o um pouco parecido com o direito natural defendido pelos jus naturalistas, na esfera acadêmica e que representa o “Verdadeiro Direito” regendo a vida de cada ser, de cada pessoa, de cada cidadão. Tem gente que pensa que Deus esta cochilando e não está “observando” o que acontece no planeta. É claro que ele não fica espiando a vida de cada um, para nos punir ou não. O que existe é a lei de causa e efeito que nos circunda a todos e na medida em que agimos há uma repercussão precisa para o nosso reequilíbrio no contexto pessoal. O bem nos traz o bem o mal nos traz o mal. Todos nós nos lembramos do maior pedagogo por excelência, Jesus de Nazareth: “a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”. Isso são liberdade e reação. Isso é causa e efeito.

Começamos a levantar aquela propositura do apóstolo Paulo que nos ensinou que “Todas as coisas são lícitas, mas nem tudo me convém” ou” Tudo me é permitido, mas nem tudo edifica” ou ainda “Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”. São traduções e mais traduções. Mas isso não importa e todas elas faz vir à tona reflexões em torno da liberdade. Como disse o Alexandre Pires em sua música “o quê é que eu vou fazer com essa tal liberdade”. E a liberdade para quem não sabe o que é a vida, é uma coisa “danada” de ser mal exercida. Liberdade sem consciências é , como certeza, sinônimo de dor em expectativa, pois o seu mal uso vai nos trazer conseqüências felizes ou infelizes. A nossa carta maior consagra o Direito à liberdade” que é um garantia indiscutível no novel Estado de Direito em que nos encontramos e que pouco a pouco se aproxima da justiça, pois um Direito que não implica justiça é um pseudo-direito e o Estado eu não é justo é um pseudo-estado. Mas as “coisas” estão evoluindo. Já foi pior.

O meu amigo e irmão Marco Lima, da Federação Espírita Paraibana, mandou bem ao fazer menção a essa assertiva do apóstolo Paulo, no EJEP deste ano, que aconteceu no Colégio Diocesano. Conheço Marco de muito. No tempo em que estudava em João Pessoa todos os domingos à tarde me deslocava à Federação, que se localizava nas proximidades da Lagoa, para ouvi-lo cantar e ensaiar lindas músicas com grupo vocal da Casa. “Pense num tempo bom”. O grupo de vozes afinadas originou mais tarde o Grupo Acorde que canta e encanta a todos que tiverem o prazer de ouvi-los cantar.
Vou contar algo para todos os leitores, mas peço discrição e que não espalhem: Quando ouço Marcos tocar, sinto uma pontada de “inveja” devido às cordas do violão deslizarem em suas mãos com uma magia especial, que arranca acordes do céu. Eu, coitado, aprendi alguns acordes básicos para tocar para a criançada, músicas espíritas infantis e não passei disso. E também fui influenciado pelo hoje vereador “Saulo de Silvinha”, que é outro que toca e canta como ninguém. Saulo em outros tempos evangelizava uma turma de criança do CENTRO ESPÍRITA MISSIONÁRIOS DA LUZ , e já faz muito tempo, mas hoje usou a sua liberdade para pegar outra estrada. Afastou-se do movimento espírita e dava emoção ouvir aquela voz forte cantar com alegria para a criançada que ouvia atenta e feliz:

“Quando a tristeza tomar seu coração
Não se desanime cante uma canção
E lembre que lá em cima você tem alguém
Que lhe quer muito bem, muito bem...”

Não tive tempo e não tenho para me aperfeiçoar. Mas quem sabe na outra encarnação desenvolverei este dom para minha individualidade que se aperfeiçoa a cada existência experimentada.

Mas voltando à liberdade. A nossa liberdade não é plena e temos que dosá-la da forma mais precisa, pois segundo o apóstolo, tudo posso fazer, mas nem tudo que eu farei me trará repercussão positiva e em muitos casos a liberdade mal direcionada até acaba com a vida de uma pessoa. Podemos lembrar como exemplo, o caso Bruno que está sendo acompanhando por nossa mídia sórdida e até o momento parece que ele está ligado diretamente com o desencarne de sua amante. Teve a liberdade de agir mal, que vai gerar conseqüências tristes para ele através das leis estatais e estará comprometido espiritualmente pelas leis divinas. Sair dessa vai ser uma dureza. Isso é liberdade mal usada. Não lhe convinha fazer o que ele fez, se realmente ele fez.

Jesus nos ensinou que devemos procurar o Reino dos Céus e tudo mais nos será dado por acréscimo. Há pessoas que acham que Reino do Céu é um lugar geográfico. Besteira! É um estado interior conquistado. E você pode estar aqui com ele ou sem ele. A nossa liberdade mal usada nos trará o “inferno” ou o “céu” aqui mesmo e é por isso devemos escolher a melhor parte, como Maria no Evangelho.

A liberdade de voto do cidadão despreparado elegerá agentes políticos também despreparados, que causara despreparo na vida do Estado. Desculpe-me o trocadilho. Talvez seja por isso, Luzia, que a nossa região é tão mal representada. Temos os agentes políticos que merecemos. Mas repito: Isso tá mudando.

Mas, ao longo de algumas publicações vamos aqui no espaço da democracia que é um itaporanga.net e o Portal do Vale, do meu amigo Raiério , “conversarmos sobre esse tema”. Vamos falar das liberdades. De muitas liberdades.
Esperemos.

PENSE NISSO! MAS PENSE AGORA.

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