sábado, 21 de maio de 2011

O TEMPO É A IMAGEM MÓVEL DA ETERNIDADE IMÓVEL

“O Tempo é a Imagem Móvel da Eternidade Imóvel."
                                                 
(Reynollds Augusto Cabral)
 www.reynollds.blogspot.com

             Eu sempre gostei das afirmativas dos gregos e me parece que não se fazem mais gregos como antigamente. Esta “pérola” que intitula o presente artigo é do grande Platão, o discípulo fervoroso de Sócrates, que era reencarnacionista, precursor do Espiritismo e, como Jesus, um peripatético.

         Calma! Isso não é nome feio, não.  Refere-se aquele que ensina caminhando ou andando.

         Os grandes pensadores gregos como, Sócrates, Platão, Aristóteles ensinavam andando. Todos eram peripatéticos. Olha aí uma “ordem temporal” perfeita: Aristóteles, aluno de Platão que por sua vez foi discípulo de Sócrates, que considero, como alguns historiadores, o Pai da Filosofia. E a expressão é para dizer que não existe o tempo, como defendia o pai da teoria da relatividade, Einstein, e sim a eternidade, que na visão de Platão é imóvel.

          Mas deixando as considerações filosóficas à parte é bom que nos fixemos no momento, nesta encarnação, que convencionalmente se encontra em algum lugar no tempo e espaço mais que, definitivamente, não existe, pois ele só é uma imagem móvel da eternidade que sempre existiu, antes, durante e existirá depois. 

        É por isso que Deus, o construtor de tudo isso é onisciente e sabe de tudo, em qualquer faixa temporal. Conhece o passado, conhece o presente e sabe do futuro que para nós não existe, mas que para ele é plenamente devassável. Criou leis que regem a vida e que nos ajustam sempre à busca da luz, fim de todo nós, que insistimos em permanecer nas trevas.

       Foi por isso que Jesus, outro peripatético, já nos informou: “nenhuma só das ovelhas do meu Pai se perderá”. E ele usou essa expressão porque sabia, e sabia porque era ligado a Deus, o regente da vida, que por sua vez sabe tudo, “pode tudo” (dentro de suas leis naturais que são inderrogáveis) e não está restrito à nossa compreensão tacanha da vida.

        Então o mal é temporal e fruto da ignorância, como a escuridão é a ausência da luz. Quando o sol, aquela “bola” que é uma fogueira nuclear desponta, a escuridão se vai, e podemos divisar a beleza na natureza.

       Quando a verdade aparece, no subjetivismo de cada um, o mal vai embora e o bem será o seu substituto e é nesse momento que não nos perderemos, pois a única fatalidade que nos acometerá, nesse tempo que só existe pontualmente para cada um de  nós, é a certeza de nos tornarmos cada vez melhores  no futuro, que parece distante, mas que chega relativamente ligeiro.

         Aristóteles defendia que o ‘agora” é o fim e o princípio do tempo, não ao mesmo tempo, contudo, mas o fim e o início que virá. E é tão rápido e que passa por nós a uma velocidade tão incrível que parece não existir nenhuma extensão de duração e sendo assim podemos concluir que o presente não existe e seria um mero ponto abstrato, onde uma eternidade futura está em contato com outra eternidade passada, segundo Hermínio Miranda.

         Mas essa semana precisei conduzir minha sogra a João Pessoa para resolver um problema de saúde que causou certa preocupação a minha esposa, mas que hoje já plenamente resolvido. Foi um “tempo” de apreensão que parecia longo e insistia em não passar naquele momento, que era o “agora”, partícula de ligação entre o passado e o futuro e que hoje se transformou em passado.

           O fato é que o período causou uma grande insegurança por parte de todos e que agora, nesse momento, que já passou também, encontra-se tudo relativamente resolvido e estamos apenas esperando o seu restabelecimento por completo e que está acontecendo “agora”, permitindo que sua saúde seja plenamente restabelecida no futuro, que parece está distante, mas que daqui a pouco se torna o “agora” novamente, nesse processo interminável da vida imortal que é imóvel.

         Parece o texto confuso?

           Mas não é.

             É apenas para informar que você não tem tempo a perder e que precisa aproveitar o máximo possível essa vivência, ou encarnação,espalhando  amor a todos os que convivem contigo, dizendo que os ama e que eles são importantes, beijando os filhos, dando aquele abraço na “velha” e que faz tempo que não fazemos, pois o agora é de uma rapidez indominável, que liga dois tempos: um que já passou e que não volta mais e outro que virá, parecendo distante, mas que logo, logo vira o  “agora”, que é tão rápido que parece não ter  nenhuma duração.

           A sua volta, a minha volta para o mundo espiritual não está distante, pois o tempo é pura ilusão.

          Não perca tempo!

          PENSE NISSO, MAS PENSE AGORA.

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