terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Am(n)o

Caio Lucas

Deveríamos falar de amor irresponsável de novo,
até onde vai o novo deste ano que vem,
não compreendo a gente que me rodeia,
mesmo assim amo como tudo que tem vida,
amo a vida, com o corpo sem maldade e com desejos.

Amo, talvez seja melhor no dia que vem,
pelo menos o primeiro, o segundo,
até onde o homem esconde a ganância, o medo,
o pouco que de nada que nos servem
em pratos rasos de verdade e de alegria.

Não sei porque devo comemorar o ano que vem,
os dias seguintes vão ser os mesmos,
de alguma forma preciso passar o dezembro
e chegar até o janeiro e começar, recomeçar,
ou continuar meus dias, meus anos meus sonhos.

Até onde as palavras que saem da boca são verdades?
Até onde somos racionais, racistas, resmungões?
Até onde os milagres que acontecem são verdadeiros?
Até aonde meu corpo agüenta os anos novos que vem?
Até onde vai minha cabeça mais louca e cada dia mais fraca?

Mas é ano novo, não sei porque, mas é, vais ser,
o amor não vem, fica, também os sentimentos no meu peito,
diversos amores, variados de todos os tipos,
as formas mais loucas de amar, calma, prazerosas,
amor que veio comigo e que desejo pra você.
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