domingo, 8 de março de 2009

Cada caso é um caso

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(Reynollds Augusto)

Todos nós sabemos que a Constituição Federal garante o direito à vida e em verdade ele é um pré-requisito necessário para que os outros direitos sejam gozados. E vai mais... Ela manda que o Estado tenha a obrigação de assegurá-la de duas maneiras: uma, relacionado ao direito de continuar vivo e outra de ter vida digna quanto à subsistência.

O início da vida física, ou material, deve ser objeto de análise por quem tem qualificação para isso, como os biólogos, por exemplo; e o jurista – que deve se aperfeiçoar em tudo para acompanhar a evolução social - deve apenas dar um enquadramento legal. Os biólogos asseveram que a vida se inicia com a fecundação do óvulo pelo espermatozóide que resulta no ovo ou zigoto. Então, a vida viável começa com a nidação que é quando se inicia a gravidez.

Não há dúvidas nenhuma que embrião ou o feto se trata de uma pessoa, um ser individualizado, com uma carga genética própria, que não se confunde com a vida da mãe e do pai. Em sentido geral – e apenas em sentido geral – o Estado e ninguém tem o direito de tirar a vida dessa “pessoinha”, pois estaria cometendo crime e indo contrário à própria constituição. Não temos como perguntar a ele se mesmo assim, pretende viver e sem dúvidas nenhuma o quer, pois nós também queríamos.

No caso em tela a análise se configura diferente. pois uma mãe de nove anos não teria condições estruturais para gerar a criança – segundo os médicos – correndo risco de morte e se o evento natural pudesse ser permitido a mãe da criança poderia morrer. Nesse ponto não há dúvidas que a decisão foi acertada , uma vez que o caso em concreto mostra essa realidade e o nosso direito permite que haja o aborto quando ocorrer risco para a mãe. Entre a vida da mãe e a vida dos bebês se faz necessário preservar a vida da mãe e isso não há o que se discutir. O direito não deixa margem à dúvidas.

No aspecto geral o aborto é um crime que considero gravíssimo,pois fere a lei natural que rege a vida e se apresenta como um atentado a quem não pode se defender, sendo um dos mais nefandos atos de agressão à criatura humana. Falar, filosofar sobre a vida dos outros é fácil pois geralmente a posição escolhida não nos afeta. Defender e justificar o aborto é uma grande irresponsabilidade e falta de caridade pois o egoísmo humano se reflete na maioria dos casos e em muito o ódio e a vingança estão presente e eles não são bons conselheiros.

Defender o aborto e “brigar” por sua legalidade , sob a alegação de que de estupro .por exemplo, o torna inaceitável moralmente e se reveste de posição imatura pois se fossemos a semente humana e pudéssemos optar, não pretenderíamos ser abortados. Sabe-se que a dor somente acontece nos noves meses de gestação , período em que a sociedade hipócrita vai falar, discriminar e levantar problema para dificultar a vida da gestante e por uma questão da própria natureza a mãe quando ver o rebento, se encanta e o instinto materno vem à tona, os avós babam a criança e a vida continua pujante com a permissão da vida desse ser com potencialidades que desconhecemos.

Um crime de forma alguma justifica o outro . A vida é patrimônio divino que não pode ser levianamente malbaratado, Mesmo a lei sendo benéfica quando a fecundação ocorre por violência pelo estupro... Mesmo assim, a expulsão do feto, pelo processo abortivo, de maneira nenhuma repara os danos já ocorridos.

Aprendi com a Doutrina Espírita o valor da vida para aquele espírito que precisa voltar para evoluir, aprender , se melhorar , se torna homem de bem; mas também de outra sorte. ela nos mostra que estando diante de uma situação em que precisa-se optar entre a mãe e o filho é preferível preservar a vida da mãe.

PENSE NISSO! MAS PENSE AGORA.
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