quinta-feira, 24 de junho de 2010

FORÇA QUE HÁ NA MULHER

Merlânio Maia

A mulher é um mistério
Que homem nenhum desvenda
Nenhum filósofo sério
Assumiu essa encomenda
Sua atração tão potente
Gamou, não há ser vivente,
Dali ninguém sai curado
O homem entra iludido
Mandão, forte e destemido,
Sai manso e domesticado


Homem que tinha de tudo
Dinheiro, poder e fama,
A mulher lhe deixa mudo
Com estes seus dotes de dama
Eita!, bicho poderoso
Ô feitiço mais gostoso
Que faz do homem o que quer
Nada no mundo é mais forte
Nem mesmo a foice da morte
Tem a força da mulher


É um mistério, pois ela
É frágil, doce e melosa,
Cheirosa, atraente e bela,
Cativante e saborosa
Já o homem é todo duro
Desajeitado e inseguro
Bruto ao que der e vier
Mas essa ferocidade
Some na sagacidade
Que há em toda mulher


Ah! Que coisa mais formosa
Que nos deixa sem juízo
E o seu perfume de rosa
Tem cheiro de paraíso
Não há quem fuja da ceia
Do cantar dessa sereia
Que encantará a qualquer
Um que escute esse canto
Tem diabo que vira santo
Pela força da mulher


Há um encanto tão doce,
Tão forte e tão poderoso
Que quando o mundo formou-se
Adão se achava pomposo
Mandando na criação
Mais sabido que o leão
Forte ao que der e vier
Mas esse mundo acabou-se
Quando o coitado encontrou-se
Com a poderosa mulher!


Mas como viver no mundo
Sem carinho, sem afeto,
Sem seu hálito fecundo,
Sem o seu amor completo?
Como viver sem desejo,
Sem a delícia do beijo,
Sem um pecadim sequer?
Nada há melhor no juízo
Da Gênese ao Paraíso
Que os braços duma mulher!

1 comentários:

ACRÓSTICO À NATÉRCIO MAIA
Por Joao Dehon em 18/06/2010 Enviar e-mail para %s

Não vi ninguém até hoje igual,
Alegre, sisudo e com muita ética
Tinha consigo uma imagem leal
Eternizada numa veia poética,
Recurso dado por um Deus infinito,
Coisa transferida para as suas crias
Iguais a ele, os filhos rimam bonito
Ontem e hoje são sempre alegrias.


Mais do que nunca Natércio é lembrado,
A cada arte ou verso de um filho seu,
Incorpora aí, do homem um grande legado,
A espiritualidade e a poesia que ele transcendeu.

Postar um comentário