quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

BUSÃO II




BUSÃO II
( Reynollds Augusto)

Seria difícil relembrar o nome de todos os filhos de Itaporanga que àquela época viajam a Patos com o objetivo de concluírem um curso superior. O fato é que eram muitos os aguerridos que viajavam mais de cem quilômetros no “Busão vermelho”, da Prefeitura de Itaporanga, conduzido pelo “mão de ferro” Chico Brilhante, um “olheiro de tudo”, atento a todos os detalhes, desde fofocas até as insatisfações do então prefeito para com “os bagunceiros” e que disponibilizava uma “lata velha” para conduzirem os sonhadores de então.

Lembro-me muito das figuras de ALDIBERG ALVES, o “breguim”. Segundo Chico, já naquela época ,vereador. Aldiberg sempre lutou nas hostes políticas. Lembro-me do ANTÔNIO CARNEIRO, o colega que cantava o clássico de Roberto Carlos, só que apenas no refrão: “eu quero um coro de passarinho... eu quero um coro de passarinho...
- Ô “Toin”, essa “disco” não tá enganchado, não. Tu só canta isso rapaz? Adianta o disco!
E ele adiantava repetindo a mesma estrofe, só que mais rápido:
- eu quero um coro de passarinho, eu quero um coro de passarinho...
Vocês imaginem isso á noite, depois de uma longa jornada de aulas e ao voltar para Itaporanga altas horas . Era triste.

Depois de uma reunião de emergência e não tendo como fazer com que “Toin Carneiro” parasse de cantar seu clássico “Coro de Passarinho” resolvemos convence-lo a cantar a sublime melodia repetitiva e irritante bem próximo do motorista Chico Brilhante. É que Chico , também já cansado da viagem dava uns cochilos no percurso e de vez em quando o Busão se dirigia a ao mato do acostamento:
- CHIICOOOOO, (Gritávamos em coro)
- Não colocaram o guarda do motorista hoje, não? Esse “vei” vai nos matar.
Aí ele acordava e continuava conduzindo até o próximo cochilo.

Mas depois que “Toin Carneiro” resolver cantar o “coro de passarinho” próximo a Chico Brilhante, viajamos dias tranqüilos e pouco atentos. O clássico , não deixava o homem dormir e voltávamos seguros para casa.

É por essas e outras que precisamos nos dar as mãos e junto à Fundação Anália Rodrigues devemos nos movimentar no sentido de não descansar enquanto o nosso campus não estiver instalado. Isso é uma questão de sobrevivência. Viajar todos os dias a Patos para estudar à noite é um risco que não podemos deixar para os filhos do futuro. O que o movimento civil quer é a sua colaboração, a sua presença, o seu empenho. Se todos tiverem unidos , esse “feche de vara” nunca se quebrará e os nosso políticos vão se empenhar em lutar conosco porque todos querem e como o poder é nosso, precisamos utiliza-lo em nosso favor. O Vale do Piancó tem muitos votos e é uma “metralhadora” de convencimento, só depende de você.

Não permita que ninguém, oposição ou situação partidarize o movimento. O Campus é uma necessidade comum e precisamos desenvolver essa consciência. Vamos cobrar e condicionar os nossos votos ao empenho dos nossos agentes políticos nesse propósito. Todos têm verbas e podem nos ajudar. Todos os políticos podem sensibilizar o presidente Lula que tem como meta a inclusão Educacional.
Vamos “deixar de “enrolação”, parodiando o incansável Titico Pedro”.

PENSE NISSO! MAS PENSE AGORA.

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