sábado, 21 de julho de 2012

O lixo urbano não é problema para qualidade de vida; o mau destino dele sim


Atualmente a maior parte dos habitantes do Vale reside na zona urbana, segundo Censo 2010 do IBGE, mais de 62% da população estão nas cidades. São mais de 97 mil habitantes. Tudo isso faz produzir muito lixo o qual precisa de um destino para que não represente risco aos habitantes da região.

O lixo, quando mal destinado, representa ameaça aos habitantes do lugar, aos visitantes, em fim, a todos da região. Além de expor a administração das prefeituras à visão depreciativa por parte das pessoas.

Portanto, os gestores públicos necessitam de gerenciar muito bem o setor limpeza pública para que se tenha uma limpeza urbana dentro dos padrões atuais, ou seja, obedecendo ao processo da sustentabilidade ambiental.

São diversas fontes de lixo no Vale como a construção civil, as aparas das árvores da cidade, senão as próprias árvores, animais mortos, o produto da indústria de embalagens como sacolas plásticas, papel e papelão, o descarte da indústria de eletrodoméstico, eletroeletrônico e informática, como também, o descarte de celulares etc. Cabe destacar aqui, também, as baterias, as pilhas e o lixo hospitalar, todos grandes poluentes.

O que preocupa mais os habitantes são os lixões à moda antiga. Lixões sem preocupação mínima com o rio Piancó e os afluentes dele. Em tempos não muito distantes, o fogo era que cuidava de realizar a transformação do lixo, tudo passaria pela ração de combustão. Mas, podemos perfeitamente reciclar quase todo produto do lixo. Existe a indústria da reciclagem. O ferro é reaproveitado, o alumínio, as garrafas pets, os químicos perigosos são reaproveitados.

O lixo, também, é uma grande fonte de renda, emprega pessoas, gera matéria prima para indústria de reciclagem, até energia se extrai do lixo. São garis, catadores empresas de reciclagem etc.

Nos última dias, li nos meios noticiosos do Vale, que a prefeitura de Itaporanga, maior cidade do Vale do Piancó, estava jogando o lixo da cidade em um local inapropriado para tal. A imprensa dava conta que o lixo estava sendo descartado no sítio Pau Brasil do mesmo município, lixão esse, que não levava em consideração os danos causados ao meio ambiente, como contaminação das águas e males outros. Portanto, crime ambiental.

Em âmbito nacional, existe a Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Nos últimos anos, o Poder Legislativo brasileiro cuidou de criar forte aparato legal envolvendo a União, Estados e Municípios, o setor produtivo e a sociedade civil na busca de solução para os problemas causados pelo lixo e que compromete a qualidade de vida dos habitantes do Brasil. Assim, o problema do lixo é um problema de toda sociedade do Vale e devemos comprometer com esse problema.

O problema do lixo deve ser tratado nas escolas, na formação da juventude consciente, nas residências, nas empresas, igrejas etc. As prefeituras devem tratar do lixo como determina a política nacional de tratamento do lixo. Nós cidadãos devemos comprometer com os males que nos prejudicam.

Portanto, na hora do voto, todo o Vale consciente tem de saber de escolher gestores ligados aos problemas os quais aflijam os habitantes do Vale, como por exemplo, o destino do lixo.

Foto (Paulo Rainério): novo lixão de Itaporanga.

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