quarta-feira, 25 de julho de 2012

UMA FLOR CHAMADA MAROQUINHA

João Dehon

No dia que minha Tia Maroquinha passou para o “oriente eterno”, eu me encontrava muito emocionado e não consegui escrever nada, apenas citei sua origem e pronto!
Hoje parei para pensar e imaginei que Maroquinha poderia ser comparada a uma flor. Como Agrônomo, busquei a ciência e vi que o Jardineiro eterno, chamado Deus, pensa para poder plantar sua roseira, para cultivá-la fazendo com que a flor desabroche vigorosa e linda.
Quando morremos deixamos de pensar, mas as flores também não pensam e quem tem que pensar por ela é o Jardineiro. Se uma flor pensasse ia perceber que seu Jardineiro é eterno, pois antes dela Ele existiu e depois dela Ele existirá.
A flor um dia foi botão, desabrochou, perfumou muito ambientes, murchou e também morreu, mas o Jardineiro continua existindo, portanto Ele é Eterno.
Todo cenário que um dia foi feito pelo Jardineiro, Ele sabe que também é eterno, como por exemplo, a montanha, o vale, o céu, enquanto o restante igual a nós, é apenas uma nuvem que o tempo tange enquanto passa.
Na nossa existência, se soubermos como a Flor Maroquinha praticar o bem, teremos uma vida longa e ela literalmente a teve, porém se não soubermos administrar o tempo do Jardineiro, vamos ter uma vida que mal saberemos viver.
A nossa flor soube viver, ela soube exalar os perfumes mais suaves nas horas que a vida exigia, ela também soube brotar e florir e aí estão seus descendentes mostrando essa verdade, desde sua filha Marisa aos seus tetranetos. Ela soube perfumar seu tempo como também soube morrer, porque morrendo ela viverá para sempre e tenho consciência porque a flor nada tem a fazer na vida, senão ser flor.
Sendo flor, já nasceu com a vocação de embelezar qualquer ambiente, sendo flor ela segue os caprichos da natureza e as convicções do Jardineiro e nunca vai contaminar a roseira. As suas convicções garantem a sua perfeição, mesmo que falte água ou luz, ela usa o sistema de reserva para continuar imponente, assim sendo nunca houve um mal que oferecesse perigo à nossa flor.
A flor e o Jardineiro nunca se antagonizaram. Ela sabia da importância Dele para sua vida aqui na terra, enquanto Ele lhe deu a missão de levar o ramo do Major Abdon Leite Guimarães até aos 98 anos idade e sua missão foi dignamente cumprida até o dia 22 de julho de 2012, quando foi recebida nos céus por: Abdon, Maroca, Capitulina, Hermínia, Ranulfo, Olívia, Edson, Luís Guimarães, Dazinha, Severino e Madá que em coro com os Anjos e Santos a introduziram no Jardim de Deus para enfeitar o ambiente dos justos.
O Jardineiro colheu nossa flor e ela agora faz parte do grande Jardim.
Um beijo, minha Tia!
Eu todos os teus sobrinhos amamos muito você.

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