domingo, 27 de janeiro de 2013

Anid destaca papel social dos Centros de Inclusão Digital nos espaços públicos

Centros Públicos de Acesso Pago, ou mesmo Centros de Inclusão Digital. Estes são nomes pelos quais são conhecidas as famosas lan houses, que atendem cerca de 14% da população brasileira, segundo dados do Centro de Estudos sobre as Tecnologias de Informação e Comunicação (Cetic). Só no Nordeste, são 25% de usuários de internet em espaços públicos, a maior parte deles, funcionando em caráter informal.

Segundo o presidente da Associação Nacional para Inclusão Digital (Anid), ao invés de criminalizar as lan houses, a ideia é de orientar os funcionários a garantir a integridade dos usuários, inclusive as crianças. “A lan house cumpre um papel social extremamente importante. Uma pessoa que não tem computador em casa e precisa pagar uma conta de energia e perdeu, ao invés de ela pagar R$ 5 ou R$ 8, indo até o Centro da cidade, ela pode imprimir a segunda via”, explica.

A proposta de Percival é a de adequar estes espaços para servirem como extensão do governo eletrônico. A Anid colocaria uma estrutura de computadores na lan house, a Prefeitura paga um valor mensal de aluguel e treinaria o dono e os funcionários, capacitando-os para acessar e manipular todos os sistemas da Prefeitura a que o cidadão pudesse ter acesso.

“É preciso tirar da marginalidade, trazer e reconhecer esse pequeno empreendedor como empresa de base tecnológica, que ajuda a fomentar novas empresas, que pode ser uma atividade complementar inclusive ao governo eletrônico. Cabe às prefeituras dos municípios terem uma atitude proativa em relação a esses espaços públicos de acesso à internet, porque são pequenos empreendedores que compraram quatro, cinco computadores, conseguiram conexão de internet, e lá, na garagem da sua casa, num pequeno espaço alugado no centro da cidade, ou dentro de sua comunidade, eles disponibilizam aqueles computadores com acesso à internet para aquelas pessoas que não têm computador ou não tenham a facilidade que exista ali, então esse papel é extremamente relevante. O dono vai lá e ajuda as pessoas a usarem na primeira vez. Isso é fundamental, digno de nota, de relevância, e é importante que os governos estaduais e municipais possam enxergar nestes espaços uma oportunidade de estender as políticas públicas através de governo eletrônico”, explica.

Empreendedorismo e conhecimento

Além disso, a inclusão digital gera empregos a partir destas pequenas iniciativas. A partir das lan houses, são descobertos jovens talentos que, na garagem de casa, têm um computador e faz a home page para a padaria da esquina, por exemplo. “Então você pode ter um garoto numa comunidade que faça home page para o cara da loja de peças do bairro, que seja tão interessante esse tipo de trabalho que ele pode chamar a atenção de uma grande empresa que o convide para trabalhar com ela, para cuidar dos computadores”, destaca Percival.

Na avaliação do presidente da Anid, a mercadoria mais rara e mais cara sempre foi o conhecimento. E o conhecimento pode ser manipulado, pode ser usado só para fins comerciais. Participar de uma rede social não quer dizer que você está inserido, você pode ser uma grande massa de manobra. A solução, segundo ele, é fazer com que todos possam ter acesso à sociedade de informação, e depois transformá-la em sociedade do conhecimento. “Então, à medida que você socializa o conhecimento, você vai chegando mais perto, você melhora a condição dos políticos que são eleitos, dos gestores, as pessoas têm mais condição de fiscalizar os gastos públicos”, alega.

Ascom Anid

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Marcello Villar
Onivaldo Júnior
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