quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Finaliza Cruzeiro!


Finaliza Cruzeiro!
(Reynollds Augusto)

Ontem eu estive do Estádio Municipal de Itaporanga para acompanhar o jogo entre o Cruzeiro de Itaporanga e Auto-Esporte de João Pessoa. Fui dar um pouco da minha energia, torcendo pelo azulão.

Eu não sou de deixar os meus projetos no meio do caminho. É preciso finalizar. Também não deixo os “amigos” na mão e fui sentir a sensação de ver, além de ouvir, a emoção transmitida pela Rádio Boa Nova de Itaporanga, que acompanho sempre pelo Portal do Vale, do meu amigo Rainério.

Eu que nunca gostei de futebol, pelo menos pensava que não gostava. Descobri que o problema é psicológico, pois sempre fui um “perna de pau”, como o meu primo JESUS FONSECA, segundo disse. Descobri, também, que na verdade, se tratava de uma dessas máscaras humanas, que usamos para proteger o nosso ego e que escondem as nossas limitações e que, também, sempre nos faz mal, por falta de enfrentamento.

Quando a minha esposa, que amo muito, há anos atrás, por questões de ordem familiar, teria que residir na cidade de J Pessoa, para morar com seus pais, eu tive que finalizar, se não teria me dado mal. Ou seja, ou casava com ela ou a perderia. Eu não fui besta e finalizei. Casei com o meu amor, que me “rendeu” três belas filhas. Não dei fim a relação, que não era besta, mas finalizei a resistência ao casamento. À época vivíamos numa penúria danada. Mas a vida sempre nos dá um empurrãozinho para que possamos finalizar. Ainda bem que decidi, no tempo certo, senão a minha vida hoje, teria outros capítulos e, talvez, menos felizes.

- Rey, se não fosse aquele acontecimento, tu ainda hoje estava namorando comigo.
- eh,eh,eh

Mas, na hora no aperto, temos que finalizar.

Eu sempre tive um sonho de estudar DIREITO. Não passei no primeiro vestibular, que me abriu as portas para o Curso de História, que finalizei pela hoje FIP. Terminei o curso, que também me “rendeu” grandes amigos/irmãos, a exemplo de BETÂNIA VEIGA e HERBENE DANTAS, de SANTA LUZIA e o meu grande irmão, RICARDO WAGNER, de COREMAS, hoje advogado. Todos concluíram o curso de história, juntos, no tempo das ilusões e das semeaduras.

Ricardo me abriu as portas para que eu morasse em seu apartamento, na cidade sorriso, pois estava concluindo, agora, o curso de Direito, que eu estava começando. Eu sentia que algo faltava interiormente. Confesso a vocês que me apaixonei pelo Curso de História, que serviu de base para entender a sociedade e de preparo para compreender a força do Direito, que na minha opinião é um projeto de Deus, para equilibrar as relações. Como diz um amigo meu: se não fosse o Direito estaríamos “pebados”.

Passei para o primeiro período de DIREITO, em Sousa. Não podia morar por lá, devido cuidar de uma tia que tem problemas psicológicos e que com certeza, não se adaptaria à cidade sorriso. Mas tinha o sonho. E quem não alimenta sonhos, morreu antes do tempo. Finalizei.

E para isso viajava três vezes por semana, há um distancia, de 125 quilômetros, de moto, por dentro, pela estrada da linda Coremas. Madrugadas á dentro, vendo o sol nascer, na terra das águas. Era uma beleza.

Sofri um acidente naquela estrada. Fiquei alguns dias em coma. Experimentei na prática, aquilo que estudava nos livros. Ou seja, ninguém morre. Agente muda de lugar. Tinha tudo para “morrer” e não morri. As orações dos amigos e os compromissos com o Planeta me deram mais uma oportunidade. Precisava ainda passar mais um tempo, que não existe, segundo Einstein, por aqui. A família pressionou para não mais viajar. Insisti.

- De moto não!

Comprei o “BOBY SCORT CAR”, um Escort velho mesmo, para não perder o curso. Talvez seja por isso que não consiga me desapegar do danado, sob protestos das minhas filhas. Fui algumas semanas. Ponderei com a família, pois os gastos seriam enormes. E Bob não aguentaria a estrada de barro. Convenci. Voltei a viajar a Sousa, de moto. Depois finalizei, concluindo o curso de Direito.

- Painho, estamos com um problema?
- Qual?
- Quando o senhor desencarnar, não vai dar para colocar BOBY na urna funerária. Desapega, homem.

Elas não entendem. Eh,eh,eh .

Na vida é preciso concluir, para experimentar outras conquistas e o nosso Cruzeiro não está conseguindo fazer isso. É claro que nesse jogo, o Esporte tinha um jogador a mais, além dos ordinários. Todo mundo viu, que tinha um “banderinha” que estava” jogando” para o Esporte. O gol da virada, impedido, sem ser impedimento, impediu o Cruzeiro de sair vitorioso, e nós felizes. Não conseguimos finalizar e precisamos torcer para que o Cruzeiro, de novo, não finalize rebaixado.

- Foi ao jogo do Cruzeiro, Zeugles?
- Desisti.

Mas quem finalizou bem foi a equipe da Rádio Boa Nova FM, de Itaporanga, do nosso LUIZ CARLOS ROQUE, “o garotinho do gramado”. O seu radialista, se não me engano, ZÉ CARLOS, realmente provoca emoção nos torcedores. Audição, visão, coração, aqui em Itaporanga. Não perco mais nenhum um jogo do cruzeiro. E Zeugles não pode desistir, nem eu, nem a torcida, nem o Cruzeiro. Só está faltando a finalização.

Finaliza cruzeiro!!!

PENSE NISSO! MAS PENSE AGORA MESMO.
www.pensenisso.itaporanga.net

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