quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Epidemia da Aids pode acabar em 15 anos, diz brasileiro que assumiu vice-diretoria executiva na Unaids

Luiz Loures explica por que o Brasil pode ser o primeiro a vencer a luta contra o HIV e pontua o preconceito como principal entrave a avanços 


Novo vice-diretor executivo da Unaids (Programa das Nações Unidas para HIV/ Aids), o epidemiologista brasileiro Dr. Luiz Loures tem como desafio central levar a epidemia de Aids ao fim. Apesar de saber que os obstáculos ainda são grandes, ele acredita que dentro de 15 anos o mundo conseguirá vitória contra o amedrontador vírus do HIV.

Na linha de frente da luta contra a Aids, o médico pioneiro em tratar pacientes com a doença no Brasil coloca o País como exemplo de políticas públicas bem-sucedidas. “Do meu ponto de vista, é onde existem as políticas mais inclusivas e abrangentes em relação à Aids”, observou em entrevista ao R7. Segundo o especialista, a inclusão da sociedade no debate sobre a epidemia de Aids e a manutenção de seus programas com dinheiro público contribuíram para que o Brasil se tornasse um exemplo positivo, assim como são países da África, como Quênia e África do Sul.

Há 16 anos na Unaids, cuja sede se encontra em Genebra, ele vê como crítico o quadro de lugares como o leste europeu, onde a propagação do vírus da Aids está intimamente relacionada ao uso de drogas injetáveis. “Do ponto de vista do usuário de drogas, não se pode tratá-lo como problema de polícia. Ele deve ser tratado como problema de saúde”, protesta, ao avaliar o preconceito como um dos maiores entraves a políticas públicas contra a Aids. “O mesmo acontece em países onde homossexuais masculinos não têm liberdade ou até têm medo de dizer qual é a sua preferência sexual, quando correm risco de serem presos ou sujeitos à pena de morte”.
R7

0 comentários:

Postar um comentário