Ainda me lembro como se fosse hoje.Não,não me lembro como se fosse hoje.Isso é força do hábito que temos nós brasileiros. Ninguém volta aos sete anos, ”depués de vivir um siglo”. Uso as palavras da imensa Violeta Parra para que as minhas se tornem mais fortes.
Vejo-a em imagens nebulosas, fugidias, da cor do passado.
Era magra e alta. Muito bonita. Traços bem semelhantes aos da atriz Yoná Magalhães. Andava pela rua com seu passo ligeiro, seus vestidos discretamente floridos, seu cabelo negro. Nunca foi pedante, mostrava-se humilde, muito religiosa. Era a moça do chalé de tijolos vermelhos.
Tive a honra e o prazer de ser sua aluna no 1º ano C, no Grupo Escolar Simeão Leal. Os jovens de hoje não sabem o que é isso. Têm que se informar com os pais, avós, bisavós.
NOSSO BRASIL era o livro adotado. Era uma época em que se fazia ditado e cópia, daí as pessoas do meu tempo escreverem certo ou quase isso.As mestras incentivavam. Elas próprias eram pessoas que liam para nos transmitir o que aprendiam. Eram verdadeiras filósofas. No dizer de Sócretes:f ilósofo é aquele que vive a buscar o conhecimento.
Disseram-me que ADÁLIA NITÃO havia morrido. Mas é claro que não. Como pode morrer quem viveu uma vida educando e formando o caráter das crianças, passando-lhes o saber. Gente assim vira fada. Há pouco tempo isto se deu com ADELITE CRISANTO, também uma muito querida professora, naquele templo de cultura que foi o Simeão Leal.
Moça do chalé de tijolos vermelhos que acabou de se tornar uma fada. Quando eu passar de carro, devagarinho, entre o oitão da matriz e sua residência, por favor acene para mim com sua varinha de condão que na extremidade traz uma estrelinha reluzente.
Vejo-a em imagens nebulosas, fugidias, da cor do passado.
Era magra e alta. Muito bonita. Traços bem semelhantes aos da atriz Yoná Magalhães. Andava pela rua com seu passo ligeiro, seus vestidos discretamente floridos, seu cabelo negro. Nunca foi pedante, mostrava-se humilde, muito religiosa. Era a moça do chalé de tijolos vermelhos.
Tive a honra e o prazer de ser sua aluna no 1º ano C, no Grupo Escolar Simeão Leal. Os jovens de hoje não sabem o que é isso. Têm que se informar com os pais, avós, bisavós.
NOSSO BRASIL era o livro adotado. Era uma época em que se fazia ditado e cópia, daí as pessoas do meu tempo escreverem certo ou quase isso.As mestras incentivavam. Elas próprias eram pessoas que liam para nos transmitir o que aprendiam. Eram verdadeiras filósofas. No dizer de Sócretes:f ilósofo é aquele que vive a buscar o conhecimento.
Disseram-me que ADÁLIA NITÃO havia morrido. Mas é claro que não. Como pode morrer quem viveu uma vida educando e formando o caráter das crianças, passando-lhes o saber. Gente assim vira fada. Há pouco tempo isto se deu com ADELITE CRISANTO, também uma muito querida professora, naquele templo de cultura que foi o Simeão Leal.
Moça do chalé de tijolos vermelhos que acabou de se tornar uma fada. Quando eu passar de carro, devagarinho, entre o oitão da matriz e sua residência, por favor acene para mim com sua varinha de condão que na extremidade traz uma estrelinha reluzente.
Paizinha
1 comentários:
Que bela mensagem, que bela homenagem.Parabéns
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