sábado, 9 de abril de 2011

Abandonados pela Oi e relegados pela modernidade, orelhões viram entulhos nas ruas do Vale

Orelhões viraram um problema

Eles já foram importantes instrumentos de comunicação em um passado recente, unindo famílias e amores separados pelas distâncias. Quando surgiram, na década de 70, eram essenciais e revolucionários, mas hoje, com a internet e o celular, os orelhões viraram peças inúteis, silenciosas e solitárias pelas ruas das cidades regionais. Relegados às esquinas sociais, são alguns dos símbolos do tempo que o avanço tecnológico vai deixando pelo caminho.

Especialmente nas maiores cidades do Vale, eles já não têm nenhuma serventia: em Piancó e Itaporanga, por exemplo, conforme constatou a reportagem da Folha, a maior parte dos orelhões está quebrada pela ação de vândalos, e, como não são mais lucrativos, a empresa de telefonia (Oi), responsável por eles, não quer mais gastar com manutenção de telefones públicos.

As poucas pessoas que ainda dependem dos aparelhos apelam para que a empresa não abandone definitivamente os telefones públicos, mas, pelo outro lado, há quem defenda a retirada dos orelhões das calçadas como meio de facilitar o trânsito popular. “Esses orelhões estão é atrapalhando a passagem das pessoas e provocando acidentes: muita gente displicente está machucando a cabeça nesses aparelhos”, comenta um cidadão de Itaporanga, ao solicitar que a Oi faça a retirada urgente dos telefones para desobstruir o espaço urbano, cada vez mais congestionado.  

Foto: orelhão no centro de Itaporanga.
Folha do Vale

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