domingo, 26 de fevereiro de 2012

MERLÂNIO MAIA - O POEMA

Permita me apresentar
Meu nome é Merlânio Maia
Nem sou pequeno, nem grande,
Mas o meu canto se espraia
Sou recheado, não gordo,
Não sou lindo, mas não mordo,
Temperado na alegria
Na paz sou pazeador,
Poeta, declamador,
Um escravo da Poesia!

Pois sou eu Merlânio Maia
Honrado em sua presença
Cidadão do Universo
A poesia é a minha crença
Poeta menor das eras
Violeiro das quimeras
Estes são os traços meus
Cantador da excelência
Da grandeza e da ciência
Das coisas que vem de Deus

Venho de longe cantando
Trago a bandeira da paz
Canto, pazeio e decanto
Virtudes espirituais
Trago a sagrada poesia
Pra decantar com alegria
Tal ministério do amor
E assim nela me anelo
Ajuntando o Bem com o Belo
Por isso sou Cantador

Neste chão abençoado
Carrego a minha viola
Meu canto vai me encantando
E a Mãe-Terra é minha escola
Dos versos e da canção
Eu faço a minha oração
Pra que da Luz nunca saia
Com a permissão de Deus
Apresento os versos meus
Seu criado: Merlânio Maia


EM GALOPE À BEIRA MAR
Nasci no Sertão me criei sertanejo
Foi Itaporanga o meu berço, querido,
Sou paraibano, meu canto é sentido,
Igual o que sinto, o que ouço, o que vejo,
Nordestinidade é o canto que festejo
Deixando a viola me hipnotizar
Seu canto de encanto fez-me apaixonar
De lá até hoje meu verso é um emblema
Levando o Nordeste dentro de um poema
Trazendo o Sertão para a beira do mar!

Repente, embolada, desafio, poesia,
Os cocos de roda, mazurca e baião,
Forró pé de serra com xote e rojão,
Aboio dolente, ou viola vadia,
Cordel declamado de noite e de dia
Foi a educação do meu pré-escolar
O banco da escola foi pra completar
Pois tudo que eu tenho a poesia me deu
De verso em cascata o meu peito se encheu
Cantando galope na beira do mar!

Por todo o Nordeste cantei com amor
Em Shows, em Congresso e até Cantoria,
As crenças diversas ouviram a poesia
Que trago na alma e derramo aonde for
Inflama-me o peito como o do Condor
Com a força que o verso nasceu pra levar
Com a rima e com a métrica peculiar
Do som tão precioso nascido do povo
Que remoça o velho e dá juízo ao novo
Cantando galope na beira do mar!

0 comentários:

Postar um comentário