O ministro Aloizio Mercadante (Educação) veio à boca do palco para anunciar que o Enem terá novidades. No teste de 2012, a rapaziada poderá apalpar as redações depois de corrigidas. Será proibido, porém, recorrer da nota.
Deve-se a decisão de abrir as redações aos autores a um acordo firmado pela pasta da Educação com o Ministério Público Federal. “O acordo será mantido”, disse Mercadante. “O que nós estamos concluindo com é a operacionalização do acesso, porque ele tem que ser individualizado e ter absoluta segurança.”
Mercadante acredita que, somada a mudanças nos critérios de correção das provas, a permissão de acesso dos estudantes às redações vai acabar com a “judicialização” do Enem. Uma interrogação desafia a vã esperança do ministro: por que diabos a garotada desejaria ver a correção de seus textos senão para recorrer contra eventuais equívocos na correção?
Em edições anteriores do Enem, vários alunos bateram às portas do Judiciário para queixar-se das notas. Muitos deles lograram obter a modificação das menções, elevando-as. Parece óbvio que, na falta de um guichê administrativo que receba suas queixas, os que se julgarem injustiçados pelo MEC vão, novamente, “judicializar” o teste.
O Enem de 2012 será aplicado nos dias 3 e 4 de novembro. As inscrições serão recebidas da próxima segunda-feira (28) até 15 de junho. Exige-se taxa de R$ 35. Alunos de escolas públicas estão isentos.
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