Nos últimos dias, uma legião – não tão grande – de “arautos” da moralidade saiu em defesa dos bons costumes, se escandalizando nas redes sociais, me julgando e condenando por ter emitido uma opinião durante o programa líder absoluto do rádio paraibano, o ‘Correio Debate’.
Nem tanto pela opinião em si, mas pelas palavras usadas, que até concordo, foram inadequadas, e por isto peço desculpas às pessoas de boa fé, que confiam no meu trabalho e acreditam que, quando opino, sou legítimo, não busco o tal do politicamente correto para me expressar. Talvez seja o advento desse termo – politicamente correto – e o uso excessivo dele que causou o grande esfacelamento que as famílias brasileiras atravessam.
As pessoas de boa fé sabem que as coisas estão reviradas, de cabeça pra baixo. Basta passar numa escola secundária de qualquer cidade paraibana ou do Brasil e todos verão a comprovação da mais completa inversão de valores da sociedade moderna.
Nas cercanias das escolas, garotas e garotos que nem ao menos chegaram à maior idade, praticam atos obscenos, desrespeitando quem passa. E quando os professores reclamam, muitas vezes são ameaçados fisicamente.
Mas as pessoas que me criticam não querem saber disso.
Essas mesmas são “eruditas”, algumas acadêmicas, lecionam… Outras são concorrentes. E fingem não entender como alguém com a minha idade, sem possuir curso superior, conseguiu dirigir o principal departamento de radiojornalismo do estado.
Para as primeiras, sugiro uma visita ao mundo real. Certamente vocês encontrarão uma realidade dura e diária: a eminente falência da instituição familiar.
Que é bem mais preocupante do que a citação de palavras, por mais chulas que tenham sido. Verão ainda que pais e mães, que precisam trabalhar para dar sustento aos filhos, não têm acompanhado de maneira adequada o desenvolvimento deles. Mas esses pais não merecem levar a culpa. Eles vivem as suas agruras e só querem o bem para os filhos.
E curiosamente se tornam vítimas desses adolescentes que se metem cada vez mais em encrencas e a grande maioria deles comete bobagens, porque fazem parte de uma geração que privilegia o consumo, ao invés da confraternização entre pessoas.
Dizendo isto, meu desejo não é o de generalizar. Muito pelo contrário. Mas, mesmo fazendo parte dessa nova geração, e agora vou direto ao ponto, está errada a atitude de uma garota que envia fotos íntimas para um namorado ou amigos. Está errada. E repito: a atitude. Eu não disse que ela é criminosa. Criminoso é quem espalha as fotos na rede e deve ser punido judicialmente. Para quem envia tais fotos, defendo a punição em casa. A partir da família.
As garotas quando postam esse tipo de material sabem do risco que correm. E por favor, não venham me dizer que não sabem. Esses jovens aos quais me refiro podem não ser estudiosos, mas inteligência não lhes falta.
Já para os desafetos profissionais, que tentam faturar em cima as críticas que pessoas de boa fé me desferem, não tenho tempo para perder com vocês. Nem tampouco satisfação a lhes dar. O que eu tenho é coragem. E, provavelmente, isso lhes falta.
E por fim, quero que todos saibam que entre a hipocrisia e a opinião, sempre escolherei a segunda opção. Porque foi nela e é nela que escrevo minha história.
No mais, foda-se tudo
Fabiano Gomes, radialista.
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