OS GRANDES RESPONSÁVEIS PELO DESENVOLVIMENTO DE ITAPORANGA
PARTE IX
JOSÉ AUGUSTO DE CARVALHO - PALADINO DA PAZ E DO AMOR.
PARTE IX
JOSÉ AUGUSTO DE CARVALHO - PALADINO DA PAZ E DO AMOR.
( José Assimário Pinto)
Permitam-me.
Sempre no intuito de homenagear pessoas que, direta ou indiretamente, contribuíram para o desenvolvimento de Itaporanga. Dessa feita peço vênia para fazê-lo ao meu avô, José Augusto de Carvalho.
Consoante deixei explicito na árvore genealógica publicada e do conhecimento de todos, chegou em Itaporanga, esse meu scendente, pela mão do destino.No pequeno vilarejo ocupou os mais variados cargos, até chegar à sua morte física, ocorrida na década de 70.
Zé Augusto, como era conhecido, desposara a senhora Hermínia Leite Guimarães, com quem viveu até morrer, e filha do Major Abdon da Costa Leite Guimarães, de cuja união nasceram vários filhos: Antônio Augusto de Carvalho (Tatão), Luis Augusto de Carvalho (Lolô), Carlos Augusto de Carvalho (Carlito), Maria Acy Leite Pinto, Francisco Augusto de Carvalho (Chico Augusto) e José Augusto Filho (Pitarcas).
Quando criança conheci a todos e convivi com eles grandes momentos de intensa felicidade; chamava José Augusto de Carvalho, meu avô, de Pai Gusto e minha avó de Neném de Pitarcas.
Sua casa situava-se na Rua Travessa do Mercado, vizinho a uma padaria, onde vim a nascer na época pertencente a senhores dos Inácios, cujos nomes não me recordo mais.
Nos fundos da casa, o meu avô construíra uma fileira de quartos, que inicialmente dissera que eram para alugar, mas posteriormente senti que era para abrigar pessoas que trabalhavam com ele mesmo, na casa de Dona Hermínia, minha avó.
Nas noites de festas, desembainhava o bombardino, instrumento musical ainda hoje usado nas bandas de musicas e se juntava a outros parentes, tais como: Zeba, Edson Leite Guimarães (Tio Disson), Zezinho Guimarães e tantos outros que formavam uma anda de músicos que precedera a Filarmônica Manoel Firmino de que já falei antes, noutro texto.
Nos carnavais de antigamente, eles também repetiam a formação musical, evidentemente com outro repertório, e saíam pelas ruas do vilarejo convocando a todos para a alegria. Uma cabeça enorme de Zé Pereira, jazia no primeiro quarto da fileira que construíra e ele enfiava-a na sua própria cabeça e saía a exibir a arte de Tia Olívia, fora uma das filhas de Major Abdon, meu bisavô que era uma verdadeira e criativa artista, tanto no cozinhar quanto no desenhar e criar as imagens que bem entendia – pintava e bordava, como se diz hodiernamente.
Tia Maroquinha tinha as mesmas habilidades da Tia Olívia, só que em menor grau. Enquanto a primeira morrera sem se casar, a segunda constituíra família, casada que fora com Josa Procópio, e Tia Dazinha, que também optara pelas prendas domésticas, casara com Antônio Soares da Fonseca (Totinha), até o dia de sua morte, de cujas uniões adviram os filhos: Mariza (Tia Maroquinha), Noly, Nemy, Edmilson Fonseca, Tereza Neuma, Jesus, Antônio Fonseca, João Deon (Tia Dazinha), todos esses, meus primos- são primos queridos a quem amo e respeito.
Foi na década de 60 quando voltei já para a Cidade de Itaporanga e quase adolescente, que conheci mais de perto meu avô. Era um homem simples, de olhos azuis, estatura de mediano para baixo, inteligente e culto, de uma cultura que me impressionava, posto que adquirida na escola da vida e com um autêntico autodidata.

“Assimário, você será um dos grandes oradores da Paraíba, do quilate de Doutor Pitanga e Alcides Carneiro, passando a discorrer sobre eles com uma maestria invulgar que me impressionou. Que bomdade infinita, pai gusto, quem serei eu?
Era assim o meu bisavô Pai Gusto, um paladino da paz, da alegria e do amor, que dedicara de forma tão cristalina, honesta e respeitosa, mormente, à Família - que nos emocionava.
A família e o vilarejo de Itaporanga para ele era tudo. Desdobrava-se em gentilezas em servi-la, amá-la e respeitar, acima muitas vezes de suas próprias forças.
Campina Grande, 02 de Dezembro de 2013.
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