terça-feira, 27 de agosto de 2013

OH MORTE, ONDE ESTÁS?


OH MORTE, ONDE ESTÁS?
(Reynollds Augusto)

Provavelmente algumas pessoas sequer vão abrir esse texto. É que não fomos preparados para entender o fenômeno da morte, que se opera na vida.  As religiões tradicionais têm culpa nisso ou, pelo menos, tem uma parcela de responsabilidade, pois concebe o fenômeno morte, totalmente divergente da sua realidade.

Já notou que ficamos meio que de “pernas justas” quando estamos em um velório? Outro dia fui ao velório do corpo da “bis”, das minhas filhas, e senti que há um constrangimento coletivo. Não sabemos sequer como confortar os parentes que “perderam” um dos seus. Não ficamos á vontade e proferimos o tradicional “meus pêsames” e ainda adiantamos que o de cujus “descansou”.  Descansou nada. Não sabem eles, por enquanto, que ninguém descansa da vida, pois ela segue sempre.  Somos imortais.

O corpo morre, ou melhor, nesse momento ele está morrendo. Enquanto eu “escrevinho” esse artigo estou morrendo e olha que depois de uma bela caminhada matinal, ouvindo o som da rádio sociedade da Bahia, na companhia do meu amigo Jardel, o nosso Highlander. O homem parece que não morrerá nunca. Não sei qual foi o chá de formol que ele tomou, quero umas colheradas. Mas Dedé, o nosso exímio professor de Física, disse que as coisas estão mudando.  Jardel ficou triste. O tempo é implacável.

Mas, enquanto você está lendo esse artigo, também está morrendo. Mas, fique triste não. Morre o corpo, com essa personalidade, com esse RG, com esse CPF, com essas ilusões. A individualidade pensante segue firme rumo ao aperfeiçoamento, que as religiões chamam de “Salvação”.


O ministro religioso, que realizou a cerimônia de despedida do corpo da “bis avozinha” de 87 anos, que doou a vida aos seus, especialmente a dois filhos paralíticos, disse que “seria um descanso eterno”. Já viu que sofrimento?  Você descansar eternamente. Duvido que você aguente passar o dia todo deitado, descansando. Imaginem eternamente até que se chegue o “juízo final” e o pior é a tal ressurreição da carne.

Não estou querendo criticar religião alguma, mas há certos dogmas religiosos que precisam ser revistos, sob pena das pessoas se afastarem. A verdade é que somos ainda materialistas com a capa de espiritualistas.  Trata-se mesmo de ignorância em torno do tema.

Geralmente com o espírita não há esse problema. E isso se dá porque a Doutrina Espírita é mais realista quanto ao tema. Não concebemos a morte do corpo como algo terrível, assustador, como se fosse a pior coisa a acontecer à criatura, mas sim como uma etapa da vida que segue sempre. O corpo morre e o espírito se desprende para continuar vivo em outra dimensão. Não o vemos, com os olhos do corpo, pois o perispírito, que é o corpo do espírito, que o apóstolo Paulo chamou de “corpo espiritual”, é quintessenciado, mais sutil que o ar, que você não vê, mas existe.

Algumas pessoas podem vê-los, conversar com os mesmos, como o saudoso CHICO XAVIER, o nobre DIVALDO FRANCO, o Paulo de Tarso dos dias atuais. A minha querida irmã AURELÚCIA, da cidade de Catingueira, que psicografou o livro “POESIAS DO ALTO”, do espírito “ UM AMIGO POETA",  que logo depois descobrimos tratar-se do INÁCIO DA CATINGUIERA, não vê mas sente o psiquismo do  Poeta e ás vezes, quando ele quer,  ela até pode divisá-lo. Eu, não tenho esse dom e não sinto nada. Senti quanto sofri aquele acidente que os itaporanguense acompanharam. Dias em coma. Passeada no mundo dos espíritos, a nossa verdadeira casa.  Pense num curso bom: “QUASE MORRER”. Você retorna com menos ilusão.

Eu gostei. Mas, quem sofre mesmo são os parentes.
Mas, esse artigo tá ficando longo.
Somos imortais...

PENSE NISSO! MAS PENSE AGORA

www.pensenisso.itaporanga.net

1 comentários:

O Homem morre ao fechar os olhos para os terráqueos; Abre-os para enxergar o mundo celeste!

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