terça-feira, 26 de novembro de 2013

EM PATOS: Sem fiscalização, Jatobá segue seco, com lixo, muita lama e mato toma conta do açude


O açude Jatobá, principal manancial que abastece a cidade de Patos, tem capacidade para mais de 17 milhões de metros cúbicos de água e está completamente seco desde setembro de 2013 e isso está prejudicado não só a cidade, mas também trabalhadores que sobrevivem da pesca e agricultura nas margens do açude.

Desde que o açude secou, a população daquela área e entidades, a exemplo da Colônia dos Pescadores vem denunciando que o manancial encontre-se esquecido por parte do DNOCS. Segundo a presidente da Colônia do Pescadores, Ivanilda Sousa, é necessário que se realize uma limpeza urgente nos açudes: “O desassoreamento é de responsabilidade do Governo, mas o Jatobá principalmente está completamente abandonado pelas entidades que o administram”.

Nossa equipe esteve no Jatobá no último domingo (24), e registrou uma situação preocupante devido à falta de manutenção no reservatório. Além de muito lixo encontrado dentro açude, há muito mato e principalmente uma grande quantidade de lama que a cada dia diminuem sua capacidade de armazenamento.
O Ministério Público Federal (MPF) iniciou no ultimo dia (18), uma investigação para verificar a situação do Açude Jatobá para que sejam tomadas medidas para garantir o abastecimento de água nas cidades. 

Segundo o procurador da República João Raphael Lima, as providências do MPF estão sendo adotadas para demonstrar a verdadeira situação do reservatório. “Ao final das diligências será possível verificar se o açude está assoreado e quanto, verdadeiramente, perdeu de capacidade de armazenamento de água, para que, sem seguida, o MPF possa cobrar do Departamento Nacional de Obras contra as Secas, o Dnocs, as providências necessárias a fim de garantir um abastecimento de qualidade à população”, explicou. 


Outro problema enfrentado por agricultores da região da barragem, é que devido à falta de água no manancial, os trabalhadores que sobrevivem exclusivamente do cultivo de hortaliças estão tendo que cavar cacimbas dentro do açude para que possam adquirir água do solo para irrigar as plantações. 

Cerca de oito cacimbas medindo aproximadamente 12 metros de largura e cinco de profundidade foram escavadas no meio do açude. 

Segundos relatos dos agricultores, o custo para contratar um retroescavadeira é de aproximadamente R$ 1.000. Os agricultores chegam a gastar uma média de R$ 2.000 somente na aquisição de canos e fios para instalar a bomba d’água.
Seu Sebastião Honorato é agricultor e tem uma horta as margens do açude, ele tem 79 anos e todos os dias faz a irrigação das hortas usando um galão para fazer o transporte da água.

O desassoreamento e a limpesa do manancial é de fundamental importância, uma vez que ao limpar a bacia do açude, sua capacidade hídrica aumentaria significativamente, deixando-o preparado para as próximas chuvas.
maispatos

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