sábado, 30 de novembro de 2013

Réus acusados de crimes financeiros na web são condenados na Paraíba


Seis pessoas foram condenadas pela Justiça Federal por envolvimento em uma quadrilha de crackers para a prática de crimes financeiros através da internet, a partir da cidade de Campina Grande, mas com ramificações em outros estados do Brasil.

O esquema foi desmontado pela Operação Scan. A sentença proferida pelo juiz federal Rogério Roberto Gonçalves, titular da 4ª Vara Federal, no dia 31 de outubro e foi publicada nesta sexta-feira (29).

Emir Sangler Leal de Melo foi condenado a oito anos de prisão em regime, inicialmente, fechado e multa de R$ 15 mil pelo crime de lavagem de dinheiro.

Os outros crimes pelos quais ele era acusado prescreveram, uma vez que ele era menor de 21 anos à época do crime.

Raul Bezerra de Arruda Júnior e Marcelo Campos da Motta pegaram, cada um, uma pena de 12 anos e nove meses de reclusão em regime, inicialmente, fechado e ainda terá que pagar uma multa de R$ 24 mil. Ele foi condenado pelos crimes de formação de quadrillha ou bando, furto qualificado e lavagem de dinheiro.

Ermi Leal de Souza e Aline Guimarães Garcia da Motta foram condenados, cada um, a 14 anos e quatro meses em regime, inicialmente, fechado e multa de R$ 24 mil pelos crimes de formação de quadrilha ou bando, furto qualificado e lavagem de dinheiro.

Roverson dos Santos Pereira pegou uma pena de oito anos e quatro meses de prisão em regime, inicialmente, fechado e terá que pagar uma multa de R$ 9 mil. Ele foi condenado pelos crimes de formação de quadrilha ou bando e furto qualificado.

Em abril de 2009, a Justiça Federal condenou outros quatro paraibanos envolvidos no esquema. O juiz federal Francisco Eduardo Guimarães Farias, titular da 6ª Vara de Campina Grande, condenou Higor Vieira de Azevedo a 9 anos e 4 meses, Alexandre Tabosa de Azevedo a 3 anos e 8 meses, Sthephann Johanson Figueiredo dos Anjos a 3 anos e 8 meses e Pedro Barros Medeiros a 4 anos e 4 meses. Todos em regime aberto, com substituição das penas privativas de liberdade por restritivas de direitos. Higor Azevedo é considerado o chefe da operação criminosa.

O processo de autoria do Ministério Público Federal foi desmembrado em 11 ações penais, com mais de 50 acusados. De acordo com o MPF, a quadrilha era formada por programadores, usuários, aliciadores e laranjas, que transferiam dinheiro e realizavam saques de contas de vários bancos.

De acordo com os autos do processo, com base nos interrogatórios dos réus e testemunhas, “somente em uma agência do Banco do Brasil em Campina Grande (Agência Borborema), ocorreram 287 transferências ilícitas, recebidas em contas de clientes daquela agência, no período entre novembro de 2004 e fevereiro de 2006, no qual a quadrilha estava atuando livremente. O volume total de transferências ilícitas somente para as contas dessa agência chegou ao elevado valor de R$ 355.555,92”.

G1

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