quinta-feira, 25 de junho de 2009

Branca e Radiante

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Nascida em 25 de junho de 1914, no Município de Prata/PB, quando ainda era distrito de Monteiro, sob nome de Mugiqui, MARIA NERI CONSERVA, por razões desconhecidas chamada Branca desde pequena, é a terceira filha de Marcionilo Neri de Sousa (*1890 – †1928) e de Ana Lindoso de Sousa (*1890 – †1946). Ficou órfã de pai aos 14 anos. Morou com sua tia Laura Lindoso de Sousa até a morte do pai, quando, a pedido de sua mãe, voltou para casa.

Casou-se aos dezenove anos (07 de outubro de 1933) com o comerciante José Alves Conserva Neto (*1893 – †1987), que já era viúvo. José Conserva, natural de Salgueiro/PE, era vinte e um anos mais velho que Branca. Deste casamento, nasceram dez filhos: Inácio, Teté, Ivo, Anita, César, Socorro, Paulo, Borjinho, Mário e Lucinha, dos quais, seis já falecidos. De sua prole, contam-se ainda 11 netos, 18 bisnetos e 09 tataranetos.

Viveu na Prata até outubro de 1946, de onde mudou-se com a família para Recife/PE. Permanecendo na capital pernambucana até outubro de 1949, de onde veio para Itaporanga. Dona Branca conta que saiu de Recife numa quinta-feira pela manhã, vindo pernoitar em Piancó somente na sexta-feira. Ficaram na vizinha cidade aguardando as águas do Rio Piancó baixarem.

Chegou em Itaporanga num dia de sábado pela manhã, dia de feira.

Seus primeiros amigos em Itaporanga foi o casal João Bela e Sula, que depois se tornaram compadres numa grande teia de afilhados de um e de outro lado que nos custa até entender.

Ficou viúva em 02 de fevereiro de 1987. Mas Dona Branca assemelha-se às grandes mulheres bíblicas, cuja fortaleza e alegria de viver têm raízes na oração e na paciência. Sua fé nos comove; sua força nos dá ânimo; seu sorriso irradia o próprio Jesus, a alegria dos homens, como diz o belo hino cristológico.

Dona de um senso de humor inesgotável. Avessa ao seu aparelho auditivo, faz piada de si mesma quando não compreende bem o que lhe dizem. Para ela, “anágua” é “pau-de-arara”, “comprimido” é “sobremesa”; “óculos” é “careta”, “chibata” é “macaca”.

Dona Branca chega aos noventa e cinco anos fazendo doces, percorrendo o mercado público em busca de melhores preços, Inteirando-se das notícias cotidianas ouvindo seu rádio Campeão ou lendo, sem óculos, o jornal Folha do Vale.

Pelo que ela é e pela forma de encarar a vida, com muita vivacidade e com espírito juvenil, a nós só nos resta agradecer a Deus pelo grande presente que nos deu.

Texto Paulo Cesar Conserva - Fotos: Rainério



Aguardem galeria de fotos do evento que foi realizado no Centro Pastoral de Itaporanga no sábado, dia 20/06

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