Duas Festas Especiais
(Reynollds Augusto)
A Loja Maçônica 20 de outubro sempre realiza sua festa de confraternização de fim de ano, para reunir os irmãos e reforçar ainda mais o sentido de união maior, que a ordem fomenta. As Lojas Maçônicas, nossas irmãs, da região, são sempre convidadas. Este ano o evento foi realizado no Hotel de Dilma Dantas, esposa do nosso irmão MARCONE COSTA, que atendeu magnificamente aos irmãos maçons presentes. Tudo ao som de belas músicas populares, cantadas por um garota que realmente produz emoção, WILCA. Cantando e encantando estava acompanhada por um violão de belas harmonias, arranjadas por BEL. Uma admirável apresentação.
É satisfatório e emocionante ouvir uma bela voz, ao som de um violão afinado. De quebra, ainda presenciamos as velhas e belas músicas, das antigas, cantadas por Luciano, não o Pavarotti, mas que cantou bonito. Chegando a ponto de arrancar suspiros de sua esposa querida, que estava maravilhando a festa. Deve ser bom ter um marido “cantor”.
Alias todos nós precisamos afinar as nossas vidas. Muitas vezes nossos instrumentos estão desafinados interiormente. Tem muita gente que não canta uma boa letra e para agravar, ainda permanece com um instrumento desafinado e um repertório que não satisfaz. Não adianta, tão somente, cuidar do instrumento corporal, esticando dali, puxando acolá, retificando aqui. Por si só isso é bobagem, pois ninguém foge do tempo implacável que nos convida afinar à vida. A raiz do problema é subjetivo, interior.
Há muitas filosofias boas, ricas, que nos indicam a verdade. Eu particularmente elegi como roteiro pessoal o “diapasão” do evangelho, explicitado racionalmente pela Doutrina Espírita, que é Jesus de volta. Tem muita religião que está desafinada e não consegue cantar com harmonia a “verdade que consola e liberta”. O problema é que, também, ainda, existe muita gente que não tem ouvidos de ouvir e se satisfaz com uma música precária, que não permite a harmonia da lógica, da razão. Mas um dia, segundo Jesus, todos os instrumentos estarão afinados e como diz a música espírita “um dia todos nós seremos anjos”. O mestre, nosso guia e modelo reforçou “nenhuma só das ovelhas do meu pai se perderá’”. Chegará um tempo que no palco terrestre só se apresentarão vozes educadas, com instrumentos afinados, promovendo a harmonia da humanidade. Pode crer. Ou melhor, pode saber.
Mas quem afinou bem, nessa noite de festa dúplice, foi dona JOSELITA FRANCO DE SANTANA, que completou mais um ano de vida física em 14 de dezembro e estava neste ano completando 82 dois anos de idade. Hoje em dia esse é um marco difícil de alcançar.
Alegres esfuziante de contentamento estavam os seus filhos diamantenses, Aloísio, Auridete, Audinete, Artemiside e Augusto. Todos no setor reservado do Hotel “Rainha do Vale”, em companhia de diversos amigos, comemorando o aniversário da querida mãe. No meio da festa toda a maçonaria do Vale do Piancó, felizes e de pé, pela felicidade da octogenária, cantaram juntos os merecidos “parabéns para você”.
Parabéns às maçonarias foi uma bela despedida deste ano de 2012, que não volta mais, que nos permitiu construir os valores da alma, sem ilusões. Em especial parabenizar JOSELITA, que estava ladeada dos filhos amados e dos amigos queridos. Para ela deixo o meu presente pessoal. Um belo poema de um espírito sensível, amoroso, que nos ensina a viver. Refiro-me a grande e que muito admiro, por sua maturidade espiritual, “MEIMEI”. Diz ela:
“MÁE”
“Um dia, a Mulher solitária e atormentada chegou ao Céu e,
rojando-se, em lágrimas, diante do Eterno Pai,
suplicou:
- Senhor, estou só! Compadece-te de mim.
Meu companheiro fatigado, cada dia, pede-me repouso
e devo velar-lhe o sono!
Quando triunfa no trabalho,
absorve-se na atividade mais intensa e,
muita vez distraído, afasta-se do lar,
onde volta somente quando exausto,
a fim de refazer-se.
Se sofre, vem a mim, abatido
buscando restauração e conforto...
Tu, que deste flores ao arvoredo
e que abriste as carícias da fonte,
no seio escuro e ressequido do solo,
consagras-me, assim, ao isolamento?
Reservaste a Terra inteira ao serviço do homem
que se agita, livre e dominador, sobre montes e vales,
e concedes a mim apenas o estreito recinto da casa,
entre quatro paredes, para meditar
e afligir-me sem consolo?
Se sou a companhia do homem,
que se vale de mim para lutar e viver,
quem me acompanhará na missão a que me destinas?
O Senhor sorriu, complacente,
em seu trono de estrelas fulgurantes e,
afagando-lhe a cabeça curvada e
trêmula, falou compadecido:
- Dei o mundo ao homem,
mas confiarei a vida ao teu coração.
Em seguida colocou-lhe nos braços uma frágil criança.
Desde então, a Mulher fez-se Mãe e
passou a viver plenamente feliz.
(Meimei/Chico Xavier)
em Cartas do Coração
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