segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

O Terceiro Turno das Eleições


O Terceiro Turno Das Eleições

(Reynollds Augusto)


A conquista democrática é resultado de um longo processo de lutas, enfrentamentos e coragem do povo brasileiro. Respiramos o ar, ainda não tão puro, da democracia e o velho Brasil está maturando em torno dos valores maiores de qualquer sociedade justa. Um país vai bem quando as suas instituições vão bem, quando os seus agentes políticos entendem porque estão usando o poder, que lhes foi emprestado temporariamente, pelo cidadão.

Ao longo da vida do Estado Brasileiro passamos por várias fases. Já tivemos a fase do executivo, que se evidenciou por algumas conquistas, como por exemplo, a estabilização econômica e o banimento do “dragão da inflação”, que está menos aterrorizante. A geração presente não sabe que antes vivíamos uma loucura danada, estocando alimentos para tentar se proteger do aumento dos produtos, no outro dia. Era o terror social. Eles nem imaginam isso.

Tivemos a fase do legislativo, que àquela época já estava preocupado com os mecanismos horripilantes da corrupção, que culminou com a derrocada do governo Collor. O processo pareceu mais político, que propriamente criminal, uma vez que o Supremo ao analisar a concretude do caso, absolveu o ex-presidente por cinco votos a três. Mas não se podia mais fazer nada, o estrago estava feito.

Hoje estamos vivendo a era do judiciário e os candidatos que perderam a eleição estão se empenhando para tentar destituir os eleitos democraticamente, mas que, em certos casos, não foram, de verdade, legitimados pelo voto livre e consciente. Uns não querem “largar o osso mesmo”, ou passar esse osso para outros grupos ou até experimentar da "boquinha"; mas existem aqueles que realmente se sentem vitimados pela própria imaturidade popular, que vendem a sua consciência e saem com um sorriso amarelo por ter vendido “a sua mercadoria”, achando que estão fazendo um bom negócio.

O Poder Judiciário está dando mostra que estamos em outros tempos e que a nação não admite mais qualquer tipo de corrupção na coisa pública, que é do povo e precisa ser administrada com respeito e seriedade. A lei da Ficha Limpa aprovada foi um marco importante para sustentar a democracia e procura tirar do poder os “espertalhões” de plantão, que se corrompem e não endentem da importância e responsabilidade que é gerir o patrimônio público. Mas a coisas seriam muito mais eficientes se o Estado realmente aprendesse a formar homens de bem, e não apenas homens instruídos, envernizados pelo “conhecer”, mas que não conseguem aplicar a bem do povo a riqueza, construída pelo próprio povo.

Estamos na era do judiciário e esperamos que ele cumpra bem o seu papel, fazendo justiça de verdade. Ele não pode ser apenas a última saída daquele que perde e que não fica satisfeito com a escolha popular e revoltado com a democracia que matura. Nada de “a última chance”, com mentiras e engodos, tentando aplicar golpes, usando “a lei a seu benefício”, tentando enganar esse poder da nação, que constitucionalmente faz acontecer, por ser as suas decisões jurídicas incontestáveis, quando passam pelo trânsito definitivo dos julgamentos.


Os tempos são outros.


PENSE NISSO! MAS PENSE DIREITO.

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