segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

CHOVE, CHUVA. CHOVE SEM PARAR

 


CHOVE CHUVA. CHOVE SEM PARAR

(Reynollds Augusto)



Confesso a todos vocês que a chuva me causa uma satisfação profunda e nos traz uma felicidade imensa. O fenômeno dever dar-se, talvez, pela condição de sertanejos que somos. É bom, daqui do meu lar, apreciar ao longe, a maior dádiva da natureza, que é a chuva, molhando o chão sempre “castigado” pelo verão longo. A maravilha da Serra do Cantinho empanada por “cristais de água”. O Cristo “tomando banho, com seus abraços abertos,” experimentando a grandeza da chuva que caí a mando do seu Pai.



Alias, Jesus foi quem intitulou Deus de “Pai”. Talvez por ser ele o disciplinador, exprimindo aos filhos pequenos o devido acerto. Mas Deus também pode ser mãe, exprimindo acalento e proteção, segurança.



E os Trovões!? Ah, os trovões. É o sinal de Deus indicando que “ele” nunca nos desampara e que a vida sempre seguirá seu curso no tempo e no espaço.



Quando garoto, aqui na melhor cidade do planeta, Itaporanga, eu e a garotada da Rua Pedro Américo (antigamente), meus amigos de infância, Laércio, Veizinho, Damião Guimarães, Valmir Júnior... Uma turma inesquecível. Saíamos em grupo para esperar a chuva chegar. O céu, ao longe, era divisado com uma tonalidade cinza, muito escuro ou um azul quase negro. Aquela calma inicial indicava que a tormenta seria um das maiores e a garotada ficava ansiosa à espera da chuva rara que chegava e que “embriagava” a alma. Boas recordações. Depois conto essas estórias.



Mas a chuva de ontem foi muito grande e chegou a assustar. Praticamente, noite e madrugada, caindo água quase sem intervalos. Segundo a minha vizinha, que trabalha na EMATER, chegou a 101 milímetros.



Quando estudava em Sousa, estava consciente que para conseguir concluir o curso teria que enfrentar um desafio enorme. Enfrentaria muitos obstáculos, pois estudava em uma cidade praticamente estabelecida em uma contramão danada, a uma distância de 125 km, por dentro, em estrada de barro, partindo de Itaporanga. Foi uma empreitada hercúlea, mas algo intuitivo, interior, me dizia que dava para conseguir. A prece foi o meu combustível e depois de tantas idas e vindas consegui concluir o curso. Em dias de chuva era um Deus nos acuda. Muitas quedas, lama, lama demais. Paradas em casas de famílias, que residiam na zona rural, para esperar a chuva diminuir. Durante essa “odisséia”, consegui fazer muitos amigos. Deliciei-me com muitos “bolinhos de chuva” das donas de casa.



Mas mesmo assim, era gratificante sentir a beleza da natureza encharcada pela água que caia do alto. Foram momentos difíceis, mas muito importante para o meu histórico pessoal. Muitas letras no livro da minha vida. Por vezes é preciso arriscar conscientemente, para atingir as metas, senão a coisa fica apenas no mundo subjetivo de cada pessoa e a realização não acontece. Jesus, o mestre dos mestres, um pedagogo por excelência, já dizia: “batei e abrir-se-vos-á buscai e achareis. Quando você tem a intenção de conquistas pessoais, que não ferem os princípios das leis de Deus, o universo conspira a seu favor. Isso se chama compensação ou retribuição. Deus não cochila e ajuda o filho que tem boas intenções. É a mecânica da existência que funciona pela lei de causa e efeito.



Seria tão bem mais fácil se em nossa região já estivesse estabelecido um campus universitário. Tudo seria menos sofrível. Mas noto que as forças estão se movimentando nesse sentido. No programa TITICO EXPLICA, e explica bem, ouvi um bate papo muito eficaz em torno do tema com o Vereador Herculano. Outro dia Zé Silvino também se mostrou engajado nesse propósito, em conversa no mesmo programa, que considero a verdadeira voz de Itaporanga a defender os nossos reais interesses. Precisamos nos unir com mais agentes públicos. Essa “briga é comum” .Seguir em frente sem olhar para trás é a meta.



VEM MAIS CHUVA AÍ! VIVA!

PENSE NISSO! MAS PENSE AGORA.

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