domingo, 23 de novembro de 2008

O MARCO DA ESPERANÇA


O Marco da Esperança
( Reynollds Augusto)


Eu sempre gostei do mês de dezembro porque ele nos remete ao mundo das reflexões e ao estado de pureza, que em verdade está latente em todo ser humano, e que só vem à tona quando nos sensibilizamos e observamos acertadamente a vida que escorre pelas mãos.

O mal é apenas a ausência do bem. Ele não existe em si mesmo e à medida que o homem se espiritualiza dispersando a ignorância e compreendendo as leis espirituais que regem a vida, o panorama do planeta Terra muda e muda para melhor. A grande verdade é que o mundo está melhor. Os pessimistas de plantão dizem ao contrário porque se alimentam de catástrofe e são vampiros da esperança. Mas depois que esse espírito de Luz, veio à Terra para ensinas os homens a amar, um perfume de paz e equilíbrio ainda está em meio à humanidade. Depois dele, nunca se viu tanta necessidade de fazer o bem, de ajudar o próximo. É uma pena- ainda- que os homens aproveitam o evento para fazê-lo objeto de comércio com os Papais Noeis da vida.

Todos nós sabemos que a palavra Natal significa nascimento. Há uma convenção para se comemorar o nascimento de Jesus no dia 25 de dezembro. Mas esse não é o dia provável do nascimento de Jesus - que importa? – pois se sabe que em 25 de dezembro o povo romano fazia uma festa profana e aí se celebrava a chegada do sol ou a saída do inverno e a entrada do verão. Eu não sei se o leitor sabia, mas até o terceiro século, o nascimento de Jesus era considerado como sendo no mês de abril. Os romanos transferiram o Natal para o dia 25 de dezembro, pois este coincidia com a entrada do sol (Giseuda, 159.2003).

Mas isso não importa. O fato é que depois de Jesus a percepção sobre a vida mudou radicalmente. Foi o único homem que conseguiu dividir a história da humanidade entre antes e depois dele.

Jesus é (o verbo está empregado no tempo certo) o mais notável ser da história da Humanidade. E isso não se dá, de forma alguma, pelos fenômenos que conseguia produzir que as pessoas menos esclarecidas atestam como “Milagres”. E como milagre é uma derrogação das leis de Deus e ele afirmou que não veio derrogar as leis de Deus e sim dá-la cumprimento, o que realizou está perfeitamente enquadrado em fenômenos naturais. A nossa pouca compreensão ainda não consegue entender como ele usavas essas leis para manipular as formas da existência transformando, por exemplo, água e vinho. Na realidade ele era um verdadeiro químico da existência e conseguia manipular os átomos. Mas esse tema vou tratar com mais detalhes em outra oportunidade.

O que quero dizer é que não devemos perder tempo em busca das ilusões do caminho. O tempo, “apesar de não existir”, urge e a cada dia estamos nos aproximando do desencarne e precisamos nos sensibilizar para irmos em busca da “verdade que consola e liberta”.

O mestre Jesus viveu em uma época que a ignorância predominava em forma de sombra individual e coletiva. Não há dúvidas que ainda existe nos dias de hoje, pois a evolução do ser é lenta , mas gradual. Ele cindiu o lado escuro da sociedade e das criaturas, iluminando as consciências com, a proposta de libertação pelo conhecimento da verdade e é essa busca que o ser humano deve procurar em todos os setores da sociedade.

É tempo de desapertar. Quando considero a fluidez e brevidade desse momento em que passamos aqui na Terra, é quase incompreensível entender a direção de uma parte da humanidade que gasta a sua energia na busca apenas do “ter”, que em verdade é um ouro de tolo.

O mundo sofre pelo consumo exagerado e a Terra geme de dor pela inconsciência dos homens. Mas Jesus profetizou que “nenhuma das ovelhas do meu pai se perderá” e essa assertiva se cumprirá. Só esperamos que o homem não escolha o caminho da dor para chegar a esse termo e sim o do amor que satisfaz e plenifica.
Para terminar que tal “ouvirmos” um poema do poeta Itaporanguense Merlânio Maia:

Ó Jesus!... Jesus!... Jesus!...
(Merlânio Maia)

Que grande sonoridade
Que palavra poderosa
Repleta de claridade
De Expressão tão gloriosa
Que consola os aflitos
E que resolve os conflitos
De almas presas á cruz
No amparo ao desespero
É declamada com esmero:
Ó Jesus!... Jesus!... Jesus!...

Seja noite escura
Onde o perigo espreita
Na tempestade mais dura
Ou na verdade desfeita
Na dor e no sofrimento
Qualquer que seja o tormento
Quando a esperança reduz
Num suspiro de agonia
Alguém sempre balbucia:
Ó Jesus!... Jesus!... Jesus!...

Na hora do nascimento
Quando se houve os gemidos
Da mãe naquele momento
Depois o choro e os vagidos
Do recém- chegado ao mundo
Num suspiro bem profundo
Que a alegria conduz
Todo mundo se enternece
E sempre surge uma prece
Ó Jesus!... Jesus!... Jesus!...

E pela vida inteira
Que todos vão repetindo
Na fé pura e verdadeira
Seja chorando ou sorrindo
Quando bate a alegria
Que em hora de euforia
Todo semblante reluz
Tanta gratidão sentindo
Muda prece vai-se ouvindo
Ó Jesus!... Jesus!... Jesus!...

Também na hora extrema
Nos estertores da morte
Todos naquele dilema
Buscando o alento da sorte
Agarrados a esperança
Vendo que aquele se lança
E para o além se conduz
E bem ali nessa hora
Que se diz quando chora
Ó Jesus!... Jesus!... Jesus!...

Que poder tem esse nome
Que consola e abençoa
Nele a dor se consome
E a tristeza de escoa
É o poder do amor
Do mestre cujo esplendor
Transformou seu nome em luz
Por isso a humanidade
Em toda a necessidade
Diz: Jesus!... Jesus!... Jesus!...

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