terça-feira, 28 de agosto de 2012

Assembleia da PB vai recorrer contra desarquivamento de aval para Cagepa

Procurador jurídico disse que Assembleia foi notificada nesta terça (28).
Desembargador concedeu liminar mandando desarquivar projeto.

Jhonathan Oliveira Do G1 PB
 
O procurador jurídico da Assembleia Legislativa da Paraíba, Abelardo Jurema Neto, informou nesta terça-feira (28) que vai recorrer da decisão do desembargador Genésio Gomes Pereira, do Tribunal de Justiça, que mandou desarquivar o projeto do Governo do Estado que trata do aval para pedido de empréstimo de R$ 150 milhões para a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa). Segundo ele, a notificação da decisão foi feita nesta manhã e o recurso será feito nos próximos dias. 

A decisão de Genésio Gomes Pereira acolheu em parte pedido de liminar apresentado pelo líder do governo na Assembleia, Hervázio Bezerra (PSDB), no mandado de segurança que ele impetrou contra o arquivamento do projeto. O outro pedido, que foi negado, era para que após o desarquivamento o projeto fosse de imediato votado no plenário com o quórum simples.

“Com o devido respeito ao desembargador, nós entendemos que a decisão foi equivocada”, disse o procurador Abelardo Jurema Neto. De acordo com ele, em três ou quatro dias a Assembleia vai entrar com agravos regimentais pedindo que o pleno do Tribunal de Justiça reforme a decisão do desembargador. “Também entraremos com um pedido de suspensão de segurança junto ao Superior Tribunal de Justiça”, completou.

O projeto do Governo do Estado havia sido arquivado em votação no dia 8 de agosto. Ele havia sido vetado na Comissão de Orçamento que aprovou parecer pela inadequação orçamentária. Ao ser levado a plenário, houve uma discussão sobre quantos votos seriam necessários para ser derrubada a decisão, mas a Procuradoria Jurídica da Casa determinou que seriam 22, que é quórum qualificado.

Na ação, Hervázio questiona a exigência do quórum qualificado para derrubar o parecer da Comissão de Orçamento pela inadequação orçamentária da matéria. Ele sustenta que bastaria maioria simples (19 votos) para rejeitar o parecer. Segundo ele, não consta na Constituição Federal, Estado e nem no Regimento Interno da Assembleia qualquer dispositivo prevendo o voto qualificado.

O objetivo do empréstimo, segundo a Cagepa, é quitar dívidas que a companhia tem com bancos privados e com isso ficar devendo apenas à Caixa Econômica Federal que ofereceu uma taxa de juros mais baixa.

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