quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Flechas Lançadas ao Infinito


Capítulo Damolay, ARIOSVALDO ALVES

(Reynollds Augusto)



Nada mais feliz do que produzir felicidades. São esses momentos mágicos que faz a vida valer a pena. Dar-se a oportunidade de presenciar reuniões, cerimônias, encontros, que alimentam a nossa “bateria” espiritual, nos permite a sustentação para um bem viver, com qualidade.

Foi exatamente isso que aconteceu ontem na Loja Maçônica Eddeus Feitosa, que tem o nome do pai da minha amiga de infância, colega de colegial, Gardênia Rodrigues.
Confesso a vocês que chorei e vi muito Pai marmanjo chorar. Também, quem não choraria com uma reunião daquelas, cheia de encantos, de impactos emocionais, de símbolos do existir!

Os símbolos não têm um fim de em si mesmo, mas eles são escoras para que possamos apoiar os nossos valores, nos fazendo relembrar o que devemos ser, nesse mundo da ilusão, que ensina aos nossos filhos desvalores e equívocos, muitas vezes irremediáveis.
Ter um esteio maior de espiritualidade nos dá segurança para que os nossos filhos, flechas soltadas em direção do mundo, possa atingir o seu alvo. As ordens demolays faz isso, preparando os nossos filhos para irem em direção a Deus, ao Grande Arquiteto do Universo, meta do existir. Ensina valores morais, que são atributos conquistados pelo espírito e que consistem em patrimônios certos, que o tempo jamais acaba. Mesmo depois da morte do corpo físico permanecem para sempre, porque são as conquistas reais do espírito imortal, em evolução. Nós só levamos para o “oriente eterno” o que somos e não o que temos.

Foi uma homenagem aos pais, mas te digo que o maior presente que um Pai ou uma Mãe pode ter é exatamente fazer gerar um filho ou uma filha. O maior tributo que Deus nos cometeu, foi exatamente nos permitir a missão de bem conduzir esses garotos.

Depois de tudo, namoros, festas, as boas ilusões dos enamorados, promessas, casamento, chega o momento do ápice da família que se formou, está consubstanciado no nascimento do rebento, desprotegido, em nossas mãos, que se torna a razão maior do existir.
Depois que eles nascem o “resto” fica em segundo plano. E para educar esses espíritos é preciso cautela e muito amor, pois não podemos – e não devemos- estar com eles vinte e quatro horas por dia. A saída é educá-los. Mas não apenas essa educação que faz deles homens instruídos e sim aquela que os transformam em homens de bem, como asseverara o professor Alan Kardec, no século XIX. A educação técnica e científica, andando juntas com a educação moral, traz a qualquer sociedade o equilíbrio e a harmonia.

Como disse o grande pensador Gibran Khalil Gibran:

“Vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa,
Ama também o arco que permanente”.

As flechas foram projetadas. A comunidade Demolay é o arco, como os pais, e todos estão sendo lançados em direção ao infinito.

Parabéns Capítulo Demolays Ariosvaldo Alves.
Parabéns pais, os seus filhos são os verdadeiros presentes de Deus.


PENSE NISSO! MAS PENSE AGORA MESMO.

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