segunda-feira, 28 de novembro de 2011

COMO FOI MEU CASAMENTO

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 COMO FOI MEU CASAMENTO
Autor, Erivaldo de Sousa, irmão de J. Sousa.

 No dia que me casei
Foi grande a confusão
Em vez de festa houve briga,
Ponta-pé e empurrão
Minha mãe adoeceu,
Meu pai caiu e morreu
E mataram meu irmão.

 O dia do casamento
É uma dia bem feliz
Mas o meu foi o contrário
Me sentí muito infeliz
Me deu uma dor de barriga
Com uma grande fadiga
Do pé até o nariz.

 No dia que me casei
Só deu mesmo tudo errado
O padre ia pra igreja
Foi na rua atropelado
Um caminhão bateu nele
Quebrou o espinhaço dele
Deixando ele aleijado.

No dia que me casei
Faltou água e alimento
O bode que eu comprei
Pra festa do casamento
Uma cobra o picou
E ele se acabou
Naquele mesmo momento.

 No dia que me casei
Grande tristeza me deu
Ao meio dia em ponto
O mundo escureceu
A lua se apagou,
Nem uma estrela brilhou
E a terra estremeceu.

 O casamento dos outros
É muito abençoado
Mas o meu foi diferente
Foi muito amaldiçoado
E eu digo sem alegria
Que muito melhor seria
Se eu não tivesse casado.

No dia que me casei
Todos os mudos falaram
Deu uma chuva de pedra
Que as matas se arrebentaram
Na cidade de São José
Não ficou uma casa em pé
Nessa chuva desabaram.

 No dia que eu me casei
Houve muito cambalacho
A terra subiu pra cima
E o céu desceu pra baixo
E para o meu espanto
Minha noiva mijou tanto
Que o mijo encheu um riacho.

No dia que me casei
Aconteceu algo horrendo
Uma estátua de pedra
Falou e saiu correndo
Um tal de Mané Roseno
Me deu vinho com veneno
Quase que eu findei morrendo.

Quando foram me arrumar
Pra ir à igreja trajado
Me deram um paletó
Feito de couro de gado
Na hora que eu vestí
O fedor não resistí
Caí no chão desmaiado.

No dia que me casei
Um velhinho correu louco
Um menino de dois anos
Matou o seu pai de soco
Coisa ruim teve de tudo
Se eu fosse contar a miúdo
Um ano seria pouco.

 Se minha mulher morrer
Ou se o Diabo lhe levar
Eu juro para vocês
Que nunca mais vou casar
Eu condeno o casamento
Que outro dia de tormento
Eu jamais quero passar.

              FIM
Erivaldo de Sousa, irmão do poeta J. Sousa e Dedica esse poema para todos os amante da poesia de Itaporanga,da Paraíba e de todo o Brasil, e para osbrasileiros que moram em outros países domundo inteiro, Erivaldo de Sousa reside atuamente em Mauá interior de São Paulo.
www.portaldovale.net

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