terça-feira, 22 de novembro de 2011

Romaria ao Cristo Rei levou milhares à Serra do Recanto na manhã deste domingo

Evento religioso existe há 16 anos e é um dos legados de Padre Zé


Por Sousa Neto/Folha do Vale
 
De pés descalços e em trajes franciscanos, o garoto de 4 anos não reclama do pavimento duro nem das ladeiras íngremes que o levam à imagem do Cristo Rei. O sacrifício é o pagamento por uma graça alcançada, a graça de sua própria vida. “Foi uma promessa que eu fiz com São Francisco, e agora ele está pagando”, disse a mãe durante contato com a Folha (www.folhadovali.com.br).

A fé dessa família é o mesmo combustível que levou milhares de tantas outras à Serra do Recanto no começo da manhã deste domingo, 20, em uma romaria iniciada há 16 anos por Padre Zé. Aos pés do Cristo Rei, católicos de Itaporanga e de toda a região acompanharam a missa concelebrada pelo bispo diocesano Dom José Gonzáles Alonso e padres de várias paróquias regionais.

O evento nasceu pelas mãos de Padre Zé para homenagear o dia dedicado a Cristo Rei e aproximar a população católica de um dos seus mais importantes símbolos de fé: o monumento cristão erguido na Serra do Recanto pelo sacerdote, falecido em 2006 e cujos restos mortais estão depositados aos pés da estátua do Cristo, uma de suas maiores obras.

A romaria é um dos mais significativos acontecimentos religiosos e turísticos de Itaporanga, mas a falta de uma divulgação mais ampla, as dificuldades de acesso da população à imagem por ausência de uma escadaria e a inexistência de uma logística mínima para receber os visitantes, ou seja, não há sanitários nem água no local, são problemas graves e que permanecem sem solução.

A Igreja alega que não tem recebido o apoio financeiro necessário da Prefeitura, e esta, por sua vez, diz que tem feito o que pode. Esse impasse crucifica e mata aos poucos um evento que poderia render importante bênção turística para Itaporanga.  

Foto (www.folhadovavali.com.br): sacrifício por uma graça alcançada.

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