terça-feira, 13 de abril de 2010

Quem tem Cordas Vocais Faz Demagogia como Quer!

Jesus Soares da Fonseca


Meu martelo vai continuar castigando a Bigorna: O Povo pode não ser totalmente alfabetizado, porque corruptos e demagogos não desejavam que Ele assim o fosse, mas carrega consigo um dom que Deus lhe conferiu, a INTELIGÊNCIA e com ela, ante as modernas ferramentas de comunicação, Ele pode discernir a bel prazer deixando de deglutir as bazófias que lhe querem passar garganta a dentro!


Li a fala do candidato do PSDB, José Serra e fiquei meio atabalhoado com o que me pareceu mais um terço bizantino, tantos eram os chavões de repetição em seu bojo. É impressionante como as Elites continuam a achar que o povo é uma massa ignara. Observe o que falou o Senhor Zé Serra em sua afetada peroração, se é que uma peroração não já seja afetada: “Com o Plano Real, o Brasil transformou sua economia a favor do povo, controlou a inflação, melhorou a renda e a vida dos mais pobres, inaugurou uma nova Era no Brasil.”.

Ora “Seu” Serra, tudo o que o senhor citou em sua oração é verdade, entretanto o senhor se esqueceu de dizer em que época se verificou tudo isto. Ainda bem que o senhor reconhece que o governo de FHC do qual o senhor era ministro, tendo a faca e o queijo na mão, como o Plano Real, não realizou bulhufas, ao contrário, congelou salários, implantou o Neoliberalismo, foi subserviente ao FMI que ditava as normas da Economia no País, quis controlar a inflação, mas quando viu que Lula iria vencer o Pleito de 2003, soltou as rédeas desta mesma inflação,etc, e o senhor ainda tem a ousadia de falar de melhora na renda dos mais pobres! Que melhorias, se até o Sal-mínimo ficara fixado nos 70 dólares? Se este mesmo Sal-mínimo mal dava para comprar uma cesta básica, e em algumas regiões, nem isto? O Povo não engole mais tais loas, senhor Zé Serra!

Quando eu era criança em Itaporanga, conheci um cidadão que não possuía uma vaca, sequer, todavia era um dos maiores vendedores de Leite da cidade. Acordava quatro horas da manhã e saia colhendo leite nos currais alheios, os donos, coitados, achavam que em algumas vacas, os bezerros haviam mamado o leite. Assim está agindo esta turma a soldo das Elites. Depois de 2003 quando tudo começou realmente a acontecer, as Oposições, não podendo contestar os números do governo do brioso Lula em favor da População, em favor do desenvolvimento da Nação, querem a todo custo chamar para si os loiros conquistados pelo Operário sem dedo, nestes quase oito anos de um Governo sem precedentes na História Brasileira. Imaginem, mesmo, se Lula tivesse os cinco dedos!

Mais adiante Ele fala: “conquistamos a responsabilidade fiscal...,etc”. Que é responsabilidade fiscal? Pelo que me disseram quando eu estudava Administração de Empresas, é o respeito que os Governantes devem ter com os gastos nas contas públicas, procurando sempre estabelecer um determinado equilíbrio de conformidade com o pré estabelecido e respeitando o que está disponível, não fazendo gastos somente com objetivos políticos. Deve haver um conceito ou uma definição mais clássica, mas meu objetivo como leigo em economia é me fazer entender, aqui, nesta matéria.

É sabido que todo Governo tem como obrigação maior prestar Serviços à População, para isto foi eleito. Para prestação de tais serviços tem que haver gastos públicos, porém nas décadas de 80 e 90 criou-se um mecanismo sutil e perverso, a contenção destes gastos públicos como se eles fossem desperdícios, daí, a falta de investimentos verificados naquelas décadas, e o senhor Zé ainda se vangloria de conquistas feitas nestes últimos 25 anos, claro, porque aí ficam inclusos os governos que antecederam Luis Inácio da Silva, Lula, e o majestoso bolo confeccionado nesta sua Gestão passa a ser dividido por todos.

E Ele prossegue com suas tergiversações: “De mim, ninguém deve esperar que estimule disputas de pobres contra ricos, ou de ricos contra pobres.”. Muito engraçado! Alô Ari Toledo, cuidado senão você perde o seu emprego nos palcos da comicidade! Claro “Seu” Zé, o senhor jamais terá oportunidade de estimular disputas de pobres contra ricos! Como fazer, se o senhor não conhece a Classe Pobre, se o senhor desconhece a Classe Média? Seu reino pertence a Classe privilegiada até 2002, o elitismo que detinha 90% das riquezas do País, desde de sua descoberta.

Sabemos que ainda é grande a distância entre a riqueza e a pobreza, mas Luis Inácio Lula foi o primeiro degrau, o segundo, para que esta distância ficasse menor e Dilma será o terceiro degrau, continuando a política de distribuição de Renda aos mais necessitados, procurando fazer com que cada indivíduo do Povo se sinta mais cidadão, tenha o que comer em seu lar, possa colocar um filho no estudo, tenha acesso aos meios modernos de comunicação para que assim saiba discernir melhor e descobrir os verdadeiros e grandes demagogos que usurparam o Poder a longos e longos anos neste País.

Quase todo mundo já viu ou conhece ou já ouviu falar de certos indivíduos que se dizendo portadores da paz, na verdade procuram atiçar as partes contendoras. Assim: - Fulano, vamos agir na paz! Eu vou falar com Sicrano para ele deixar de te chamar de ladrão, de corrupto!

Com o manto roto da humildade o ex-ministro de FHC continua em sua fala destilando sutilmente veneno por toda parte: “Não aceito o raciocínio do nós contra eles. Não cabe na vida de uma Nação. Somos todos irmãos na pátria. Lutamos pela união dos brasileiros e não pela sua divisão”.

Ora “Seu” Serra, não é o que pensa o Presidente do seu Partido, o PSDB, nem tão pouco o seu aliado Presidente do DEM, ex-PFL, antiga ARENA da Ditadura! Frases de efeito (somente de efeito) traduzem o verdadeiro sentido do EU ou ELE, como a pronunciada pelo presidente do DEM; “Lula quer dividir o Brasil em companheiros e não companheiros”.

De antemão, notamos uma incongruência desmesurada ou insensatez provida do desespero. Como o Mandatário da Nação que tem o apoio de 80% de companheiros irá querer uma divisão dessa massa? Ao contrário, Ele, inteligente como o é, irá procurar conquistar as mentes dos restantes 20%, através de inúmeros serviços prestados à Nação, levando a dignidade a seus cidadãos, fazendo-os respeitados e reconhecidos no Mundo Inteiro, como já acontece nestes momentos, dando-lhes a oportunidade de não mais esconder a cara como faziam há oito anos atrás, com medo até, de se dizerem Brasileiros em Plagas Estrangeiras.

O que mais chama a atenção no discurso do senhor Serra é a paranóia o tempo todo em querer mostrar que existe desunião, logo agora quando quase todos os setores da sociedade se irmanam com orgulho procurando o desenvolvimento do País, o bem estar de seus irmãos, quando a maioria sadia e inteligente de brasileiros se ufanam em saber que seu Representante máximo é ovacionado e tido como um dos maiores Estadistas da atualidade por outras Nações, inclusive, alguns Povos desejando que Ele, Lula, seja no futuro o Secretário Geral da ONU. O Brasileiro Saudável se orgulha em ver seu Presidente ser procurado pelos Chefes das grandes Nações, dialogando de igual para igual com Ele, diferentemente de outrora quando as indumentárias bem talhadas por grandes costureiros internacionais serviam apenas para uma boa apresentação na segunda fila das fotos.

Analisar concretamente toda fala do Candidato do PSDB é muito fácil, mas eu correria o risco de cair na monotonia ou tão repetitivo como as bazófias em seu discurso. Por isso me atenho a fazer uma análise sucinta daquilo ali, que li. Finalmente já meio enfadonho com a leitura da tal oração “serrana”, não poderia deixar de comentar mais um dos trechos quando ele falando que jamais perseguira alguém ou dando a entender que nunca usara de meios para derrubar algum seu oponente, fala: “Em meio século de militância política nunca fiz isso.”. Coitada de Roseana Sarney, se leu o discurso, deve está boquiaberta, tremendo até agora com tal oração, Ela que foi alijada de uma disputa Presidencial por obra e graça de infâmias outras, em campanhas passadas. Assim, o cansativo verbo do Senhor Zé Serra é pura e simplesmente RETÓRICA, não no sentido de falar bem, mas o falar próprio daqueles que usam afetação em suas declamações.

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