sábado, 13 de novembro de 2010

TEMPO. ÊH, TEMPO!

TEMPO. ÊH TEMPO!
( Reynollds Augusto)

O texto da mensagem 3162 do meu amigo Ademar no Itaporanga.net sobre presente, passado ou futuro me fez refletir. Confesso a vocês que essa questão me intriga. Nada de defini-lo objetivamente com aquela simplicidade que engana, ao informarmos que o tempo seria a sucessão de minutos, dias, séculos, etc.

Na verdade essa é uma questão intricada. Será que o tempo existe mesmo ou só é uma convenção humana? Einstein dizia que “presente, passado e futuro é uma grande mentira”. Santo Agostinho, muito inteligente, dizia: “Que é, então, tempo? Se ninguém me perguntar, eu sei; se desejo explicá-lo a alguém que me pergunte, não sei mais.

Platão, Aristóteles, Plotino, Kant, Hegel, William James e Freud já tentaram decifrá-lo. Mas boa mesmo foi a do poeta romântico Shakespare em um dos seus sonetos quando dizia mais ou menos assim:
“A ruína me ensinou a refletir assim: que o tempo virá e arrebatará o meu amor”.

Essa expressão implica uma questão filosófica profunda. Eu diria: O tempo virá e arrebatará a todos.

Quem gosta de mitologia grega vê que lá existe a figura de “Cronos” significando “tempo”, mas pode ser também, “impossível.” Pois bem, ele era filho de Urano e de Gê que significa Céu e Terra. Os seus pais fizeram uma maldade com ele ao dizer que os seus próprios filhos o destruiriam e Cronos que não era besta, á medida que eles iam nascendo os devorara. É uma metáfora interessante que poderíamos carrear para hoje, ao identificarmos tantos filhos ingratos que devoram os sonhos e a vida emocional dos pais, usando as drogas da vida e principalmente o álcool. Essa é a peste ,pois é social e a porta aberta para os imaturos que querem algo mais.

Mas podemos também usar a imagem para mostrar que o tempo destrói tudo. O grande Aristóteles dizia que o tempo seria uma quantidade contínua formada de passado, presente e futuro, como um todo. Mas ao se aprofundar não consegue dizer se presente, passado e futuro seria apenas uma maneira didática de encarar o problema. Todos nós sabemos que toda quantidade contínua é divisível. Mas onde fica o começo, que é o passado e onde fica o fim, que é o futuro. Os espíritos ao definir Deus afirmam que ele é eterno, pois não teve começo e nem terá fim. Essa divisão quanto a Deus não pode ser feita, pois ele é “uma quantidade contínua” que não se iniciou, mas é a causa primeira de todas as coisas; Complicado, não?

Por exemplo, o “agora” seria uma partícula indivisível de tempo que está entre o passado e o presente e de certa forma, vocês devem concordar, pertencem um pouco aos dois, pois se não fosse assim não poderia ligá-los.

O grande escritor espírita Hermínio C de Miranda conclui que o presente não existe- seria um mero ponto abstrato, onde uma eternidade futura está em contato com outra eternidade passada. E ainda Santo Agostinho, um dos que ajudaram na codificação do espiritismo em espírito, afirma “admitindo-se que o agora seja o elo que une um passado e presente, o tempo não é feito de “ágoras”, mesmo porque o “agora” está sempre mudando , como se passasse por nós a uma velocidade vertiginosa, como agora.

A palavra que você leu agora já está no passado e a palavra que ainda não leu é futuro e espremida entre essas duas eternidades está o presente que se faz de ágoras, que sempre se transforma como por encanto em passado.

Mas “conversando” com Ademar pelo MSN, uma dessas maravilhas que aproxima as pessoas, ele me disse que o mais importante é viver o presente, pois esse existe de fato e por pouco tempo e quem se prende ao futuro ou está preso ao passado, está enclausurado em uma das duas eternidades e não está vivendo de verdade. Deve ser por isso que mantemos contado com espíritos no presente que estão presos ao seu passado de dores e enganos. e até datas e espaço os confundem.

Aproveitemos o agora para amar mais, sentir mais, viver mais. Dizer aos nossos que os amamos. Saia da rotina e mude um pouco o seu hábito. Acorde de manhazinha sinta a brisa, veja o sol, saia descalço e aproveite da energia do planeta. Não passe por esse cenário planetário sem se aperceber dos detalhes da existência. Vá ao Cristo Rei de Itaporanga aproveitar a magia do sol se pondo (ou nascendo) e de preferência leve um MP3 e veja o sol se despedindo (ou lhe cumprimentando) ao som de uma música clássica. Que tal o bolero de Ravel, imitando João Pessoa É um espetáculo!

Nós Estamos nos despedindo da Terra e o frenesi da vida não faz que reflita sobre isso. Mude de direção enquanto há tempo, nesse momento, pois ele é eternidade e aprenda a viver.

Como disse a música do imortal Roberto Carlos: “É preciso saber viver”...

Não tem tempo!?. Que pena.

O resto é pura ilusão...

PENSE NISSO! MA PENSE AGORA

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