domingo, 1 de fevereiro de 2009

O Gênio é o Resultado do Esforço


Reynollds Augusto
Quem já teve a oportunidade de ouvir Divaldo Pereira Franco falar jamais esquece, pois a sua coerência, emoção e conhecimento encantam qualquer mortal. Uma retórica perfeita, aliada à influência espiritual de um espírito que muito admiro e que já teve papel importante no panorama terrestre ao longo de muita encarnação, Joana de Angelis. E quando você junta esse momento de graça à apresentação de Sibelius, paraibano de Campina Grande, que serviu de reportagem no Fantástico pelo seu “dom” e que nasceu com certa deficiência de ordem física, mais que perpassa os seus dedos pelo piano com graça desenvolvendo clássicos de Mozart, Beethoven, sem nunca ter aprendido música na vida, o momento se torna esplendoroso, como diria o meu nobre amigo Vicente.


Esse negócio de dom é uma grande furada e é uma grande furada porque o dom representa um presente gratuito de Deus a um dos seus filhos e sendo assim se trata d a maior injustiça porque dá a um em detrimento do outro e nosso “Pai do Céu” não seria injusto a esse ponto. Ele quer faz “nascer o sol para os justos e injustos”.


A Doutrina Espírita nos indica que a genialidade é fruto do esforço. O gênio de hoje foi o aprendiz de ontem, desde o passado remoto.


Aliás, conta o historiados grego PLUTARCO, que DEMÓSTENES, um dos grandes mestres do verbo e da eloqüência do mundo antigo, tinha muitas dificuldades com a palavra. Segundo plutarco, Demóstenes parecia ser destinado a ser um mau orador. Não parecia destinado a brilhar na Tribuna.Como possuía muitas limitações buscava corrigir seus inúmeros defeitos de dicção e o fazia declamando , solitário, intermináveis discursos, retendo seixos na boca.O leitor sabia que muitas vezes ele fazia essas declamações à beira-mar com o intuito de elevar a potência da voz acima do marulhar das ondas, para se habilitar a encantar a multidão? Pois é. Né mole, não.


Demóstenes para corrigir certos movimentos desordenados que possuía, encostava o peito à ponta de uma espada , quando falava.Trancava-se em casa por meses, estudando, trabalhando, aprimorando-se incessantemente. Sabia que ele chegou a copiar a obra do historiador TUCÍDEOS ,oito vezes,? Tudo isso para memorizar textos de grande importância e desenvolver a sua inteligência em franco processo de evolução. E não é que com a sua persistência adquiriu virtudes que fizeram dele o mais brilhante orador da antiguidade.


Nesse meio existia um invejoso, como os têm em vários meios, que se chamava PÍTEAS. O gaiato zombava de DEMÓSTENES dizendo que seus dons “cheiravam a lamparina”, ou seja, não eram naturais. Exigiam esforços. Se eu estivesse lá diria a PÍTEAS que na verdade não há dons naturais, por trás dessa “naturalidade” há um espírito que experimentado, em muitos casos secularmente.


Todos nós sabemos que antes da luz elétrica, que foi o resultado de outro grande esforço com mais de mil tentativas, o que existia era a lamparina, rústica luminária com um pavio aceso que era alimentada por óleo inflamável. Pense numa iluminação precária! Foi por isso que surgiu a expressão “queimar as pestanas”, pois era necessário colocar a lamparina bem perto do texto quando se queria ler á noite quase que queimando a pestana e a expressão hoje, é usada quando nos referimos a alguém que se dedica intensamente ao estudo.


Demóstenes, respondia que se bem usada, a lamparina era um poderoso instrumento de aprimoramento intelectual, algo que pessoa como Píteas nem de longe usava e ficou esquecido, diferentemente dele que fora consagrado como o homem da oratória.


Demóstenes foi um advogado e usava bem da palavra, como deve usar todo bom advogado.


Pois bem...Descobri com o Espiritismo, que a genialidade trata-se de uma conquista. O Gênio de hoje cultivou experiências, aprimorou técnicas, acumulou conhecimentos... Tudo isso são realizações inalienáveis do espírito que ao longo das existências adquiriu por esforço próprio, mas que ao reencarnar traz no seu bojo reminiscência desse conhecimento, e que o homem comum chama de dom de Deus. Bufon diz: “O gênio não passa de uma longa paciência”Emmanuel, espírito experimentado, através da psicografia de Chico Xavier, afirma que “o gênio é a paciência que não se acaba”.Por tudo isso que escrevemos cheguemos à conclusão que ninguém está condenado à mediocridade perene. Todos podem crescer em qualquer atividade, tornando-nos produtivos, talentosos, competentes. Jesus, o mestre, já dizia que “somos deuses”.


PENSE NISSO! MAS PENSE AGORA

0 comentários:

Postar um comentário