sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Festa da Padroeira de Itaporanga é "fechada" com Chave de Ouro ao Som do Clã Brasil

Festa da Padroeira de Itaporanga é  “fechada”  com  Chave de Ouro ao Som do Clã Brasil
( Reynollds Augusto)

Meninos, eu vi!
O genuíno forró de raiz, cantado pela boca de um grupo de adolescentes lindas, sendo ladeado pelo som e harmonia de acordes perfeitos. Um forró gostoso de ser ouvido e satisfatório de ser dançado. Um grupo de adolescentes que encanta o coração.
Em suas veias, pelo menos nas veias de quase todos os componentes do grupo, corre o sangue daquele que foi um dos maiores “folistas” de nossa região: Dedé do Cantinho. Talvez seja por isso que Lucyane, do acordeom, toca aquele instrumento com tanta maestria  e faz a alma viajar ao passado, que nunca passou,  no subjetivismo  da homem sertanejo, do povo itaporanguense. E talvez seja por isso que, também, Fabiane, com o seu cavaquinho; Laryssa, com a zabumba; Lizete; com o pífano, Maria José, o grande Zé Badu e o F Neto, nos passam a sensação de felicidade, de orgulho, por ter “gente da gente” se projetando além fronteiras dessa pátria amada.
Eu dei aquela viajada no tempo e lembrei-me daquelas belas festas acontecidas no Velho Cantinho de Guerra, cuja figura simbólica jamais de acabará: Dedé do Cantinho, com seus cabelos brancos, alimentando o fole, com o canto de nossa terra; Zé Badú com o seu “violão de ouro”; o grande Vando de Dedé, no velho pandeiro; Gelmires, na percussão; Biu de Dedé, na sanfona; e tanta gente boa que veio dessa terra e que só produz artista da bela música nordestina. Vozes educadas e profundamente sonoras. Parece que nesse seio familiar só reencarnaram espíritos com esse perfil, o musical, que alimenta a nossa alma e refrigera a nossa vida.
Eu ainda sou da tese que o nosso Ifet-Pb, campus Itaporanga, deveria instituir o curso de música, para qualificar tanta gente boa que já nasce com essa tendência própria. Os nossos filhos têm uma predisposição para tocar, cantar e encantar. Se isso acontecesse, nós produziríamos muitos Zé Badus, muitas Lucyanes, Larissas, Lizetes...  muitos Radengundes, Gilvandros; muitos clãs Brasil.
Quem esteve por lá, depois da aula do Esle (Educação do sentimento e o Livro dos Espíritos), que acontece todas as quintas, pelas 20h00min horas, foi o casal pernambucano Leonardo e Inês. Léo ficou encantado com clã Brasil e me confidenciou que jamais tinha visto uma garota tocar sanfona tão bem. O pernambucano ainda não viu nada.
Mas, o mais interessante é que agora temos uma certeza: a nossa herança nordestina, com o chamado “forró pé de serra” ou forró de raiz, será perpetuado e poderemos ou vir “Seu Luiz”, Dominguinhos, Marines e tanta gente boa, por meio dessa juventude consciente e bonita que canta e toca como ninguém.

Parabéns Zé Badú. O eterno “Dedé do Cantinho” deve estar fazendo festa no mundo espiritual, feliz pelas belas bisnetas que têm.

E nós aqui, nesse plano impermanente, estamos felizes pelo Clã Brasil

PENSE NISSO! MA PENSE AGORA.



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