O Dia das Mães foi comemorado domingo passado. Quando ele se vem se aproximando, dá uma vontade enorme de abraçar, acarinhar e conversar com a minha. Mas, ai de mim! Ela já não se encontra mais aqui comigo. No entanto, brota no meu coração um desejo muito grande de homenageá-la neste dia. Não só a ela, mas a todas as mães do mundo. Mamãe me deixou já faz alguns anos, mas sempre que me deparo com uma foto sua em quase todos os recantos de minha casa, recordo como seus olhos faiscavam de afeto e o seu sorriso aberto e franco transbordava de alegria. Lembro-me com muita saudade do seu abraço acolhedor, das suas palavras de carinho, da sua generosidade para com todos e da sua enorme vontade de viver.
Tinha seus momentos de melancolia e tristeza, assim como todo o mundo os tem, no entanto, não me lembro de que ela se deixasse abater facilmente pelas vicissitudes da vida. Era de compleição frágil, magra, baixinha, porém, de natureza, era uma mulher muito forte, fortíssima posso dizer. O amor e dedicação que tinha pela família eram o seu traço mais marcante e digo, sinceramente, que foi um de seus maiores legados para mim. Aprendi com ela a “arte”de cuidar de uma casa e de uma família e também a amar as pessoas como elas são; a ter compaixão e sensibilidade, a apreciar a natureza; a gostar das plantas e dos animais. O barulho de seus passos pela casa na luta diária para criar seus doze filhos dava-me segurança e a sensação de que tudo estava como devia estar. Era muito católica. Gostava de participar da missa aos domingos, de acompanhar as procissões, fazer promessa aos santos de sua devoção; ajudar os mais necessitados. Passou para todos os filhos esta noção das coisas de Deus. Herdei dela o amor aos livros e a profissão, pois ela também foi professora além de dona de casa.
Era incansável. Sempre atrás do que fazer na luta diária. Também, com doze filhos para cuidar era impossível parar. Uma vez, uma irmã me dizia que tinha um pouco de mágoa por ela não nos ensinar mais coisas quando éramos adolescentes. Só agora, percebemos que o jeito dela dizer e provar que nos amava, era fazendo tudo em casa para que não nos faltasse nada, mas, sempre ficava faltando algo, um carinho maior, talvez. A falta de tempo e recursos financeiros não permitia que ela se chegasse mais a cada um particularmente. Porém, isto se justificava, pois eram doze filhos e ela jamais conseguiria dar amor e carinho a cada um de nós separadamente, tinha que ser um amor e carinho “coletivos”. No entanto, nós, seus filhos, compreendemos tudo isso e posso garantir que “tiramos de letra”. Estas foram frustrações bobas que nunca levaram a nada e que todos nós, de uma forma ou de outra, conseguimos superar muito bem. Sabemos que o amor dela por nós não tinha tamanho e nem limites, assim como deve ser o amor de todas as mães pelos seus filhos.
E é com o pensamento em minha mãe que neste momento homenageio também todas as mães do universo. Aquelas que estão com saúde e felizes ao lado de seus filhos e também aquelas que sofrem por não os terem ao seu lado neste dia; as que se encontram neste instante abandonadas e sofrendo de saudades em asilos de caridade por que eles não a querem do seu lado; as que por algum motivo os perderam por acidentes ou pelas drogas; as que precisam visitá-los nas delegacias ou mesmo nas prisões; as que se encontram doentes em leitos de hospital ou perdidas pelas ruas.
Enfim, quero com este texto saudar todas elas sem distinção de raça de cor ou de classe social e desejar que todas tenham um dia muito feliz.
Tinha seus momentos de melancolia e tristeza, assim como todo o mundo os tem, no entanto, não me lembro de que ela se deixasse abater facilmente pelas vicissitudes da vida. Era de compleição frágil, magra, baixinha, porém, de natureza, era uma mulher muito forte, fortíssima posso dizer. O amor e dedicação que tinha pela família eram o seu traço mais marcante e digo, sinceramente, que foi um de seus maiores legados para mim. Aprendi com ela a “arte”de cuidar de uma casa e de uma família e também a amar as pessoas como elas são; a ter compaixão e sensibilidade, a apreciar a natureza; a gostar das plantas e dos animais. O barulho de seus passos pela casa na luta diária para criar seus doze filhos dava-me segurança e a sensação de que tudo estava como devia estar. Era muito católica. Gostava de participar da missa aos domingos, de acompanhar as procissões, fazer promessa aos santos de sua devoção; ajudar os mais necessitados. Passou para todos os filhos esta noção das coisas de Deus. Herdei dela o amor aos livros e a profissão, pois ela também foi professora além de dona de casa.
Era incansável. Sempre atrás do que fazer na luta diária. Também, com doze filhos para cuidar era impossível parar. Uma vez, uma irmã me dizia que tinha um pouco de mágoa por ela não nos ensinar mais coisas quando éramos adolescentes. Só agora, percebemos que o jeito dela dizer e provar que nos amava, era fazendo tudo em casa para que não nos faltasse nada, mas, sempre ficava faltando algo, um carinho maior, talvez. A falta de tempo e recursos financeiros não permitia que ela se chegasse mais a cada um particularmente. Porém, isto se justificava, pois eram doze filhos e ela jamais conseguiria dar amor e carinho a cada um de nós separadamente, tinha que ser um amor e carinho “coletivos”. No entanto, nós, seus filhos, compreendemos tudo isso e posso garantir que “tiramos de letra”. Estas foram frustrações bobas que nunca levaram a nada e que todos nós, de uma forma ou de outra, conseguimos superar muito bem. Sabemos que o amor dela por nós não tinha tamanho e nem limites, assim como deve ser o amor de todas as mães pelos seus filhos.
E é com o pensamento em minha mãe que neste momento homenageio também todas as mães do universo. Aquelas que estão com saúde e felizes ao lado de seus filhos e também aquelas que sofrem por não os terem ao seu lado neste dia; as que se encontram neste instante abandonadas e sofrendo de saudades em asilos de caridade por que eles não a querem do seu lado; as que por algum motivo os perderam por acidentes ou pelas drogas; as que precisam visitá-los nas delegacias ou mesmo nas prisões; as que se encontram doentes em leitos de hospital ou perdidas pelas ruas.
Enfim, quero com este texto saudar todas elas sem distinção de raça de cor ou de classe social e desejar que todas tenham um dia muito feliz.
Valéria Vanda Xavier, de Campina Grande
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