segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

A Festa da Padroeira de Itaporanga


A Festa da Padroeira( Reynollds Augusto)

Hoje fui com a família participar do último dia da Festa da Padroeira e senti que o ambiente estava mais condizente no seu aspecto familiar. Não mais aquela algazarra de sons frenético próximo a Igreja Matriz e sim famílias reunidas, principalmente católicas, para festejar o dia de Nossa Senhora da Conceição, a nossa fiel padroeira. Em cena, os famosos arremates das galinhas muito bem temperadas e apresentações artísticas dos alunos do nosso Colégio Diocesano tão bem dirigido atualmente. Em cena o locutor Savi Filho que conduziu muito bem o leilão. Savi tem experiência e sabe fazer a coisa como ninguém. Lembro-me dele gravando para nós o programa espírita “Nova Consciência” nas madrugadas da sexta-feira na Rádio Cidade FM de Piancó, quando íamos eu, Neidinha, com sua voz cativante e o saudoso Fernão Dias, com sua voz invejável pelos profissionais da área.


A névoa do passado se fez presente e dei um salto lá atrás, lembrando da velha disputa que existia entre dois grupos com o fito de arrecadar mais dinheiro para a Igreja: O cordão azul e o cordão vermelho. Era uma “briga” onde na verdade não havia perdedores, pois a garotada se dava para a festa com brilho e alegria para o bem da Igreja, que de grande estrutura, necessita que o seu fiel a mantenha.


Na adolescência, período mágico de todo ser, esperávamos dar o horário para nos divertirmos na extinta boite Morumbi, com as músicas escolhidas magnificamente por Chico, antes da Morumbi e hoje “Chico da Kazon.” Lembro-me do inesquecível França Sousa, que também tinha e tem uma voz invejável e começou sua carreira naquele ambiente. É um filho que não mora mais por aqui mais sei que está bem e trabalhando na área e me parece, segundo informação, está sendo apresentador de Jornal Televisivo, em estado que não me recordo o nome.


Todos nós sabemos que os Pastoris são originários da Península Ibérica. A “luta” entre o cordão encarnado e o azul revelava o confronto entre o bem e o mal, O cordão encarnado se apresentava mais atrevido do que as pastoras do cordão azul.


Essa “guerra” com finalidade religiosa permitiu o desenvolver de danças e bailados tão próprios do nosso povo nordestino, com um ar de teatralidade, Tenho saudades desse tempo e a lembrança me faz bem, como faz bem para todo ser humano rememorar o passado, que no dizer do poeta é viver de novo e as lembranças belas devem ser resgatadas pois sensibiliza o ser para o encontro da felicidade. Recordar é reviver. Tudo isso faz parte de nossa história e esse livro deve ser bem escrito por cada um. Cada dia uma página e cada página uma boa recordação. O tempo urge e ficar gastando energia em torno de valores de somenos importância nos trará grande tristeza quando do retorno à Pátria Espiritual. Porque quando estamos lá a ficha cai e a nossa visão existencial muda. Feliz daqueles que fazem com que essa ficha caia enquanto esta caminhando, pois terá mais chances de encontrar a felicidade real. Jesus, nosso mestre, já nos disse que a imaturidade embaça a visão, pois quando estamos nesse estado “olhamos, mas não vemos, escutamos, mas não ouvimos”.


E a disputa dos locutores!? Ademar Augusto, do Cordão Azul e o saudoso André, do Cordão vermelho. Disputa salutar e ambos os locutores engendravam meios de vender a galinha mais cara, pois era interessante para a paróquia. Os dois desencarnaram e já partiram para o mundo espiritual, nossa verdadeira morada. Fenômeno natural que eu e você estamos dia a dia nos aproximando, pois estamos na contagem regressiva e a morte – do corpo físico- faz parte da lei da destruição. Tudo morre para se transformar. Mas se preocupe não, pois a vida espiritual é indestrutível e preexiste à matéria e permanece para sempre. A solução é mudar o foco da existência e racionalizar sobre as questões do existir. A Doutrina Espírita facilita esse entendimento e nos deixa mais seguros quanto ás questões de grande monta que envolve a espiritualidade.


Itaporanga do São Pedro, da Morumbi, do Campestre Clube, dos Pastoris... dos sonhos..., do passado. Itaporanga, sempre itaporanga, A mãe ditosa que ama os seus filhos. Que saudades boa e que esperanças para o futuro.Itaporanga do presente. Sempre Itaporanga.


PENSE NISSO! MAS PENSE AGORA

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