Por João Dehon Fonseca
Eu sou um daqueles caras que quando encontra um conterrâneo faz uma festa e isso porque sou um Fonseca e todo ele é assim: gosta de conversar, de recordar, porque não dizer de reviver a terra querida e a infância que os anos não trazem mais.
Hoje me encontrei com Cesinha, filho de Cesar Nitão de quem tenho orgulho de ser amigo, pois esse cidadão muito me envaidece e tenho que render-lhe muitas vênias já que ele é um grande admirador de Alcoólicos Anônimos e muito me incentivou para que eu continuasse nessa programação de vida, além de outras coisas que vocês tomarão conhecimento dentro deste pequeno texto.
Ao encontrar-me com Cesinha, ele me apresentou aos seus lindos filhos, Mayara Ingrid e Cesar Henrique e ali naquele instante me veio a mente a importância de uma base familiar, já que Dona Mariquita, a matriarca da família, deu a Elisiário Cesar uma criação honrada e o fez um homem de bem, exemplo dentro de nossa Itaporanga.
Cesar Nitão nasceu em uma família de tradição católica apostólica romana e sua mãe sempre foi uma mulher da igreja.
Eu ainda era criança, fazendo parte da Cruzadinha Eucarística e me lembro de várias senhoras que moravam lá cima, como agente tratava quem morava nas Avenida Getúlio Vargas e Pedro Américo, depois do velho mercado, como Cecilina, Mariquita Nitão, Mariquita Diniz, Maria Perpétua entre outras e todas elas sempre estavam no terço das sete horas na matriz de Nossa Senhora da Conceição.
Recordar é viver e gosto de recordar, portanto, gosto de viver e para que eu viva momentos felizes da minha infância, quando encontro um desses caras mais novo que, rebusco sua origem e aí vou passando o filme da vida e sempre encontro pessoas que fizeram parte da minha infância, do meu mundo mágico que infelizmente as crianças de hoje não têm.
Eu sempre gostei de ter amigos, e Cesar Nitão apesar de ser mais velho que eu, ele sempre foi meu amigo, porque ele é primo do meu primo que viveu a adolescência comigo, de saudosa memória, Agostinho Fonseca, pessoa essa que Cesar protegia sobre todos os aspectos e por tabela também me protegia.
Todavia, quando estávamos errados ele nos dava lições de moral e eu sempre gostava, porque gostava também de vê-lo pagando bebidas para nós durante o Carnaval quando às vezes estávamos sem nenhuma ruela no bolso.
Mas a imagem do Cesinha hoje me trouxe de volta outro momento de minha vida, mais precisamente em 1990, quando fui mordido de cobra em pleno Riacho do Inferno e que Janduí Martins me levou até o Sítio de Cesar e ele de pronto me levou para a rua, se preocupou com meu estado de saúde, chegou a discutir com um médico do INSS de Itaporanga e acabou mandando me levar para Piancó onde tomei o soro antiofídico e portanto devo a minha vida a ele.
Cesar Nitão, homem de vergonha, bom caráter e cidadão a toda prova. Permitam-me conterrâneos meus, fazer essa justa homenagem, ela nasceu assim como um “flash”, ela nasceu pelo simples fato de ter me encontrado com Cesinha e aí senti que eu devia alguma coisa a alguém e que eu precisava dizer aqui nos nossos sites e blogs de Itaporanga, que tenho orgulho de ser conterrâneos de pessoas como Elisário Cesar Nitão.
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