sábado, 30 de janeiro de 2010

Filho de Deus, deusinho é


Filho de Deus, deusinho é.
(Reynollds Augusto)

O bom senso e a razão não me permitem admitir que a vida em si não tenha um propósito maior. É incongruente, também, acharmos que esses míseros anos que passamos aqui na Terra, construindo sonhos, valores, ideais, família, terminem com a morte do corpo físico. Todo projeto sem continuidade é frustrante e o termo da vida encerrado no corpo físico nos daria uma idéia do sadismo de Deus para com os seus filhos. É como se ele nos desse tudo para “daqui a pouco” nos deixar sem nada.

Mais equivocada ainda é quem acredita que vale tudo para ir à busca do “ter”. As nossas posses só são legítimas quando conquistadas com esforço e honestidade, o resto são ilusões, porque a felicidade real se encontra intimamente, no estado de espírito, e a maturidade espiritual indicará realmente se você é ou não verdadeiramente feliz, afinal qualquer pessoa poder ter tudo e na realidade não “ter” nada.

É preciso “ser” mais e não gastar as energias tão somente com “ter “mais. Talvez tenha sido isso que alimentou a ação desses irmãos que caíram na besteira de tentarem surrupiar o dinheiro da prefeitura de Curral Velho. Há uma repercussão jurídica na ordem interna estatal e há uma repercussão maior na ordem jurídica divina, pois esses espíritos se comprometeram com o ato impensado e terão que prestar contas à ordem universal, pois “ninguém sairá daqui (do planeta) enquanto não pagar o ultimo ceitil. Hoje, na dimensão espiritual estão arrependidos do ato cometido e sendo responsabilizados pelo o equívoco cometido. Esperarão doridamente o recomeço.

Mas a grande verdade é que todos nós somos filhos de Deus e trazemos intimamente resquícios dessa divindade. São potencialidades adormecidas que precisam ser despertadas e que se levantarão quando dermos o impulso em busca da verdade que consola e liberta ou permanecerão inertes pela nossa falta de movimento, pois Deus não dá nada de graça a ninguém e tudo é fruto do esforço e da perseverança em torno das conquistas que colocam o espírito no pódio da felicidade.

Jesus, Krishna, Buda, Lao-Tseu, Menciu, Confúcio, Alan Kardec, Chico Xavier, Madre Tereza de Caucutá e muitos outros espíritos não foram o que eram por deferência divina e sim por esforço próprio em busca da suas reais conquistas. A velha expressão “Filho de peixinho, peixinho é”, me fez construir outra de valor maior: “ Filho de Deus, deusinho é.

É claro que estou me referindo às potencialidades ínsitas que carregamos e que foram tão evidenciadas por Jesus. “Se tiveres fé do tamanho de grão de mostarda dirás a essa montanha vai de lá para cá e ela se deslocará”. O desavisado pensa que a nossa fé irá mover as montanhas verdadeiramente e não conseguiram alcançar a profundidade daquele ensinamento e o Mestre se referia à superação dos obstáculos que faz parte de nossas vidas. Sem obstáculo, sem dificuldade, sem problemas, não evoluiremos. A porta larga leva a perdição, ou seja, as facilidades, a corrupção, a desonestidade irá com certeza nos levar ao “choro e ranger de dentes” – outra expressão forte- mas a porta estreita que é a do esforço, da honestidade, dos valores morais, nos levará a Deus, à felicidade que é um estado de espírito.

Ela, a felicidade verdadeira, não está nas posses efêmeras que ficam e que mais cedo ou mais tarde teremos que devolvê-las ao seu dono, pois que são um empréstimo e estamos temporariamente em sua posse. Somos mordomos de Deus. Nem este corpo que eu tenho me pertence pois é um instrumental para a minha evolução e a vida física escorre pelas mãos tão rapidamente que o desencarne chega já, já e daqui a pouco eu e você seremos história. A expressão mais apropriada, meu caro LUCAS, é desencarne mesmo. O corpo morre e volta á sua nascente e o Espírito desencarna e continua a viver pujantemente.

O que está acontecendo no mundo é uma aparente desordem , mas é só aparência mesmo pois Deus está no leme e no tempo certo eu e você, todos nós, vamos nos deparar com esse verdade que consola e liberta e quando a ficha cair vamos nos transformar em deuses (com “d” minúsculo) para nos transformarmos em agentes transformador da paisagem terrestre e diremos como um apóstolo Paulo “Já não sou eu quem vive, mas é o Cristo que vive em mim”. Somos “deusinhos”.

PENSE NISSO! MAS PENSE AGORA.

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