sábado, 18 de abril de 2009

Visitei Itaporanga


Por Francisco C Alexandria em 18/4/2009

Meus amigos, nesse mês de Abril de 2009, eu visitei a minha cidade de Itaporanga. Confesso que me senti feliz ao ver os meus familiares, amigos etc.

Mas, a impressão que tive foi a seguinte: Itaporanga teve como pai e criador Praxedes Pitanga e foi cuidada até Soares Madruga. Esses foram os dois políticos e governantes que pensaram em, no mínimo, num projeto de uma cidade lá no Vale do Piancó, lá em minha Itaporanga.

Com Praxedes Pitanga, foram pensados planejamento, a expansão do território urbano e o desenvolvimento do comércio local. Ele foi prefeito, deputado estadual e deputado federal. Uma prova disso: foi a construção da residência desse político em comento, na época, lá próximo do Colégio Padre Diniz (algumas de minhas irmãs estudaram lá).

Soares Madruga NÃO foi prefeito, mas foi deputado estadual e líder do governo estadual, na época, e, as vezes, gozava privilégio de governador de estado, andava até jatinho, etc. Com Soares Madruga, tivemos a vinda de algumas melhorias, em termos de infra-estrutura: a construção de escolas de ensino, conjunto habitacional, tudo isso era, no mínimo, o que ele deveria fazer.

O momento de Praxedes Pitanga era do Nazismo na Europa (ditaduras) e Varguismo aqui no Brasil. O, de Soares Madruga, Guerra Fria: EUA x URSS e Final da Ditadura Militar no Brasil. Mas, os dois trouxeram ou acrescentaram algo ao desenvolvimento da cidade. Não entremos no campo das ideologias.

Bom, mas voltando à visita. A entrada da cidade, a visão do Cristo, o verde propiciados pelas chuvas... tudo lindo uma maravilha. Mas, procurei uma agência da Caixa Econômica Federal e me informaram que a mais próxima ficava em Patos a mais de 100 Km. E pensei... Itaporanga já teve uma agência da CEF, portanto, a cidade regrediu. As ruas de minha cidade possuem buracos, desigualdades nas pedras do calçamento, algo desconfortável. Sem falar em quebra-molas, pois estes são tendências das cidades. Faltava água nas torneiras quando cheguei (problema antigo da cidade: falta d’água), não por falta de barragens nem lençóis freáticos. Na saída da cidade para Boa Ventura vi uma língua-negra de um esgoto que corre para desaguar... parece-me... que em um rio!. Não vi uma Escola Técnica Federal nem uma Universidade. –Pensei, a Cidade está carente!. Resultado de administrações medíocres a medianas. Reflexo de falta de planejamento urbano, de despreparo e de desrespeito para com a população.

Itaporanga hoje está carente de líderes políticos. E não vai demorar muitos, os políticos de outras cidades como João Pessoa, Campina Grande, Patos etc, todos vêm, por troca de favores, pegar voto em Itaporanga. Agora pergunto: Que interesse esses políticos têm com a cidade, senão conseguir votos. Um forasteiro vai trazer alguma melhoria pra Itaporanga?. Por favor, responda-me. A resposta todos sabem: se muito trouxerem são esmolas.

Pude observar que o comércio local cresceu! Cresceu mesmo!, o dinheiro circula muito bem lá, mas por que este crescimento? A economia brasileira, até o ano passado, estava em crescimento, a região nordeste também, os estados também estavam e não seria diferente com os municípios e nem com Itaporanga. O setor privado dessa cidade cresceu. O comércio, o setor serviço como hotéis, até indústria! Como a fábrica têxtil na saída da cidade.

Comparem a cidade de Patos na Paraíba com a nossa cidade. Patos pode ter os problemas de uma cidade, mas parece uma cidade de um Estado rico. Oferece muitas coisas aos visitantes, aos habitantes. Patos tem planejamento, tem desenvolvimento, pois criou os meios necessários ao crescimento.

Se o Praxedes Pitanga ou o Soares Madruga estivessem em nosso meio agora eu diria, mas estando mesmo no além, que me escutem: Itaporanga sem representantes na Assembléia Estadual, na Câmara Federal, no Senado sem prefeitos e vereadores que pensem em planejamento, em desenvolvimento vai padecer muito, e olhem que eu nem falei em indicadores sociais. Todas as nações que evoluíram, que se desenvolveram, priorizaram o desenvolvimento humano, planejamento e competência.

Itaporangueses, “quem sabe faz a hora não espera acontecer”, como diria Geraldo Vandré.
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