Busão III
(Reynollds Augusto)
Era dia de estágio e passamos o dia nos preparando para enfrentar a prova da “fera” Francisca Chaves. Mulher inteligente, que cobrava com garbo o que ministrava em sala de aula. Muitos Acadêmicos tinham até um certo “medo” dela. Se “CÊ” não estudasse se dava mal e ia parar na final. Até rimou.
(Reynollds Augusto)
Era dia de estágio e passamos o dia nos preparando para enfrentar a prova da “fera” Francisca Chaves. Mulher inteligente, que cobrava com garbo o que ministrava em sala de aula. Muitos Acadêmicos tinham até um certo “medo” dela. Se “CÊ” não estudasse se dava mal e ia parar na final. Até rimou.
Mas nesse dia eu estava “bem mal”. Todos nós temos dias contra nós (ou será a nosso favor?), isso faz parte do movimento da vida. O triste mesmo é não nos prepararmos interiormente para entendermos a razão das “coisas” que nos faz submeter a certas, digamos, “provações”. O bom mesmo é se levantar. Vamos cair sempre e quem não aprendeu a se levantar vai se dar mal. E a queda faz parte da vida, sendo uma professora de “mão cheia”, como Dona “Francisquinha”. Agora o “levantar” é próprio dos grandes espíritos que compreenderam o valor da existência. Não deixemos que as quedas nos desviem da caminhada...
Pois bem... surge o primeiro e grande problema, a viagem. Triste viagem em que os estudantes de Itaporanga, no Busão Vermelho, tinham a sensação de serem sardinhas enlatadas. Dentro do problema (ônibus) outro problema maior para os que já tinham estudado e para aqueles que não tendo tempo, deixavam para tentar estudar durante o percurso: O barulho do motor que era infernal. E todo ele dentro do veículo, pois o motor era interno. Um Deus nos acuda! Quem já tinha estudado, esquecia; pois a sinfonia do barulho realizava na cabeça um desequilíbrio quase que insuportável e os que caíram na besteira de estudar ao longo do percurso; nem aprendiam e ainda ficavam irritados com Chico Brilhante, que não procurava amenizar o barulho: “Zuuuuuuuuuuuummmmmm”. E haja “sofrimento”. Chico tornou-se o pára-raios da galera. A menor contrariedade ocorrida com por conta do Busão, Chico era o culpado.
- Esse “vei” tem jeito não, ainda não diminuiu o barulho insuportável dessa lata velha.
Coitado! Que onde ele esteja na esfera espiritual perdoe essa turma que o tirava do sério. Principalmente o “Mané Cabeção”. Esse era a dor de cabeça do Chico.
Mas nessas viagens aventureiras, que como diz o poeta “os anos não trazem mais” quem se dava inteligentemente bem era a minha querida colega de viagem Imeuda Modesto, funcionária do INSS. Era a única que levava consigo um “tocador de fita”, naquela época coisa de outro mundo. Parece-me que o nome era “okmen”. Hoje há os MP3 que são seus similares. Enquanto todos se “rasgavam”, xingavam o motorista e se enfezavam cada vez mais; imeuda estava a ouvir suas músicas românticas da época. Isso sim era solução de gente que sabe o que quer. Já que tínhamos por obrigação e necessidade irmos para a faculdade, na cidade de Patos, à noite, arriscando a vida...; ouvir música no percurso era a melhor saída e acabava com o stress. Quantas vezes usando da nossa amizade fui inconveniente e implorava uma “brechinha” pegando um dos seus fones de ouvido; dividíamos o som das belas músicas.
Mas é por essas e outras que Itaporanga, o Vale do Piancó não pode deixar passar esta oportunidade de reivindicar o nosso campus. O dia está chegando. Ufcg já! Deixemos de enrolação.Vamos à “luta”...
PENSE NISSO! MAS PENSE AGORA
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