sábado, 9 de agosto de 2008

Uma Sociedade Justa

Uma Sociedade Justa
(Reynollds Augusto)

Todo acadêmico de Direito sabe e defende que toda lei deve se aproximar ao máximo da Justiça,pois a lei injusta é engodo e não pacifica o convívio social. Ter uma exata dimensão do que seja justiça é um desafio para os jurisfilósofos. Buscar,pensar, defender a justiça deve ser o móvel de qualquer jurista, seja qual seja a sua função nas hostes jurídicas.

Uma grande verdade é que o sentimento de justiça não é , em sua totalidade, o resultado de idéias adquiridas. Ela está na natureza e é tão verdade isso que nos revoltamos à simples idéia de uma injustiça. E mais, o progresso moral desenvolve cada vez mais esse sentimento, mas terminantemente não o dá a ninguém e é por isso que em muitas vezes vemos pessoas simples e incultas apresentando noções exatas de justiça em detrimento daqueles que detém conceitos, fórmulas, bases doutrinárias que apregoam a idéia de justiça mas que não convencem o íntimo do sentimento humano.

A justiça plena em nossa condição atual é inalcançável, pois somos espíritos que residem em um planeta de provas e expiações e é por isso que os homens a entendem de modos diferentes e alguns taxam de injusto o que para outros é justo e isso acontece porque nessa avaliação o sentimento de justiça natural se mistura às paixões que o altera e alguns a concebem por um prisma falso. Essas paixões falseiam o amor, falseiam o sentimento, falseiam o sentimento de justiça e vivemos iludidos com uma idéia falsa do justo.

Eu sempre defendi que á medida que o homem evolui moralmente ele associa essa evolução ao sentimento natural de justiça e por conseqüência nos aproximamos da Justiça relativa, pois a justiça absoluta só Deus a realiza.Tanto é assim que o mestre Jesus asseverara que “não sairás daí enquanto não pagares o último ceitio”, informando ao ser que desvirtuou que ele precisa voltar ao planeta Terra tantas vezes quanto for necessário, para se reabilitar através da reencarnação.

Hans Kelsen um dos produtores mais profícuos de seu tempo que publicou nada mais, nada menos que quatrocentos livros e artigos jurídicos critica as teorias que procuram distinção do direito com relação à moral a partir dos critérios de interioridade ( moral) e exterioridade ( direito).Não há dúvidas que o direito posto é conseqüência do valor moral concebido em cada época e em cada tempo e dessa forma à medida que o ser humano cresce interiormente com mais eficácia a justiça vai se evidenciando pelas leis.

Na questão 875 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec pergunta aos espíritos superiores como se pode definir a justiça? E ele respondem: - “ A justiça consiste em cada um respeitar os direitos dos demais”, ou seja, o meu direito é genuíno até o momento em que não afeto o direito do outro. Aquilo que não quero para mim , não devo desejar para o outro,ou como disse Jesus: “Queira cada um para os outros o que quereria para si mesmo”. Não há guia mais seguro do que a nossa consciência e essa é um juiz que anda conosco e na incerteza de como devemos proceder para com o semelhante , em algum momento, coloque-se em seu lugar e responda como queria que ele agisse se fosse em relação a você. E isso é dessa forma, porque de originário, não é natural que haja pessoas que deseje mal para si mesmo e quando tomamos por modelo o nosso desejo pessoal, queremos senão o bem para o semelhante.

Estamos em busca de uma sociedade justa e a sociedade mais justa será aquela que mais conseguir ajustar os seus filhos, dando-lhes condições ideais de sobrevivência e permitindo condições iguais de oportunidades. O Espírito Joana de Angelis diz que construiremos uma sociedade justa quando “ os pais de compenetrarem de que o lar é o santuário para a vida humana e não um campo de disputas para a supremacia do ego; quando os adultos se conscientizarem de que a educação é um ato de amor e não um meio de intimidar , de descarregar problemas; quando as pessoas entenderem a família como um compromisso dignificador e não um ringue de lutas, as trágicas ocorrências do abuso infantil, pela violência, pela indiferença ,pelo estupro, pela miséria em que nasce o ser e a ela fica relegado, cederão lugar á construção de uma sociedade justa, equânime e feliz”.

PENSE NISSO! MAS PENSE AGORA.

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