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A peleja da paciência contra o cara que inventou o tempo; ou o tempo que falta para chegarmos a tempo de não perder tempo
Um barqueiro estacionado a Alinhar ao centrobeira de um rio pode ser Sidarta, mas também pode ser o tempo querendo apenas ganhar tempo. Na vida tudo está ligado às horas, minutos, dias, semanas, meses, o tempo enfim.
Quem tem tempo não tem pressa, mas quem tem pressa não tem tempo a perder. Dialético, o tempo muda e às vezes vira de ponta cabeça como se fosse uma roda gigante.
Só sei que o tempo é superior, mas não é exato. O relógio de sua vida é diferente do meu. Se pra você falta pouco, pra mim ainda falta muito. Quando iremos convergir?
Nenhum relógio é exato e o Big Bem tem um tic-tac diferente do tic-tac do meu Mido. Se um pequeno rio já contém o Ganges, porque os relógios divergem?
Brincar de senhor do tempo só vale a pena se no último segundo todos se ajustarem a mesma badalada.
Caso contrário, a timeline de cada um levará a finais diferentes de uma história que podia e ainda pode ser compartilhada.
Observem com mais cautela o barqueiro, confiram o horário de cada partida ou chegada, sincronizem as remadas, ajustem os ponteiros do destino.
Até para Maktub, o universo só conspira a favor se todos estiverem no mesmo time.
Um passo em falso, um pé calçado e outro descalço, um olho no peixe e o outro no gato, uns indo e outros voltando, a bala que matou John Lenon disparada contra uma geração, tirou de circulação quem gerou ação.
O que parece desconexo marca encontro com o que parece querer se conectar. Tudo leva em consideração o tempo.
Que horas são? Falta quanto tempo para esta barca atravessar este rio? E se este rio não quiser se deixar atravessar por pura falta de tempo?
A vida é um ponto de interrogação. Vamos ser felizes ou falta tempo?
blog do dércio
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