O POETA E A CRIANÇA
(Merlânio Maia)
Era uma vez um poeta
No seu constante pensar
Querendo das leis da vida
O mistério desvendar
Anda na beira da praia
Molhando seus pés no mar
Quando avista lá na frente
Quando avista lá na frente
Uma cena de estranhar
Uma criança tão bela
Que deixara de brincar
Para jogar no oceano
As estrelinhas do mar.
No verão as ondas vinham
Trazendo estrelas do mar
E as atiravam na praia
Era quase um bailar
De calor todas morriam
Sem ter como agüentar
E aquele sol escaldante
E aquele sol escaldante
Logo as iria matar
Ia pensando o poeta
Na natureza e no mar
Quando viu naquela praia
Essa criança sem par
Em trabalho cansativo
Quase sem poder parar
Socorrendo as estrelinhas
E as devolvendo ao mar
Era um esforço tão grande
Que dava dó de olhar.
E o poeta se aproxim
E diz querendo ajudar
- que diferença farás
Diante da força do mar
Pois milhões irão morrer
Sem que as possa salvar.
E a criança suada
Sem vontade de parar
Fala com sabedoria
De quem já sabia amar
- Prá essa eu fiz diferença!
E joga aquela no mar.
E o poeta surpreso
Volta pra casa a pensar
Na omissão que há no mundo
Frente a parte de cada um
Ninguém pode compensar
E no outro dia bem cedo
Na praia daquele mar
Quem passou observou
Um homem a trabalhar
Era o velho poetaJ
ogando estrelas no mar.
0 comentários:
Postar um comentário