Por Antonio Soares da Fonseca Jr em 27/11/2008

Aqui é QUASE a mesma coisa. Se não fosse este QUASE. Provavelmente, já há uma guerrilha nos bastidores querendo tirar proveito próprio, cobrando o seu voto por uma "colocação" na prefeitura; do outro lado, sempre vai ter alguém esperando a posse para se vingar de quem não votou a seu favor, desrespeitando o direito universal e democrático de escolha que cada alguém é possuidor. Terá outrem, sempre em cima do muro, que tanto faz ou tanto fez, ele quer é mais que a guerra comece para ver como é que fica. E Itaporanga vai ficando, vai ficando. Vai ficando do jeito que a deixei há 37 anos atrás. Com os mesmos sonhos de crescimento, com os mesmos empecilhos barrando o desenvolvimento, com as mesmas frustrações de que não foi desta vez. Quem sabe na próxima.
Coesão deveria ser o dístico da bandeira da terra. Aliar-se para crescer é ato de inteligência. Só os néscios desconhecem este sentido. Há dois mil anos atrás, já se dizia à boca larga em Roma: "Ut omnes unum sint." Que todos sejam um.
Enquanto não houver um bloco monolítico em favor da terra, ela será sempre uma cidade com quatro anos de idade. Quando entrar o próximo governante, desmanchará tudo o que o anterior fez ou paralisará o feito, começando um novo feito que será interrompido na próxima sucessão.
É uma pena. Uma cidade tão linda em potencial e tão pobre em sucessores. É uma pena também que, aqueles que deveriam ler este mural, que grita por uma Itaporanga diferente, são os que não o lêem, por analfabetismo escolar ou analfabetismo cultural. Têm alergia às letras.
Nós, filhos desta querida terra, aí ou alhures, estaremos sempre gritando em vão, tal qual arautos do deserto, falando para o vento, camelos e areal.
Então, Zebedeu, não jogue ainda o seu saco fora nem tampouco espante o gato. Conserve-os.
Quem sabe, um dia, possamos dizer: a eleição acabou, temos prefeito. Itaporanga só progredirá se não ficarmos olhando um para o outro, mas se todos olharmos numa mesma direção.
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