O MELHOR FAZER
(Reynollds Augusto – www.reynollds.blogspot.com )
O diálogo:
- Não há o que fazer. Todos esses políticos causam quarenta, por isso meu voto será nulo.
- Mas votar nulo não é atitude acertada e em muitas situações é uma forma de protesto capenga, de revolta, não contribuirá para a evolução nas instituições que devem ser comandadas por agentes políticos compromissados com a coisa pública.
- Mas parece que não surge um homem de bem que queira ser candidato e todos os esses que aí estão ludibriam o povo e são verdadeiros atores, promovendo o espetáculo da enganação.
- Mas nós ainda estamos ensaiando a democracia e no fundo no fundo os nossos escolhidos, representam a maior parcela da população ainda despreparada.
- E é por isso que vou votar nulo. Não posso crer que meu voto possa mudar essa situação.
- A omissão pode custar mais caro...
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O diálogo não é verdadeiro, mas bem que poderia ter sido. O fato é que todos nós sabemos que a nossa constituição de 1988 nos legou a democracia participativa, que é a melhor alternativa à democracia representativa. Sabe Deus quantos irmãos nossos brasileiros sofreram para que hoje nós e nossos filhos pudéssemos respirar esse ar da liberdade, que em muito ainda não nos chega com a devida pureza, mas que se encontra em estado de maturação. Que o diga o meu grande amigo PAULO CONSERVA, memória viva e vítima presente da repressão. Nas minhas andanças para abastecer o carro, sempre opto pelo posto de Letícia, que além de possuir uma gasolina confiável, de quebra ainda “bato” aquele papo com Paulo, que tem muito a oferecer. Já disse a ele que as suas memórias não poderiam apenas ficar nos livros e que ele precisaria criar um Blog para nos fornecer os seus conhecimentos, democratizando suas experiências para o mundo. Mas ele insiste em apenas trabalhar com a sua velha Olliveti. Fazer o que?
Mas como eu ia dizendo, a geração atual não pode “chutar a barraca” e simplesmente neutralizar o seu voto, de uma forma ou de outra, e temos mais é que escolher o melhor e se não houver, identifiquemos o menos ruim. O mais importante é estar atento, cobrando, bradando, pois quanto mais politizado o cidadão mais o agente escolhido se torna “arma” de transformação, se não por consciência própria, será pela pressão do povo que é o verdadeiro detentor do poder e que infelizmente, em sua grande maioria, não despertou para isso. Mas já foi pior e é preciso que se entenda que o voto é um instituto de controle popular e a presença do povo é que de fato pode mudar esse estado de coisas, pois é a instancia de revisão política da sociedade e se optarmos em votar nulo, estamos permitindo que os menos entendidos escolham aqueles que irão nos conduzir e pode até parecer que é “um beija flor tentando apagar um grande incêndio”, mas já é o começo, pois cada qual está fazendo a sua parte. Isso é democracia.
A nossa querida Poliana é efusiva em suas considerações, mas na minha suposta opinião, sou da idéia de que de todas as ações, a melhor ainda é votar e votar bem (ou menos mal) e não só isso, depois de votar monitorar o nosso escolhido para cobrar do mesmo a parcela de poder que lhe oferecemos e como nossa necessidade prioritária é o campus de Itaporanga. Vamos fazer ver ao nosso candidato que estamos “de olho” e que ele deve se movimentar nesse sentido.
Nada de vender o voto, pois esse preço é muito caro para o todo o corpo social e isso é puro oportunismo e descomprometimento que indica, ainda, o nosso analfabetismo político. O bom mesmo é que o poder, que é do povo, fosse exercido pelo próprio povo pela chamada democracia direta, mas todos nós sabemos que isso é impossível (ainda) e por isso devemos fazer o bom uso da democracia indireta ou representativa, elegendo bem os nossos representantes. E podemos identificá-los pela vida que levam, se serão bons ou ruins. Talvez a renovação (em tese) seja o melhor caminho e nos parece que os velhos políticos já estão se transformando em políticos velhos e que não possuem mais a energia de outros tempos na defesa dos interesses do povo. A vida é mudança, é movimento. Sabemos que os nossos representantes nem sempre exprimem o anseio geral , mas apesar de tudo, este ainda é o melhor modelo posto até hoje, e conquistado com muito sangue, para que todos nós possamos mudar paulatinamente essa situação que se nos apresenta e se a colheita não for nossa, será dos filhos do futuro que virão e que em muitos serão nós mesmos, espíritos em evolução, que voltarão pela roda da reencarnação à Terra, para que o progresso “infreiável” na busca da perfeição se realize. E quem sabe se não volvemos para o nosso grande Brasil.
O grande Albert Einstein já defendia que presente, passado e futuro é uma grande mentira. Então, todo tempo é tempo. E “os tempos” de hoje nos convida a sermos reais cidadãos, votando e participando e quanto mais o eleitorado tomar parte da vida democrática e fizer uso do exercício eleitoral permanente, teremos melhores chances de mudar este País, este Estado e este Município.
PENSE NISSO! MAS PENSE AGORA.
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