terça-feira, 20 de março de 2012

Chuva no dia de São José reanima agricultores do Vale: 19 de março começou molhado

Ciência comprova sabedoria popular e mostra que a experiência do homem do campo tem sentido

Por Sousa Neto/Folha do Vale 

Em Triste Partida, um retrato musical do drama sertanejo motivado pela estiagem, Luiz Gonzaga canta o dia de São José como o último lampejo de esperança do homem nordestino em um bom inverno: “Apela pra Março/Que é o mês preferido/Do santo querido/Sinhô São José/Meu Deus, meu Deus/Mas nada de chuva/Tá tudo sem jeito/Lhe foge do peito/O resto da fé/ Ai, ai, ai, ai.”

Se não chover no 19 de março, como diz a música, a esperança do agricultor vai por água abaixo, mas chovendo, como ocorreu nesta segunda-feira, o ânimo sertanejo reacende e a expectativa é de um bom período invernoso.

O fato é que choveu em Itaporanga e em grande parte da região na madrugada desta segunda, embora sem muita intensidade na maioria dos municípios, conforme apurou a Folha (www.folhadovali.com.br). No Vale, a chuva tem uma importância vital, além da agricultura e criação de animais, as precipitações são fundamentais para encher os açudes e garantir o abastecimento d’água da população urbana e rural.

Conforme a ciência meteorológica, a crença popular no dia de São José faz sentido: o 19 de março marca o início do equinócio de outono no hemisfério sul, onde estamos localizados, caracterizando mudança de estação, quando a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), uma área atmosférica onde ventos sul e norte se encontram e formam uma faixa de nuvens convergentes, atinge uma posição mais ao sul da linha do equador, ocasionando chuvas no semiárido durante um longo ou curto período, mas nem sempre os fenômenos atmosféricos favorecem a chuva.

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