Não sou de chorar à toa, mas ao saber das mortes de Airton Sena, de Jessé e de Sivuca, confesso que não pude conter algumas lágrimas que escorreram sobre a minha face.
Cabelo de milho, Sarará Criolo, o “Gênio Louro” e Sivuca o mais usado, são cognomes que carinhosamente lhe chamavam, depois do seu nome de batismo: Severino.
Só Deus é quem sabe a quem deve, e porque concede dádivas, pois a Sivuca suponho que foi uma recompensa por ele ter nascido albino.
Em 1980 quando eu cursava o 2º grau no colégio Padre Diniz, um colega de classe e conterrâneo meu, que era cheio de comparações imaginárias, me pôs o apelido de Sivuca. Esse meu colega se chamava Ivan Capoteiro, pois recuperava banco, capotas, sofás, etc. ele ao me ver semi-albino e ligado à arte musical, cognominou-me Sivuca, e eu recebi com satisfação o tal apelido, ele não me trouxe constrangimento, assim nenhum me traria. Imagine que bom alguém me chamar de homens do quilate de Sivuca ou de Hermeto Pascoal.
Sivuca tinha algo de comum comigo, é que as nossas mãos são um tanto parecidas ou mesmo idênticas. As suas mãos esgazeadas que executam peças musicais que encantavam platéias pelo mundo afora.
Uma das características que Sivuca tinha e que jamais alguns músicos poderá copiar, o que é difícil mesmo diante do original mais simples é a complexidade dele usar ou ter usado o solfejo fundido às notas do instrumento produzindo um som exótico, coisa que ele tirava da própria alma.
A sua ousadia de nordestino e de paraibano lhe deu impulso para ele tornar a sanfona um instrumento de música da câmara, mas com naturalidade ele dividiu-se entre erudito e o popular. Assim como o argentino Astor Piazolla fez com o bandoleon, Sivuca fez com a sanfona.
Os seus dedos mágicos corriam sobre as teclas com a mesma facilidade que tem uma aranha de passear sobre sua teia.
Sivuca teve tuas esposas, e por elas tinha um imenso amor: Glorinha Gadelha a sua eterna companheira da vida e dos palcos e a segunda era a própria arte musical que Deus lhe ofereceu logo ao nascer e traçou o seu destino para nascer albino, mas ser um menestrel.
Fica para nós a lacuna, lá se foi o maior sanfoneiro do mundo, o filho ilustre de Itabaiana, cidade desse sublime torrão.
Descanse em paz meu nobre mestre, mas em qualquer parte do infinito onde estejas procure alegrar e encantar os espíritos, os anjos e santos, com o som de sua sanfona, já que na terra não mais lhe veremos em carne e osso, somente através dos registros feitos pelas câmaras de televisão.
Cabelo de milho, Sarará Criolo, o “Gênio Louro” e Sivuca o mais usado, são cognomes que carinhosamente lhe chamavam, depois do seu nome de batismo: Severino.
Só Deus é quem sabe a quem deve, e porque concede dádivas, pois a Sivuca suponho que foi uma recompensa por ele ter nascido albino.
Em 1980 quando eu cursava o 2º grau no colégio Padre Diniz, um colega de classe e conterrâneo meu, que era cheio de comparações imaginárias, me pôs o apelido de Sivuca. Esse meu colega se chamava Ivan Capoteiro, pois recuperava banco, capotas, sofás, etc. ele ao me ver semi-albino e ligado à arte musical, cognominou-me Sivuca, e eu recebi com satisfação o tal apelido, ele não me trouxe constrangimento, assim nenhum me traria. Imagine que bom alguém me chamar de homens do quilate de Sivuca ou de Hermeto Pascoal.
Sivuca tinha algo de comum comigo, é que as nossas mãos são um tanto parecidas ou mesmo idênticas. As suas mãos esgazeadas que executam peças musicais que encantavam platéias pelo mundo afora.
Uma das características que Sivuca tinha e que jamais alguns músicos poderá copiar, o que é difícil mesmo diante do original mais simples é a complexidade dele usar ou ter usado o solfejo fundido às notas do instrumento produzindo um som exótico, coisa que ele tirava da própria alma.
A sua ousadia de nordestino e de paraibano lhe deu impulso para ele tornar a sanfona um instrumento de música da câmara, mas com naturalidade ele dividiu-se entre erudito e o popular. Assim como o argentino Astor Piazolla fez com o bandoleon, Sivuca fez com a sanfona.
Os seus dedos mágicos corriam sobre as teclas com a mesma facilidade que tem uma aranha de passear sobre sua teia.
Sivuca teve tuas esposas, e por elas tinha um imenso amor: Glorinha Gadelha a sua eterna companheira da vida e dos palcos e a segunda era a própria arte musical que Deus lhe ofereceu logo ao nascer e traçou o seu destino para nascer albino, mas ser um menestrel.
Fica para nós a lacuna, lá se foi o maior sanfoneiro do mundo, o filho ilustre de Itabaiana, cidade desse sublime torrão.
Descanse em paz meu nobre mestre, mas em qualquer parte do infinito onde estejas procure alegrar e encantar os espíritos, os anjos e santos, com o som de sua sanfona, já que na terra não mais lhe veremos em carne e osso, somente através dos registros feitos pelas câmaras de televisão.
Onildo Mndonça (republicado)
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