Pedro negou a Jesus
Depois do beijo, Jesus foi levado à casa de um sumo sacerdote e ali Ele enfrentava a interrogação do Sinédrio. O sumo sacerdote invocou o nome de Deus para exigir uma resposta do acusado à sua pergunta: “Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus” (Mateus 26:63). Se o relato de Mateus (26:64) deixa alguma dúvida sobre o significado da resposta, Marcos 14:62 esclarece. Jesus disse: “Eu sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo com as nuvens do céu”. Jesus não vacilou. Confessou a verdade.
Ao mesmo tempo, poucos metros distante de Jesus, um dos seus discípulos não mostrou a mesma convicção e coragem. Simão Pedro, três vezes, negou a Jesus. Vamos pensar sobre o erro dele naquela noite. Vamos pensar porque é desse jeito que age alguns políticos de hoje, comem na mesma casa, utilizam-se de amizades e depois traem as vezes que for conveniente.
A Circunstância: Pedro no Meio dos Inimigos de Cristo
Quando Jesus foi preso no Getsêmani, Pedro reagiu com a espada e foi repreendido pelo Senhor. Logo depois, os apóstolos foram dispersos, fugindo com medo de serem presos com Jesus. Mas dois deles seguiram para saber o que aconteceria com Jesus (João 18:15). Tudo indica que o companheiro de Pedro nessa hora foi o apóstolo João, que relatou os detalhes no seu evangelho.
Quando o amigo o defendeu de tiramos da política, ele apenas queria ver se o amigo era amigo mesmo, mas recebeu em troco a traição. O outro discípulo entrou na casa do sumo sacerdote, mas Pedro ficou na rua. Com certeza, estava com medo. E, pelo fato de ter cortado a orelha do servo do sumo sacerdote, provavelmente sentiu mais receio ainda quando se aproximou da casa deste líder dos judeus. Mesmo assim, João conseguiu levar Pedro para dentro, onde este discípulo vacilante ainda ficou afastado, mais perto dos guardas e servos.
Sem querer, João colocou Pedro numa posição de grande provação. Não foi tão difícil para João estar no meio dos judeus, mas Pedro não suportou a tentação. E Pedro negou mesmo a Cristo pó três vezes, Pedro negou o seu Senhor. Aproveitemos algumas lições:
§ Quando a criada perguntou, Simão negou sua associação com Jesus (João 18:17). Ele começou muito mal. Se tivesse entrado na casa já confessando a sua fé em Jesus, ele não teria mais motivo para fugir da realidade. Deus promete uma saída de todas as tentações (1 Coríntios 10:13), mas Pedro não a procurou. Não ficou firme. Não fugiu da circunstância difícil. Não pediu ajuda ao irmão que estava próximo.
§ No meio dos guardas, Pedro negou pela segunda vez. Depois de entrar, Pedro se aquentou ao lado dos guardas (João 18:18). Ele não se identificou como discípulo de Jesus. Enquanto Jesus respondia a uma pergunta sobre sua doutrina e seus discípulos, e sofria nas mãos dos guardas (João 18:19-22), Pedro viu os guardas perto dele e negou ser discípulo do Cristo (João 18:25).
§ Quando reconhecemos o perigo em determinados lugares ou em certas atividades, devemos ficar longe. Salmo 1:1-2 mostra que devemos evitar diversas circunstâncias de tentação. Se não andar no conselho dos ímpios, não se deterá no caminho dos pecadores e não se assentará na roda dos escarnecedores. Pedro se aquentou no meio dos guardas, e não mostrou firmeza na sua fé.
§ Quando encarou um parente de Malco, Pedro negou a Jesus pela terceira vez. Por final, chegou um parente de Malco, aquele cuja orelha foi cortada por Pedro no Getsêmani. Podemos imaginar o que passou pela cabeça de Simão nesse momento. Talvez imaginasse que o parente de Malco procuraria vingança. Mais uma vez, o medo tomou conta e o discípulo mostrou covardia. Em vez de exaltar o seu Senhor, Pedro pensou em si, e queria se livrar da imaginada ameaça de agressão.
O fato é que Pedro não teve como saber como esse homem reagiria à verdade. Se Pedro tivesse dito: “Sim, sou eu. Agi por impulso e contrariei tudo que o meu Mestre me ensinou. Peço desculpas e dou graças a Deus que Jesus curou o seu parente no mesmo instante”, como o homem teria reagido? Teria mostrado ira contra Pedro, ou admiração e fé para com Jesus? Nunca saberemos, porque Pedro perdeu essa oportunidade.
Quantas oportunidades nós perdemos porque imaginamos como alguém responderá antes de oferecer-lhe oportunidade de ouvir a verdade? Será que nossa covardia, vergonha ou timidez esteja impedindo a salvação de pessoas ao nosso redor?
Pedro diante do pensamento de Jesus.
Pedro acabou de negar Jesus pela terceira vez quando o galo cantou, cumprindo a profecia de Cristo e relembrando esse discípulo fraco das palavras de seu Senhor.
Quando uma pessoa boa tropeça e peca, a consciência acusa. Ela lembra das palavras do Senhor e procura reconciliar-se com o seu Mestre. Quando a consciência do pecador não o acusa, há algo muito errado. Ou a consciência não foi treinada pela palavra de Deus, ou já foi cauterizada pelos costumes pecaminosos da pessoa (veja 1 Timóteo 4:2). Uma das coisas mais assustadoras na vida do servo de Deus é de poder pecar contra Deus sem sentir nada. A consciência inútil é sintoma de enfermidade ou até de morte espiritual.
Lucas acrescenta mais um fato importante. Na hora que Pedro negou a Jesus pela terceira vez, o Senhor olhou para ele (Lucas 22:60-61). Quando pecamos, Jesus olha para nós, também (Hebreus 4:13). Podemos esconder nossos pecados de outras pessoas. Podemos até enganar a nós mesmos, achando algum raciocínio para justificar os nossos próprios pecados. Mas jamais esconderemos o nosso pecado de Deus. Ele vê tudo, e julgará a todos.
O que Pedro viu quando Jesus olhou para ele? Será que sentiu a rejeição por ter lhe rejeitado? Certamente merecia isso. Será que viu a repreensão e a condenação por sua atitude pecaminosa na hora de provação? Jesus não pôde aprovar o erro. Ao mesmo tempo, será que Pedro enxergou, no meio das acusações e injustiças dos homens, o amor de Jesus e seu desejo de reconciliar-se com seu discípulo vacilante? Com certeza, a vontade do Senhor é de trazer os seus servos falhos de volta à comunhão com ele.
E quando nós pecamos, o que enxergamos quando olhamos para Jesus? Se persistirmos no pecado, precisamos sentir a repreensão e até a rejeição. Mas o pecador arrependido encontra na pessoa de Jesus a vontade de perdoar e reconciliar-se. Jesus nos ama, e quer nos salvar eternamente. É essencial enxergar a compaixão e amor no olhar dele.
Lições que se pode tirar.
Há muitas lições importantes no exemplo de Pedro. Espero ter despertado em você, por meio desse pequeno artigo, um desejo de estudar mais e refletir sobre o significado dessa história. Consideremos algumas lições que podemos aproveitar e, no seu próprio estudo, certamente encontrará outras.
§ Cuidado com a impulsividade. Impulsos e primeiras reações nem sempre são errados, mas freqüentemente apresentam perigos maiores. Pessoas que falam sem pensar podem fazer grandes confissões (veja Mateus 16:16), ou podem se tornar pedras de tropeço (Mateus 16:21-23). Nossos impulsos, nossas línguas, e até os nossos pensamentos devem ser controlados pela vontade de Deus (veja 2 Pedro 1:6; Tiago 3:1-12; 2 Coríntios 10:5).
§ Cuidado com as circunstâncias. Pedro não resistiu a tentação da circunstância. Saul tentou justificar o seu pecado, dizendo que foi “forçado pelas circunstâncias” (1 Samuel 13:12). A tática do Maligno, muitas vezes, é de convidar os servos de Deus a participar de atividades que apresentam tentações difíceis (veja Apocalipse 2:14; Números 25:1-3). Se brincar com fogo, vai se queimar.
§ Cuidado com a influência. João não negou a Jesus, e talvez não sentisse nenhuma tentação desse tipo. Mesmo na sua ingenuidade, levou Pedro para dentro da casa do sumo sacerdote, onde Simão enfrentou uma circunstância muito difícil. Pode ser que um determinado lugar ou uma certa atividade não apresenta nenhuma tentação para você. Mas antes de entrar ou convidar mais alguém, pense na sua influência. “E, por isso, se a comida serve de escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que não venha a escandalizá-lo” (1 Coríntios 8:13).
§ Quando enfrentar a tentação, procure a saída. Ela existe (1 Coríntios 10:13). Nunca é necessário pecar. Pedro não aproveitou as saídas que Deus lhe ofereceu. Pense em algumas alternativas que ele não escolheu: (a) Não entrar no lugar de tentação; (b) Confessar a sua fé abertamente; (c) Orar e pedir ajuda a Deus; (d) Procurar a ajuda de João, o irmão que estava perto; (e) Uma vez que Pedro se encontrou num ambiente mau, poderia ter saído.
E depois como será.
Sabemos que Pedro, depois, reconciliou-se com Jesus e se tornou um grande apóstolo e presbítero. Mas o pecado dele naquela noite foi evitável.
Ao longo dos anos, Pedro refletia na sua falha e, depois, escreveu estas palavras animadoras: “Ora, quem é que vos há de maltratar, se fordes zelosos do que é bom? Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados; antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós” (1 Pedro 3:13-15).
Mesmo os mais dedicados servos de Deus erram, e precisam da compaixão e amor de Jesus. O pecado de Pedro na noite do julgamento de Jesus foi grave, mas não imperdoável. Ele recorreu à graça e à misericórdia do Senhor, a mesma fonte de amor e perdão que nos oferece esperança da vida eterna. Vamos aprender dos erros de Pedro e santificar a Cristo, como Senhor, em nossos corações.
JOÃO DEHON
Depois do beijo, Jesus foi levado à casa de um sumo sacerdote e ali Ele enfrentava a interrogação do Sinédrio. O sumo sacerdote invocou o nome de Deus para exigir uma resposta do acusado à sua pergunta: “Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus” (Mateus 26:63). Se o relato de Mateus (26:64) deixa alguma dúvida sobre o significado da resposta, Marcos 14:62 esclarece. Jesus disse: “Eu sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo com as nuvens do céu”. Jesus não vacilou. Confessou a verdade.
Ao mesmo tempo, poucos metros distante de Jesus, um dos seus discípulos não mostrou a mesma convicção e coragem. Simão Pedro, três vezes, negou a Jesus. Vamos pensar sobre o erro dele naquela noite. Vamos pensar porque é desse jeito que age alguns políticos de hoje, comem na mesma casa, utilizam-se de amizades e depois traem as vezes que for conveniente.
A Circunstância: Pedro no Meio dos Inimigos de Cristo
Quando Jesus foi preso no Getsêmani, Pedro reagiu com a espada e foi repreendido pelo Senhor. Logo depois, os apóstolos foram dispersos, fugindo com medo de serem presos com Jesus. Mas dois deles seguiram para saber o que aconteceria com Jesus (João 18:15). Tudo indica que o companheiro de Pedro nessa hora foi o apóstolo João, que relatou os detalhes no seu evangelho.
Quando o amigo o defendeu de tiramos da política, ele apenas queria ver se o amigo era amigo mesmo, mas recebeu em troco a traição. O outro discípulo entrou na casa do sumo sacerdote, mas Pedro ficou na rua. Com certeza, estava com medo. E, pelo fato de ter cortado a orelha do servo do sumo sacerdote, provavelmente sentiu mais receio ainda quando se aproximou da casa deste líder dos judeus. Mesmo assim, João conseguiu levar Pedro para dentro, onde este discípulo vacilante ainda ficou afastado, mais perto dos guardas e servos.
Sem querer, João colocou Pedro numa posição de grande provação. Não foi tão difícil para João estar no meio dos judeus, mas Pedro não suportou a tentação. E Pedro negou mesmo a Cristo pó três vezes, Pedro negou o seu Senhor. Aproveitemos algumas lições:
§ Quando a criada perguntou, Simão negou sua associação com Jesus (João 18:17). Ele começou muito mal. Se tivesse entrado na casa já confessando a sua fé em Jesus, ele não teria mais motivo para fugir da realidade. Deus promete uma saída de todas as tentações (1 Coríntios 10:13), mas Pedro não a procurou. Não ficou firme. Não fugiu da circunstância difícil. Não pediu ajuda ao irmão que estava próximo.
§ No meio dos guardas, Pedro negou pela segunda vez. Depois de entrar, Pedro se aquentou ao lado dos guardas (João 18:18). Ele não se identificou como discípulo de Jesus. Enquanto Jesus respondia a uma pergunta sobre sua doutrina e seus discípulos, e sofria nas mãos dos guardas (João 18:19-22), Pedro viu os guardas perto dele e negou ser discípulo do Cristo (João 18:25).
§ Quando reconhecemos o perigo em determinados lugares ou em certas atividades, devemos ficar longe. Salmo 1:1-2 mostra que devemos evitar diversas circunstâncias de tentação. Se não andar no conselho dos ímpios, não se deterá no caminho dos pecadores e não se assentará na roda dos escarnecedores. Pedro se aquentou no meio dos guardas, e não mostrou firmeza na sua fé.
§ Quando encarou um parente de Malco, Pedro negou a Jesus pela terceira vez. Por final, chegou um parente de Malco, aquele cuja orelha foi cortada por Pedro no Getsêmani. Podemos imaginar o que passou pela cabeça de Simão nesse momento. Talvez imaginasse que o parente de Malco procuraria vingança. Mais uma vez, o medo tomou conta e o discípulo mostrou covardia. Em vez de exaltar o seu Senhor, Pedro pensou em si, e queria se livrar da imaginada ameaça de agressão.
O fato é que Pedro não teve como saber como esse homem reagiria à verdade. Se Pedro tivesse dito: “Sim, sou eu. Agi por impulso e contrariei tudo que o meu Mestre me ensinou. Peço desculpas e dou graças a Deus que Jesus curou o seu parente no mesmo instante”, como o homem teria reagido? Teria mostrado ira contra Pedro, ou admiração e fé para com Jesus? Nunca saberemos, porque Pedro perdeu essa oportunidade.
Quantas oportunidades nós perdemos porque imaginamos como alguém responderá antes de oferecer-lhe oportunidade de ouvir a verdade? Será que nossa covardia, vergonha ou timidez esteja impedindo a salvação de pessoas ao nosso redor?
Pedro diante do pensamento de Jesus.
Pedro acabou de negar Jesus pela terceira vez quando o galo cantou, cumprindo a profecia de Cristo e relembrando esse discípulo fraco das palavras de seu Senhor.
Quando uma pessoa boa tropeça e peca, a consciência acusa. Ela lembra das palavras do Senhor e procura reconciliar-se com o seu Mestre. Quando a consciência do pecador não o acusa, há algo muito errado. Ou a consciência não foi treinada pela palavra de Deus, ou já foi cauterizada pelos costumes pecaminosos da pessoa (veja 1 Timóteo 4:2). Uma das coisas mais assustadoras na vida do servo de Deus é de poder pecar contra Deus sem sentir nada. A consciência inútil é sintoma de enfermidade ou até de morte espiritual.
Lucas acrescenta mais um fato importante. Na hora que Pedro negou a Jesus pela terceira vez, o Senhor olhou para ele (Lucas 22:60-61). Quando pecamos, Jesus olha para nós, também (Hebreus 4:13). Podemos esconder nossos pecados de outras pessoas. Podemos até enganar a nós mesmos, achando algum raciocínio para justificar os nossos próprios pecados. Mas jamais esconderemos o nosso pecado de Deus. Ele vê tudo, e julgará a todos.
O que Pedro viu quando Jesus olhou para ele? Será que sentiu a rejeição por ter lhe rejeitado? Certamente merecia isso. Será que viu a repreensão e a condenação por sua atitude pecaminosa na hora de provação? Jesus não pôde aprovar o erro. Ao mesmo tempo, será que Pedro enxergou, no meio das acusações e injustiças dos homens, o amor de Jesus e seu desejo de reconciliar-se com seu discípulo vacilante? Com certeza, a vontade do Senhor é de trazer os seus servos falhos de volta à comunhão com ele.
E quando nós pecamos, o que enxergamos quando olhamos para Jesus? Se persistirmos no pecado, precisamos sentir a repreensão e até a rejeição. Mas o pecador arrependido encontra na pessoa de Jesus a vontade de perdoar e reconciliar-se. Jesus nos ama, e quer nos salvar eternamente. É essencial enxergar a compaixão e amor no olhar dele.
Lições que se pode tirar.
Há muitas lições importantes no exemplo de Pedro. Espero ter despertado em você, por meio desse pequeno artigo, um desejo de estudar mais e refletir sobre o significado dessa história. Consideremos algumas lições que podemos aproveitar e, no seu próprio estudo, certamente encontrará outras.
§ Cuidado com a impulsividade. Impulsos e primeiras reações nem sempre são errados, mas freqüentemente apresentam perigos maiores. Pessoas que falam sem pensar podem fazer grandes confissões (veja Mateus 16:16), ou podem se tornar pedras de tropeço (Mateus 16:21-23). Nossos impulsos, nossas línguas, e até os nossos pensamentos devem ser controlados pela vontade de Deus (veja 2 Pedro 1:6; Tiago 3:1-12; 2 Coríntios 10:5).
§ Cuidado com as circunstâncias. Pedro não resistiu a tentação da circunstância. Saul tentou justificar o seu pecado, dizendo que foi “forçado pelas circunstâncias” (1 Samuel 13:12). A tática do Maligno, muitas vezes, é de convidar os servos de Deus a participar de atividades que apresentam tentações difíceis (veja Apocalipse 2:14; Números 25:1-3). Se brincar com fogo, vai se queimar.
§ Cuidado com a influência. João não negou a Jesus, e talvez não sentisse nenhuma tentação desse tipo. Mesmo na sua ingenuidade, levou Pedro para dentro da casa do sumo sacerdote, onde Simão enfrentou uma circunstância muito difícil. Pode ser que um determinado lugar ou uma certa atividade não apresenta nenhuma tentação para você. Mas antes de entrar ou convidar mais alguém, pense na sua influência. “E, por isso, se a comida serve de escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que não venha a escandalizá-lo” (1 Coríntios 8:13).
§ Quando enfrentar a tentação, procure a saída. Ela existe (1 Coríntios 10:13). Nunca é necessário pecar. Pedro não aproveitou as saídas que Deus lhe ofereceu. Pense em algumas alternativas que ele não escolheu: (a) Não entrar no lugar de tentação; (b) Confessar a sua fé abertamente; (c) Orar e pedir ajuda a Deus; (d) Procurar a ajuda de João, o irmão que estava perto; (e) Uma vez que Pedro se encontrou num ambiente mau, poderia ter saído.
E depois como será.
Sabemos que Pedro, depois, reconciliou-se com Jesus e se tornou um grande apóstolo e presbítero. Mas o pecado dele naquela noite foi evitável.
Ao longo dos anos, Pedro refletia na sua falha e, depois, escreveu estas palavras animadoras: “Ora, quem é que vos há de maltratar, se fordes zelosos do que é bom? Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados; antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós” (1 Pedro 3:13-15).
Mesmo os mais dedicados servos de Deus erram, e precisam da compaixão e amor de Jesus. O pecado de Pedro na noite do julgamento de Jesus foi grave, mas não imperdoável. Ele recorreu à graça e à misericórdia do Senhor, a mesma fonte de amor e perdão que nos oferece esperança da vida eterna. Vamos aprender dos erros de Pedro e santificar a Cristo, como Senhor, em nossos corações.
JOÃO DEHON
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