Itaporanga já tem cinco candidatos definidos; só falta agora Porcino dizer se vai ou não à reeleição
É de não acreditar, mas os dois homens que mais brigaram entre si pelo controle do poder em Itaporanga nas duas últimas décadas, Djaci e Will, passaram uma esponja no passado, uniram forças, firmaram chapa e vão enfrentar nas urnas um ex-aliado e atual inimigo político dos dois: o prefeito Antônio Porcino (PMDB).
O ex-secretário estadual Djaci Brasileiro (PSDB) e o exprefeito Will Rodrigues (PTB) nasceram para a vida pública de um ancestral comum: o grupo político do ex-deputado Soares Madruga. Viveram unidos por algum tempo, mas interesses divergentes levaram os dois a um rompimento político que durou quase vinte anos.
A reaproximação entre Djaci e Will começou durante a campanha para o segundo turno das eleições estaduais de 2004, quando Djaci Brasileiro, então no PMDB, rompeu com o candidato a governador do seu partido e aliou-se a Cássio Cunha Lima (PSDB), de quem José Will já era aliado.
Na campanha deste ano pela prefeitura de Itaporanga, Will e Djaci vão estar juntos no mesmo palanque. Djaci Brasileiro é o candidato e terá como vice a filha de Will Rodrigues. A chapa foi definida depois de uma longa conversa entre os dois, no último dia três, 24 horas antes do Diário Oficial do Estado publicar o afastamento do ex-deputado da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Humano, e de sua pré-candidata a vice, Wilza Rodrigues Villarim, da direção do hemonúcleo de João Pessoa.
Wilza é a filha mais velha de Will. Ela é farmacêutica e bioquímica, nunca disputou um cargo eletivo e é casada com o advogado e ex-candidato a deputado estadual André Villarim.
A indicação de Wilza como vice foi uma surpresa e, ao mesmo tempo, a única alternativa de Will para firmar sua participação na chapa encabeçada por Djaci. A expectativa era que o ex-prefeito fosse o vice, mas ele perdeu o controle do seu partido, o PTB, para um ex-aliado, o vereador Audiberg Alves, que seguiu carreira solo e vai disputar a prefeitura com o apoio do presidente da Câmara Municipal, José Valeriano, de um outro vereador, Herculano Pereira, e de alguns ex-vereadores.
Audiberg esperava que Will também apoiasse sua candidatura, mas viu com surpresa e decepção o seu companheiro de partido, amigo e aliado de 20 anos trocá-lo por um ex-inimigo político. “Para mim foi uma grande surpresa e decepção. Eu não esperava isso, principalmente porque sempre fui fiel a Will, nunca tive outro partido nem outro grupo na minha vida pública a não ser o dele. Recusei muitos cargos e oportunidades políticas para apoiar Will ou os candidatos dele, e esperava que ele fizesse o mesmo agora, já que, inclusive, disse publicamente que entre um filho e eu, apoiaria minha candidatura, mas, para minha surpresa, ele tomou outro rumo político, ou seja, não fui eu que me afastei dele, eu continuo onde sempre estive, foi ele quem deixou o partido”, desabafa Aldiberg, ao comentar que, apesar de não contar com o apoio do ex-prefeito, sua pré-candidatura continua firme e irreversível.
Mas Aldiberg alimenta a expectativa de ter o apoio do prefeito Antônio Porcino. “Há uma possibilidade do prefeito indicar o meu vice, mas isso ainda será discutido”, enfatiza o pré-candidato petebista
Opinando sobre as declarações de Audiberg, o ex-prefeito Will diz: “eles é que me traíram”, referindo-se a uma reunião pública do PTB, ocorrida dia 17 de maio na Câmara Municipal, quando a candidatura de Audiberg foi lançada publicamente sem um prévio conhecimento do ex-prefeito. “Eles lançaram uma candidatura sem falar antes comigo, que também integro o partido e represento um grupo de amigos que está ao meu lado para onde for. Mas eles não me consultaram, não quiseram saber minha opinião, contrariaram minhas orientações, que são também a do governador, e isso é o que eu considero traição”.
O apoio de Will Rodrigues a Djaci fragmentou o grupo do exprefeito, mas Will acredita que contará com o apoio da maioria dos petebistas e de todos os partidos que constituíam seu antigo bloco, entre os quais o DEM, que já manifestou apoio à candidatura de Djaci, conforme decisão do seu presidente, César Conserva, e dos diretorianos Carlos Miguel e Xavier Afreu.
Outro partido que deverá também seguir com Will Rodrigues e Djaci é o PR, que foi criado por moradores do conjunto Miguel Morato e é comandado pela aposentada Aldenora Moura e Carlos César Nitão.
O ex-secretário estadual Djaci Brasileiro (PSDB) e o exprefeito Will Rodrigues (PTB) nasceram para a vida pública de um ancestral comum: o grupo político do ex-deputado Soares Madruga. Viveram unidos por algum tempo, mas interesses divergentes levaram os dois a um rompimento político que durou quase vinte anos.
A reaproximação entre Djaci e Will começou durante a campanha para o segundo turno das eleições estaduais de 2004, quando Djaci Brasileiro, então no PMDB, rompeu com o candidato a governador do seu partido e aliou-se a Cássio Cunha Lima (PSDB), de quem José Will já era aliado.
Na campanha deste ano pela prefeitura de Itaporanga, Will e Djaci vão estar juntos no mesmo palanque. Djaci Brasileiro é o candidato e terá como vice a filha de Will Rodrigues. A chapa foi definida depois de uma longa conversa entre os dois, no último dia três, 24 horas antes do Diário Oficial do Estado publicar o afastamento do ex-deputado da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Humano, e de sua pré-candidata a vice, Wilza Rodrigues Villarim, da direção do hemonúcleo de João Pessoa.
Wilza é a filha mais velha de Will. Ela é farmacêutica e bioquímica, nunca disputou um cargo eletivo e é casada com o advogado e ex-candidato a deputado estadual André Villarim.
A indicação de Wilza como vice foi uma surpresa e, ao mesmo tempo, a única alternativa de Will para firmar sua participação na chapa encabeçada por Djaci. A expectativa era que o ex-prefeito fosse o vice, mas ele perdeu o controle do seu partido, o PTB, para um ex-aliado, o vereador Audiberg Alves, que seguiu carreira solo e vai disputar a prefeitura com o apoio do presidente da Câmara Municipal, José Valeriano, de um outro vereador, Herculano Pereira, e de alguns ex-vereadores.
Audiberg esperava que Will também apoiasse sua candidatura, mas viu com surpresa e decepção o seu companheiro de partido, amigo e aliado de 20 anos trocá-lo por um ex-inimigo político. “Para mim foi uma grande surpresa e decepção. Eu não esperava isso, principalmente porque sempre fui fiel a Will, nunca tive outro partido nem outro grupo na minha vida pública a não ser o dele. Recusei muitos cargos e oportunidades políticas para apoiar Will ou os candidatos dele, e esperava que ele fizesse o mesmo agora, já que, inclusive, disse publicamente que entre um filho e eu, apoiaria minha candidatura, mas, para minha surpresa, ele tomou outro rumo político, ou seja, não fui eu que me afastei dele, eu continuo onde sempre estive, foi ele quem deixou o partido”, desabafa Aldiberg, ao comentar que, apesar de não contar com o apoio do ex-prefeito, sua pré-candidatura continua firme e irreversível.
Mas Aldiberg alimenta a expectativa de ter o apoio do prefeito Antônio Porcino. “Há uma possibilidade do prefeito indicar o meu vice, mas isso ainda será discutido”, enfatiza o pré-candidato petebista
Opinando sobre as declarações de Audiberg, o ex-prefeito Will diz: “eles é que me traíram”, referindo-se a uma reunião pública do PTB, ocorrida dia 17 de maio na Câmara Municipal, quando a candidatura de Audiberg foi lançada publicamente sem um prévio conhecimento do ex-prefeito. “Eles lançaram uma candidatura sem falar antes comigo, que também integro o partido e represento um grupo de amigos que está ao meu lado para onde for. Mas eles não me consultaram, não quiseram saber minha opinião, contrariaram minhas orientações, que são também a do governador, e isso é o que eu considero traição”.
O apoio de Will Rodrigues a Djaci fragmentou o grupo do exprefeito, mas Will acredita que contará com o apoio da maioria dos petebistas e de todos os partidos que constituíam seu antigo bloco, entre os quais o DEM, que já manifestou apoio à candidatura de Djaci, conforme decisão do seu presidente, César Conserva, e dos diretorianos Carlos Miguel e Xavier Afreu.
Outro partido que deverá também seguir com Will Rodrigues e Djaci é o PR, que foi criado por moradores do conjunto Miguel Morato e é comandado pela aposentada Aldenora Moura e Carlos César Nitão.
O maior adversário de Djaci
Todas as pesquisas de opinião pública feitas até o momento têm colocado Djaci Brasileiro na frente em preferência popular, mas esse quadro poderá sofrer mudança até o dia do pleito. Djaci considera que seu maior adversário para as disputas de cinco de outubro vindouro ainda é o prefeito Antônio Porcino, apesar de doente e cada vez mais afastado de Itaporanga.
Porcino foi vítima de um infarto dia 12 de abril e desde então há dúvidas quanto suas condições de saúde para as disputas eleitorais. O prefeito continua no cargo, mas não tem exercido suas funções. Na sexta-feira 6, a Câmara Municipal prorrogou, por mais 15 dias, a autorização para tratamento de saúde concedida ao prefeito no dia 25 de abril.
Essa autorização do dia 25 foi a segunda concedida pelo legislativo em um mês e meio, mas será a última e também não poderá mais haver prorrogação além da que já foi aprovada no último dia 6. Se nos próximos 15 dias o prefeito não reassumir suas atividades, terá que se licenciar, dando lugar ao vice. E há quem argumente, inclusive dentro do próprio grupo situacionista, que Porcino ainda não se licenciou porque o atual vice-prefeito, José Silvino (PSDB), é seu adversário político.
Com relação ao pleito, se Porcino não for candidato, três nomes do grupo disputam a indicação do prefeito: Lula da Farmácia, Nosman Barreiro Paulo e Toim da Loja, o único do PMDB a pleitear uma candidatura a prefeito na hipótese do atual gestor municipal desistir da reeleição.
Além de Djaci e Audiberg, outros três candidatos à prefeitura de Itaporanga também estão definidos: Neto Ferreira (PC do B), Sérgio Modesto (PP) e Antônio Virgolino Leite (PCB).
Porcino foi vítima de um infarto dia 12 de abril e desde então há dúvidas quanto suas condições de saúde para as disputas eleitorais. O prefeito continua no cargo, mas não tem exercido suas funções. Na sexta-feira 6, a Câmara Municipal prorrogou, por mais 15 dias, a autorização para tratamento de saúde concedida ao prefeito no dia 25 de abril.
Essa autorização do dia 25 foi a segunda concedida pelo legislativo em um mês e meio, mas será a última e também não poderá mais haver prorrogação além da que já foi aprovada no último dia 6. Se nos próximos 15 dias o prefeito não reassumir suas atividades, terá que se licenciar, dando lugar ao vice. E há quem argumente, inclusive dentro do próprio grupo situacionista, que Porcino ainda não se licenciou porque o atual vice-prefeito, José Silvino (PSDB), é seu adversário político.
Com relação ao pleito, se Porcino não for candidato, três nomes do grupo disputam a indicação do prefeito: Lula da Farmácia, Nosman Barreiro Paulo e Toim da Loja, o único do PMDB a pleitear uma candidatura a prefeito na hipótese do atual gestor municipal desistir da reeleição.
Além de Djaci e Audiberg, outros três candidatos à prefeitura de Itaporanga também estão definidos: Neto Ferreira (PC do B), Sérgio Modesto (PP) e Antônio Virgolino Leite (PCB).
Eleições marcadas por incoerências e traições
Nas últimas duas décadas, as eleições municipais de Itaporanga têm apresentado as mesmas figuras. Os atores principais do pleito não mudam, mas mudam suas posturas. A cada nova eleição, estão em lados diferentes ou juntos. Isso é o resultado do que existe de mais imoral na política partidária: a incoerência.
Em 1988, Djaci e Will nascem para a vida política: juntos vencem as eleições: Will Rodrigues elege-se prefeito pela primeira fez. Vem 1992: Will e Djaci já não estão mais unidos: Will apóia Joaquim Diniz; Djaci lança José Silvino e vence as eleições.
Chega 1996 e a gangorra continua inclinada para um mesmo lado: Djaci lança a esposa, Kátia Brasileiro, contra Will, e é vitorioso pela segunda vez consecutiva.
Em 2000, Porcino surge para a vida pública e junto com Will derrota Silvino, candidato de Djaci. Will é prefeito pela segunda vez e a gangorra muda de lado.
Quatro anos depois, em 2004, os atores são os mesmos, mas estão em lados diferentes: Antônio Porcino rompe com Will e une-se a Djaci, e, com o apoio do então deputado estadual, torna-se prefeito de Itaporanga. Porcino quebra a gangorra, mas se arrebenta junto com ela: já não tinha Will e perde também Djaci.
Explode 2008: este ano muitas surpresas: depois de quase duas décadas de brigas, Djaci e Will unem-se e, desta vez, para enfrentar Porcino.
Mas este não é um ano marcado apenas por uma reconciliação de dois inimigos políticos históricos: é também o tempo da quebra de uma união política de muitos anos. Will Rodrigues, sentindo-se desrespeitado por alguns petebistas, abandonou seu próprio partido e a candidatura do amigo Audiberg, para dar apoio e garantir uma vice na chapa de Djaci.
Em 1988, Djaci e Will nascem para a vida política: juntos vencem as eleições: Will Rodrigues elege-se prefeito pela primeira fez. Vem 1992: Will e Djaci já não estão mais unidos: Will apóia Joaquim Diniz; Djaci lança José Silvino e vence as eleições.
Chega 1996 e a gangorra continua inclinada para um mesmo lado: Djaci lança a esposa, Kátia Brasileiro, contra Will, e é vitorioso pela segunda vez consecutiva.
Em 2000, Porcino surge para a vida pública e junto com Will derrota Silvino, candidato de Djaci. Will é prefeito pela segunda vez e a gangorra muda de lado.
Quatro anos depois, em 2004, os atores são os mesmos, mas estão em lados diferentes: Antônio Porcino rompe com Will e une-se a Djaci, e, com o apoio do então deputado estadual, torna-se prefeito de Itaporanga. Porcino quebra a gangorra, mas se arrebenta junto com ela: já não tinha Will e perde também Djaci.
Explode 2008: este ano muitas surpresas: depois de quase duas décadas de brigas, Djaci e Will unem-se e, desta vez, para enfrentar Porcino.
Mas este não é um ano marcado apenas por uma reconciliação de dois inimigos políticos históricos: é também o tempo da quebra de uma união política de muitos anos. Will Rodrigues, sentindo-se desrespeitado por alguns petebistas, abandonou seu próprio partido e a candidatura do amigo Audiberg, para dar apoio e garantir uma vice na chapa de Djaci.
publicado hoje na edição 134 do jornal Folha do Vale - o grifo é nosso
2 comentários:
Meu caro Rainério! lí sua materia que está perfeita e principalmente quando voce pauta em cima da incoerencia.
Vejo e cada dia tenho maior convicção que voce sabe como ninguém comentar essa politica de gangorra de nossa Itaporanga.
Fica claro e muito claro que eles não querem entregar a ninguém.
Acho que voce Rainério! vai ter um grande peso nessa campanha e por isso deve publicar essas matérias, em jornais da cidade e da região e fazer chegar ao eleitor, para que ele possa se conscientizar das verdades básicas de nossa política suja.
Tem hora que me conformo, porque parece que os fatos bíblicos aqui apresentados por alguns bons escritores, parece-me que eles estão se repetindo e estamos vivenciando a antiga Roma, quando houve a queda do Imperio Romano. Veja Rainério! que até os CESARES, lá era os CEZARES, estão dando suas pernadas de incoerencia.
Coitados de Romulo e Remo! coitados de Antonio Vilela de Carvalho e de Joaquim Carnauba.
Poliana, obrigado pelos elogios, mas a equipe da Folha do Vale é quem merece os parabéns pelo contributo que estão dando, ao mostrar as tantas incoerências dos nossos políticos, que tudo fazem pelo povo... pelo povo de casa. Sempre, mesmo antes de pensar em iniciar um curso de Comunicação Social, dei muito mais valor ao fato que ao furo!
O nosso intuito neste site de notícias (Portal do Vale) é única e esclusivamente passarmos aos nossos visitantes e conterrâneos, a verdade na sua essência. Queremos e vamos, com a ajuda de vocês que aqui estão opinando, fazer o nosso papel como formadores de opinião e conscientizarmos os itaporanguenses para que no próximo 5 de outubro, possam fazer uma boa escolha.
Não vamos nós, que temos uma cabeça não apenas para separar as orelhas e que usamos o jornal para nos informar e não para substituir o papel higiênico, quando falta; deixar que triunfem pois, os vendilhões do TEMPLO! Misericórdia! Valei-nos, Jesus!
PS. Veja o comentário de Jota.
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