Morre o criador da Sorvedrinks, da Senzala e do Nove de Janeiro
Na década de 70 o ponto de encontro de grande parte da juventude urbana de Itaporanga era a Sorvedrinks, um misto de sorveteria, bar e boate criado pelo comerciante Válter Inácio de Araújo, falecido na madrugada da quarta-feira, 7 de maio, no hospital da Fap (Fundação Assistencial da Paraíba), de Campina Grande, vítima de complicações cardíacas.
O local funcionava onde hoje é a agência do Banco do Brasil e entre suas paredes e sobre seus balcões muitos amores nasceram ou se desfizeram. A Sorvedrinks, cujo nome nasceu de um concurso popular, fechou suas portas no final dos anos 70, e deixou um grande vazio nas noites de Itaporanga, mas continua bem viva na memória de dezenas de homens e mulheres que saborearam sua juventude no ponto de Válter Inácio, que em 21 de setembro faria 77 anos. Mas antes do badalado local, Válter já fazia sucesso com o bar Meu Cantinho, também localizado na Getúlio Vargas.
Considerado um bom cozinheiro, os tira-gostos de Válter eram atrativos e irrecusáveis, mesmo quando o cardápio era recheado pelo exótico. Rãs, pebas e rolinhas dividiam a mesa com o tradicional: a galinha de capoeira, a buchada de bode, o mocotó de boi, a carne de gado e de porco e outras ao gosto do freguês. Se a Sorvedrinks era o lugar da elite, depois dela Válter montou um ambiente de todas as classes: a Senzala foi instalada no Alto das Neves. Era uma área de lazer completa – comida, bebida, dança - e o prato principal da casa: a paixão súbita, que durava apenas algumas horas ou a vida inteira.
Depois de deixar a Senzala, o itaporanguense passou mais de meia década residindo em João Pessoa, mas regressou a Itaporanga e continuou no ramo de bebidas, seu último empreendimento foi um pequeno e bem movimentado bar vizinho ao Banco do Brasil. O local ganhou mais notoriedade pela polêmica do que pelo que servia. Dar ao seu estabelecimento o nome de Bar de Ladrão de Cadeira foi um dos meios que Válter encontrou para protestar contra a acusação infundada, fruto de um mal entendido, de que teria furtado uma cadeira de um vizinho. A outra forma de protesto foi deixar a barba crescer, promessa somente quebrada poucos meses antes do falecimento a pedido do amigo de quatro décadas Agápio Sertão.
Seu envolvimento no ramo de bares começou quando ele regressou de São Paulo, para onde migrou em busca de melhores dias. Conseguiu trabalho em uma empresa de fundição paulistana e depois de ganhar uma boa quantia, retornou a terra e montou seu comércio de bebida e comida.
Considerado um homem de uma personalidade forte, mas extremamente humano e caridoso, Válter nunca casou, mas deixou um filho, com quem vivia em uma casa do Alto das Neves. Uma outra criação sua foi um time de futebol: o 9 de Janeiro disputou vários campeonatos da cidade e marcou época no futebol local.
Na década de 70 o ponto de encontro de grande parte da juventude urbana de Itaporanga era a Sorvedrinks, um misto de sorveteria, bar e boate criado pelo comerciante Válter Inácio de Araújo, falecido na madrugada da quarta-feira, 7 de maio, no hospital da Fap (Fundação Assistencial da Paraíba), de Campina Grande, vítima de complicações cardíacas.
O local funcionava onde hoje é a agência do Banco do Brasil e entre suas paredes e sobre seus balcões muitos amores nasceram ou se desfizeram. A Sorvedrinks, cujo nome nasceu de um concurso popular, fechou suas portas no final dos anos 70, e deixou um grande vazio nas noites de Itaporanga, mas continua bem viva na memória de dezenas de homens e mulheres que saborearam sua juventude no ponto de Válter Inácio, que em 21 de setembro faria 77 anos. Mas antes do badalado local, Válter já fazia sucesso com o bar Meu Cantinho, também localizado na Getúlio Vargas.
Considerado um bom cozinheiro, os tira-gostos de Válter eram atrativos e irrecusáveis, mesmo quando o cardápio era recheado pelo exótico. Rãs, pebas e rolinhas dividiam a mesa com o tradicional: a galinha de capoeira, a buchada de bode, o mocotó de boi, a carne de gado e de porco e outras ao gosto do freguês. Se a Sorvedrinks era o lugar da elite, depois dela Válter montou um ambiente de todas as classes: a Senzala foi instalada no Alto das Neves. Era uma área de lazer completa – comida, bebida, dança - e o prato principal da casa: a paixão súbita, que durava apenas algumas horas ou a vida inteira.
Depois de deixar a Senzala, o itaporanguense passou mais de meia década residindo em João Pessoa, mas regressou a Itaporanga e continuou no ramo de bebidas, seu último empreendimento foi um pequeno e bem movimentado bar vizinho ao Banco do Brasil. O local ganhou mais notoriedade pela polêmica do que pelo que servia. Dar ao seu estabelecimento o nome de Bar de Ladrão de Cadeira foi um dos meios que Válter encontrou para protestar contra a acusação infundada, fruto de um mal entendido, de que teria furtado uma cadeira de um vizinho. A outra forma de protesto foi deixar a barba crescer, promessa somente quebrada poucos meses antes do falecimento a pedido do amigo de quatro décadas Agápio Sertão.
Seu envolvimento no ramo de bares começou quando ele regressou de São Paulo, para onde migrou em busca de melhores dias. Conseguiu trabalho em uma empresa de fundição paulistana e depois de ganhar uma boa quantia, retornou a terra e montou seu comércio de bebida e comida.
Considerado um homem de uma personalidade forte, mas extremamente humano e caridoso, Válter nunca casou, mas deixou um filho, com quem vivia em uma casa do Alto das Neves. Uma outra criação sua foi um time de futebol: o 9 de Janeiro disputou vários campeonatos da cidade e marcou época no futebol local.
0 comentários:
Postar um comentário